Saudoso Waldemar Costa – Campeonatos Brasileiros – 3

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Epopeia do Campeonato Brasileiro de Xadrez
Parte 3 (1961 a 1980)

Parte 1 (1927 a 1940)
Parte 2 (1941 a 1960)
Parte 4 (1981 a 2000)
Parte 5 (2001 em diante)

 

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Campeonato Brasileiro 1961

Campeão: Ronald Câmara (CE)

Vice-campeão: Francisco Alves (CE)

Local: Vitória (ES)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	PG
1 – Ronald Câmara – CE		0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	0,5	0,5	1	1	0,5	1	1	1	12,0
2 – Francisco Alves – CE	0,5		0,5	0	1	1	0,5	1	1	0,5	0,5	0,5	1	1	0,5	1	10,5
3 – Hélder Câmara – GB	0,5	0,5		0	0,5	0,5	1	1	0,5	1	0,5	1	1	0,5	1	1	10,5
4 – Eduardo Asfora – PE	0,5	1	1		0	0,5	0	1	1	1	1	1	0	1	0	1	10,0
5 – João Souza Mendes – GB	0	0	0,5	1		0	0,5	1	1	0	0,5	1	1	1	1	1	9,5
6 – Pio Fiori Azevedo-RS	0	0	0,5	0,5	1		1	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	1	9,0
7 – Olício Gadia – SP	0	0,5	0	1	0,5	0		0,5	0,5	0	1	1	1	1	1	1	9,0
8 – Décio Lazzarini – SP	0	0	0	0	0	0,5	0,5		0,5	1	1	1	1	1	0,5	1	8,0
9 – Sérgio Farias – RJ	0,5	0	0,5	0	0	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	0	1	1	1	1	7,5
10 – Sílvio Mendes – DF	0,5	0,5	0	0	1	0,5	1	0	0,5		0,5	0,5	0	0	1	1	7,0
11-Gilberto Michelini-ES	0	0,5	0,5	0	0,5	0,5	0	0	0,5	0,5		0,5	1	0,5	0	1	6,0
12-Frederico Pimentel-ES	0	0,5	0	0	0	0,5	0	0	1	0,5	0,5		1	0	1	1	6,0
13 – Sabino Ribeiro – GB	0,5	0	0	1	0	0	0	0	0	1	0	0		1	1	1	5,5
14 – Luiz Tavares – PE	0	0	0,5	0	0	0,5	0	0	0	1	0,5	1	0		1	1	5,5
15 – Sérgio Nasser – ES	0	0,5	0	1	0	0	0	0,5	0	0	1	0	0	0		0,5	3,5
16 – César Gianordoli -ES	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0,5		0,5

A então tranquila cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, na época com apenas noventa mil habitantes, sediou o Campeonato Brasileiro de 1961 no período de 13 a 28 de outubro de 1961. A competição foi organizada pelo Clube de Xadrez Capixaba e realizada no Edifício Palácio do Café, na Avenida Nossa Senhora dos Navegantes. O cearense Ronald Câmara repetiu o feito do ano anterior e conquistou o bicampeonato brasileiro.

O enxadrista vitoriense Gilberto Michelini, importante executivo do comércio e exportação do café, foi o principal mentor financeiro para que o campeonato pudesse ser efetuado em Vitória. Michelini também participou da competição e foi destaque no grupo de menor força. A direção do torneio esteve a cargo de Érico Machado. O árbitro principal foi o General Edmundo Gastão da Cunha, que era o presidente da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) e representante da FIDE para a Zona Sul-Americana.

Pela primeira vez, um ano e meio após sua fundação, Brasília (DF) mandou um representante: Sílvio Teixeira Mendes. O xadrez de Brasília estava ainda engatinhando. Sob a direção de José Gentil (irmão de Luiz Gentil), Brasília realizou em 1961 o seu primeiro campeonato, vencido por Sílvio Mendes, seguido por Geraldo Seabra.

O Campeonato Brasileiro de 1961 contou com a participação de três ex-campeões brasileiros: João de Souza Mendes Júnior, Olício Gadia e Luiz Tavares da Silva. Entre eles, Souza Mendes fez a melhor campanha, com o quinto lugar. O campeão de 1959, Olício Gadia, fez torneio apenas razoável, mas não tão ruim como no campeonato anterior, quando ocupou a penúltima colocação. O campeão de 1957, Luiz Tavares, não foi bem, ocupando modesto décimo quarto lugar. O bicampeão Ronald Câmara ganhou dos três. Os desempates foram pelo sistema sonneborn-berger. Empregando esse critério, Francisco Alves foi o vice-campeão; e Hélder Câmara, o terceiro colocado.

O vice-campeão brasileiro de 1961, Francisco Alves do Santos (o Chico Alves do xadrez), nasceu em Fortaleza em 20/10/1930. Faleceu também em Fortaleza em 19/10/1988. Conquistou o título de campeão cearense nove vezes: 1957-1958-1959 (tricampeão), 1961, 1964-1965 (bicampeão), 1968-1969-1970 (tricampeão).

A campanha do bicampeonato de Ronald Câmara foi excelente e melhor do que a do ano anterior. Em 1960, perdeu uma partida para Peter Toth. Em 1961, conquistou o título invicto (nove vitórias e seis empates). Sua vantagem sobre os enxadristas que ocuparam a segunda colocação (Francisco Alves e Hélder Câmara) foi de um ponto e meio. Totalizou 80 por cento de aproveitamento.

Sérgio Farias representou o antigo Estado do Rio. Ele garantiu esse direito ao vencer o Campeonato Fluminense de 1961, em Macaé. O vice foi Washington de Oliveira, que no ano anterior havia sido campeão, com Sérgio Farias em segundo.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1961

Pio Fiori Azevedo 0 x 1 Ronald Câmara

Ronald Câmara 1 x 0 Souza Mendes

Ronald Câmara 1 x 0 Gilberto Michelini

Souza Mendes 0 x 1 Sílvio Mendes

(prêmio de beleza do Brasileiro 1961 – Se 21 Te1 tentando ganhar a dama, Sílvio responde 21 …. Bc5+, 22 Rh1 0-0 23 Txe5 Tf1 xeque-mate. Como se fosse um toque de mágica, o rei preto sai do centro e decide a partida).

Campeonato Brasileiro 1962

Campeão: Olício Gadia (GB)

Vice-campeão: Eduardo Asfora (PE)

Local: Campinas (SP)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	18	PG
1 – Olício Gadia – GB		1	0,5	0,5	1	1	1	0	1	1	0	1	1	1	1	1	1	1	14,0
2 – Eduardo Asfora – PE	0		1	0,5	0	0	1	1	1	0,5	1	1	1	1	1	1	1	1	13,0
3 – Teotônio Vasconcellos – GB	0,5	0		1	1	0	0	0	0,5	0,5	1	1	1	1	1	1	1	1	11,5
4 – J. T. Mangini – GB	0,5	0,5	0		0,5	1	0	0	0,5	1	1	1	0,5	1	1	1	1	1	11,5
5 – Pedro Joly – SP	0	1	0	0,5		1	0,5	0,5	0,5	0	0	1	0,5	1	1	1	1	1	10,5
6 – Francisco Alves- CE	0	1	1	0	0		1	0,5	1	0,5	1	0,5	1	0	1	0	0,5	1	10,0
7 – Humberto Sales- SP	0	0	1	1	0,5	0		0,5	0	0,5	1	0	1	0	1	1	1	1	9,5
8 – Beresford Moreira ES	1	0	1	1	0,5	0,5	0,5		0	0	1	0	0	0	1	1	0,5	1	9,0
9 – Fernando Kruel – RS	0	0	0,5	0,5	0,5	0	1	1		0	0	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	9,0
10 – Sérgio Farias – RJ	0	0,5	0,5	0	1	0,5	0,5	1	1		1	0,5	0	0	0	0	1	1	8,5
11 – Erbo Stenzel – PR	1	0	0	0	1	0	0	0	1	0		1	1	0,5	0	1	1	1	8,5
12 – Bo Gustav Detow – SP	0	0	0	0	0	0,5	1	1	0,5	0,5	0		0,5	1	0,5	1	1	1	8.5
13 – José Hollmann- SP	0	0	0	0,5	0,5	0	0	1	0,5	1	0	0,5		0,5	1	1	0,5	1	8,0
14 – Lacerda Guimarães SP	0	0	0	0	0	1	1	1	0,5	1	0,5	0	0,5		0,5	0,5	0	1	7,5
15 – César Parreiras-BA	0	0	0	0	0	0	0	0	0	1	1	0,5	0	0,5		1	1	1	6,0
16 – Luiz Tavares – PE	0	0	0	0	0	1	0	0	0	1	0	0	0	0,5	0		1	0,5	4,0
17- Ernesto Jeusus Martins-DF	0	0	0	0	0	0,5	0	0,5	0	0	0	0	0,5	1	0	0		1	3,5
18 – Geraldo Seabra -DF	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0,5	0		0,5

O Campeonato Brasileiro de 1962 foi realizado em Campinas (SP) no período de 14 de outubro a 4 de novembro de 1962. As rodadas aconteceram no Clube Semanal de Cultura Artística de Campinas, com exceção da quarta no Tênis Clube de Campinas e a do dia 27/10/1962 (sábado), a única disputada fora de Campinas, na sede do Clube de Xadrez São Paulo. O campeão foi o paulista Olício Gadia, que naquele ano estava radicado na cidade do Rio de Janeiro e defendeu o Estado da Guanabara. O árbitro geral foi o General Edmundo Gastão da Cunha, presidente da CBX e árbitro internacional. Ele foi auxiliado pelos campineiros Armando Rizzoni e Luís Alberto Pires. A grande surpresa da competição coube ao campeão de Campinas Pedro Juarez Joly, que fez campanha destacada com merecida quinta colocação. Outro que sobressaiu foi Humberto Sales Fernandes, campeão paulista do interior de 1962.

O campeonato foi bastante criticado pela imprensa especializada por causa do grande número de convidados da CBX, que não participaram das fases classificatórias: Humberto Sales, Pedro Joly, José Holmann, Lacerda Guimarães e Ernesto Jesus Martins. O enxadrista Bo Gustav Detow, terceiro colocado no Campeonato Paulista de 1962, representou São Paulo em substituição ao campeão e vice-campeão paulista daquele ano, respectivamente, João Gabriel Abdala e Miroslva Taseki. Sérgio Farias, vice-campeão de 1962 do antigo Estado do Rio de Janeiro, entrou no lugar do campeão José Carlos de Almeida Soares, que não pôde participar. Os demais eram campeões estaduais ou do raking nacional. O então Coronel Teotônio Vasconcelos ganhou o direito de participar por ser o campeão das Forças Armadas.

Olício Gadia fez o seu melhor desempenho em campeonatos brasileiros. Após a conquista de 1959, que não chegou a ser brilhante, ele decepcionou em Fortaleza (CE) e Vitória (ES), ocupando colocações modestas. O ano de 1962, porém, foi o melhor da sua carreira. Primeiramente, vence merecidamente o difícil Campeonato Carioca. Depois, no Brasileiro de Campinas, jogou com bastante firmeza. Contra Eduardo Asfora, mostrou sua imperturbabilidade na competição ao ganhar a partida perdida, após o adversário não ter aproveitado o xeque-mate em três lances.

A VACILAÇÃO DE EDUARDO ASFORA

Na posição do diagrama acima, Olício Gadia, acabou de jogar 30 …. Be6? Asfora podia dar mate em três: 31.Bc6+ bxc6 32.Dxc6+ Bd7 33. Dxd7mate. Mas não deu. Jogou 31. Dc7. Gadia respondeu com 31 … Dc4. A partida prolongou-se até o lance 53, com a vitória de Gadia. Eduardo Asfora deixou escapulir o título de campeão brasileiro de 1962. Naquele momento, era o líder absoluto. Se desse o xeque-mate, Gadia ficaria um ponto e meio atrás. Porém, com a derrota de Asfora, Gadia assumiu a liderança da competição e conquistou o título depois.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1962

Olício Gadia 1 x 0 Francisco Alves

Beresford Moreira 0 x 1 Olicio Gadia

Eduardo Asfora 1 x 0 Humberto Salles

Luiz Tavares 0 x 1 Teotônio Vasconcelos

Campeonato Brasileiro 1963

Campeão: Hélder Câmara (GB)

Vice-campeão: Antônio Rocha (GB)

Local: Recife (PE)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	PG
1 – Hélder Câmara – GB		0,5	0,5	0	0,5	1	1	1	1	1	1	0,5	1	1	1	1	12,0
2 – Antônio Rocha – GB	0,5		0,5	1	0,5	1	1	1	1	0,5	0,5	0,5	1	1	0,5	1	11,5
3 – Mauro Athayde – PR	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	1	1	1	0,5	0,5	1	1	1	1	1	11,5
4 – Eduardo Asfora – PE	1	0	0,5		0	0,5	1	1	0,5	1	0,5	1	0	1	1	1	10,0
5 – Belfort Matos – SP	0,5	0,5	0,5	1		0	0,5	0	1	1	0	0,5	1	1	1	1	9,5
6 – Pinto Paiva – BA	0	0	0,5	0,5	1		0	1	0	1	1	1	1	0,5	1	1	9,5
7 – J. T. Mangini – GB	0	0	0	0	0,5	1		1	1	1	0,5	0	0,5	0	1	1	7,5
8 – Luiz Tavares – PE	0	0	0	0	1	0	0		1	1	0	0,5	0,5	1	1	1	7,0
9 – Mílton Tavares – PE	0	0	0	0,5	0	1	0	0		0,5	1	1	1	0,5	0	1	6,5
10 -Teotônio Vasconcelos GB	0	0,5	0,5	0	0	0	0	0	0,5		1	1	1	0	1	1	6,5
11 – Peter Toth – GB	0	0,5	0,5	0,5	1	0	0,5	1	0	0		0	0	1	0	1	6,0
12 – Fred Saboya – CE	0,5	0,5	0	0	0,5	0	1	0,5	0	0	1		0,5	0,5	0,5	0	5,5
13 – João Souza Mendes – GB	0	0	0	1	0	0	0,5	0,5	0	0	1	0,5		1	0	1	5,5
14 – Leopoldo Maia – PE	0	0	0	0	0	0,5	1	0	0,5	1	0	0,5	0		1	1	5,5
15 – Francisco Alves – CE	0	0,5	0	0	0	0	0	0	1	0	1	0,5	1	0		0	4,0
16- Francisco Guimarães-PE	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	1	0	0	1		2,0

O Campeonato Brasileiro de 1963 foi organizado pela Federação Pernambucana de Xadrez e realizado no Clube Internacional (Recife), no período de 1º a 19 de julho de 1963. O árbitro principal foi Aluísio Cunha, substituído por Gílvan Tompson, nas quatro últimas rodadas. O campeão foi o representante do Estado da Guanabara (Rio de Janeiro) Hélder Câmara, que só perdeu uma partida para Eduardo Asfora. Antônio Rocha e Mauro Ataíde terminaram a competição invictos na segunda colocação. Rocha, entretanto, conquistou o título de vice-campeão pelo sonneborn-berger.

Hélder, Rocha e Ataíde lutaram, desde o início, pela primeira colocação da competição. Rocha foi o líder absoluto até a sétima rodada (Rocha, 6 pontos; Hélder e Paiva, 5,5; e Ataíde, 5). Na oitava, Rocha empatou com Belfort Mattos; e Hélder venceu Pinto Paiva. Hélder e Rocha, então, dividiram a liderança, com 6,5 pontos. Na nona rodada, Hélder ganhou de Souza Mendes; e Rocha empatou com Teotônio Vasconcelos. Hélder passou a líder isolado, com 7,5. Rocha e Ataíde em segundo, com 7. Paiva perdeu para Milton Tavares (segunda derrota seguida) e ficou praticamente fora da luta pelo título. Na décima rodada os três reais pretendentes ao título perderam pontos: Hélder foi derrotado por Asfora. Rocha empatou com Saboya; e Ataíde, com Peter Toth. Assim, Hélder, Rocha e Ataíde passaram a dividir a liderança, com 7,5 pontos.

Na décima primeira, os três venceram e continuaram na ponta. Na décima segunda, Rocha e Ataíde empataram entre si. Hélder venceu Francisco Alves e assumiu a liderança novamente. Na décima terceira, os três venceram e as posições não se alteraram: Hélder, 10,5 pontos; Rocha e Ataíde, 10. Na décima quarta (penúltima rodada), Rocha empatou com Peter Toth; e Ataíde, com Pinto Paiva. Hélder derrotou Milton Tavares e somou um ponto a mais que os segundos colocados. Na última rodada, Hélder empatou rapidamente com Belfort Mattos, antes das outras partidas terminarem, e foi comemorar o título de campeão brasileiro de 1963.

Os quatro primeiros colocados do Brasileiro de 1963 completaram a equipe que defendeu o Brasil no V Zonal Sul-Americano, setembro de 1963 em Fortaleza (CE). O campeão desse Zonal foi o argentino Hector Rossetto, seguido pelo seu compatriota Alberto Foguelman. Mauro Ataíde teve atuação destacada, ocupando a terceira colocação com o peruano Oscar Quiñones e o argentino Samuel Schweber. Na desempate entre os três para definir a terceira vaga da América do Sul ao Interzonal de Amsterdam (Holanda), Ataíde não foi bem. A vaga ficou com Quiñones.

O campeão brasileiro de 1963 Hélder Câmara nasceu em Fortaleza (CE) no dia 7 de fevereiro de 1937, data em que o tio, Dom Hélder Câmara, comemorava 28 anos de idade. Da mesma forma que o irmão Ronald Câmara, ele recebeu a gênese enxadrística do pai Gilberto Câmara. No final da década de 1950, Hélder se transferiu do Ceará para o Rio de Janeiro, a então Capital Federal. No Rio, foi campeão carioca em 1958, 1960 e 1961 e escreveu coluna de xadrez no Jornal dos Sports. Em 1967, foi morar em São Paulo, onde passou a dirigir a tradicional seção de xadrez do jornal O Estado de São Paulo, em substituição a Ludwig Engels (1905-1967), Mestre Internacional alemão radicado em São Paulo. Em 1968, Hélder voltou a conquistar o Campeonato Brasileiro. Também foi campeão paulista em 1968. Hélder obteve o título de Mestre Internacional no Zonal Sul-Americano de 1972, em São Paulo. Publicou em São Paulo revistas e boletins de xadrez. Quando Hélder Câmara conquistou o Campeonato Brasileiro de 1963, seus amigos da Praça da Cruz Vermelha (Rio de Janeiro, RJ), liderados por Nilton Cortes (falecido em 1996), colocaram faixas alusivas à conquista em postes em alguns pontos do Centro do Rio. Segundo os jornais da época, por causa dessas faixas, o então bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Hélder Câmara (1909-1999), recebeu inúmeros cumprimentos, antes de poder explicar que o campeão brasileiro não era ele, mas sim o seu sobrinho. Hélder Câmara faleceu em São Paulo (SP) em 20/2/2016.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1963

Hélder Câmara 1 x 0 Leopoldo Maia Filho

Pinto Paiva 0 x 1 Hélder Câmara

Hélder Câmara 1 x 0 Teotônio Vasconcelos

Eduardo Asfora 0 x 1 Antônio Rocha

Campeonato Brasileiro 1964

Campeão: Antônio Rocha (DF)

Vice-campeão: Hélder Câmara (GB)

Local: Brasília (DF)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	18	PG
1 – Antônio Rocha – DF		0,5	0,5	0	1	0,5	1	1	0,5	1	1	1	1	1	1	1	1	1	14,0
2 – Hélder Câmara – GB	0,5		1	0,5	1	1	1	0,5	0,5	0,5	1	1	1	0	1	1	1	1	13,5
3 – Márcio Elísio de Freitas – SP	0,5	0		1	0,5	1	0	1	0,5	0,5	1	0,5	1	1	1	1	0,5	0,5	11,5
4 – Olício Gadia – GB	1	0,5	0		0	1	0	0,5	0	1	0,5	1	1	0	1	1	1	1	10,5
5 – Luiz Tavares – PE	0	0	0,5	1		1	0	0,5	1	0	0,5	1	0	1	0,5	1	1	1	10,0
6 – Eduardo Asfora – PE	0,5	0	0	0	0		0,5	0	1	1	1	0,5	0,5	1	1	1	1	1	10,0
7 – Sérgio Farias – GB	0	0	1	1	1	0,5		0	0,5	0,5	0	0	0,5	0,5	0,5	1	1	1	9,0
8 – Adaucto Nóbrega – SC	0	0,5	0	0,5	0,5	1	1		0	0,5	0	0,5	1	1	0,5	0	1	1	9,0
9 – Pinto Paiva – BA	0,5	0,5	0,5	1	0	0	0,5	1		0	1	0	1	0,5	0	1	0,5	0,5	8,5
10 – João Souza Mendes – GB	0	0,5	0,5	0	1	0	0,5	0,5	1		0	0	1	0	1	1	0	1	8,0
11 – J. T. Mangini – GB	0	0	0	0,5	0,5	0	1	1	0	1		0	1	1	0	0	1	1	8,0
12 – Alberto Teófilo – PE	0	0	0,5	0	0	0,5	1	0,5	1	1	1		1	0,5	0	0	0	0,5	7,5
13 – Francisco Alves – CE	0	0	0	0	1	0,5	0,5	0	0	0	0	0		1	1	1	1	1	7,0
14 – Tancredo Madeira de Ley – DF	0	1	0	1	0	0	0,5	0	0,5	1	0	0,5	0		0	0	1	1	6,5
15 – Marcos Moenich – DF	0	0	0	0	0,5	0	0,5	0,5	1	0	1	1	0	1		0	1	0	6,5
16 – João Serra Azul – DF	0	0	0	0	0	0	0	1	0	0	1	1	0	1	1		0,5	1	6,5
17 – Licurgo Holzmann -PR	0	0	0,5	0	0	0	0	0	0,5	1	0	1	0	0	0	0,5		1	4,5
18 – Benício Cunha – DF	0	0	0,5	0	0	0	0	0	0,5	0	0	0,5	0	0	1	0	0		2,5

Em Brasília, a nova capital federal, quatro meses após a revolução que derrubou o Presidente da República João Goulart, aconteceu o Campeonato Brasileiro de 1964. A competição foi realizada no salão principal do Hotel Nacional, no período de 7 a 26 de agosto de 1964. A direção foi de José Gentil Neto, auxiliado por Lindiner Reis. O árbitro principal foi o então Tenente-Coronel Teotônio de Vasconcelos.

O gaúcho Antônio Rocha, morador no Rio de Janeiro e treinador da equipe do Clube de Xadrez de Brasília, representou o novo Distrito Federal no evento. Rocha vinha de brilhantes vitórias no Torneio do Clube de Xadrez São Paulo sobre o GM argentino Hector Rosseto e o MI Ludwig Engels, alemão radicado em São Paulo. Como no ano anterior, Rocha manteve tenaz duelo com Hélder Câmara. O título do Brasileiro de 1964 só foi conseguido na última rodada.

Antes do início da penúltima rodada, tudo indicava que Hélder conquistaria o bicampeonato. Com meio ponto na frente de Rocha, Hélder enfrentaria dois adversários que não estavam bem na competição. Rocha, além da desvantagem na pontuação, jogaria contra parceiros que lutavam por vaga no ranking brasileiro. Porém, nessa reta final, surgiu a maior surpresa do campeonato: a derrota de Hélder para Tancredo Madeira de Ley. Rocha venceu Adaucto Nóbrega e assumiu a liderança. Na última rodada, Hélder derrotou Benício da Cunha Melo. Mas já era tarde, pois Rocha sobrepujou o veterano campeão João de Souza Mendes e conquistou o título de campeão do Brasil. Além dos enxadristas do ranking, a seleção para a fase final do campeonato foi feita por zonais (Norte, Centro e Sul), abandonando a opção direta pelos campeonatos estaduais.

O campeão brasileiro de 1964 Antônio Rocha nasceu na cidade gaúcha de Rio Grande em 15 de junho de 1944. No começo da década de 1960, veio morar no Rio de Janeiro, deixando a família e enfrentando sozinho a grande cidade. Na época, com apenas 16 anos de idade, já mostrava seu talento ao jogar simultâneas às cegas no Tijuca Tênis Clube. Conquistou o título de campeão carioca em 1965 e 1967. Embora continuasse residindo no Rio de Janeiro, jogou o Brasileiro de 1964 por Brasília; e o de 1967 pelo Rio Grande do Sul. Foi campeão gaúcho em 1966. Em 1969, radicou-se em São Paulo e conquistou o título de campeão brasileiro desse ano defendendo São Paulo. Foi campeão paulista em 1971, 1973, 1978 e 1983. Conquistou o título de Mestre Internacional em 1979 no Torneio Internacional de São Paulo, que foi vencido pelo GM Viktor Korchnoi e contou com oito GMs. Antônio Rocha está desaparecido desde o ano de 2000. É bem provável que tenha morrido, pois em 1999 e 2000 era visto embriagado e perambulando pelas ruas do Centro de São Paulo com aspecto de mendigo. Suas idas ao Paraguai, onde tinha contatos com contrabandistas, levantam a hipótese também que Rochinha ter sido assassinado. Foi um dos gênios do xadrez brasileiro.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1964

Antônio Rocha 0 x 1 Olício Gadia

Luiz Tavares 0 x 1 Antônio Rocha

Antônio Rocha 1 x 0 Marcos Moenich

Souza Mendes 0 x 1 J. T. Mangini

Campeonato Brasileiro 1965

Campeão: Henrique da Costa Mecking (RS)

Vice-campeão: João de Souza Mendes Júnior (RJ)

Local: Rio de Janeiro (GB)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	PG
1- Henrique Mecking – RS		0	1	1	1	0,5	1	1	0,5	0,5	1	1	1	1	1	1	1	13,5
2 – João Souza Mendes – RJ	1		0,5	0	0,5	1	0,5	0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	1	0,5	1	1	11,0
3 – Pinto Paiva – BA	0	0,5		1	0	1	1	0,5	0,5	1	1	1	0	1	0	1	1	10,5
4 – Antônio Rocha – GB	0	1	0		0,5	0,5	0,5	1	0	1	0	1	1	0,5	1	1	1	10,0
5 – Eduardo Cotta – MG	0	0,5	1	0,5		0,5	1	0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	0	0,5	9,5
6 – Márcio Elisio de Freitas – SP	0,5	0	0	0,5	0,5		0	1	0,5	1	0,5	1	1	1	1	0	1	9,5
7 – Hélder Câmara – GB	0	0,5	0	0,5	0	1		0	0,5	1	1	0	1	1	0,5	1	1	9,0
8 – Olício Gadia – GB	0	0,5	0,5	0	0,5	0	1		1	1	1	0,5	0	0,5	1	1	0	8,5
9 – Carlos Peixoto – RS	0,5	0	0,5	1	0	0,5	0,5	0		0	0,5	0,5	0,5	0,5	1	0	1	7,0
10- Márcio Miranda – MG	0,5	0,5	0	0	0,5	0	0	0	1		1	1	0	0,5	0,5	1	0,5	7,0
11 – Eduardo Asfora – PE	0	0,5	0	0	0,5	0	1	0,5	0,5	0		1	0,5	0,5	1	0,5	0	6,5
12 – Barros Moreira – GB	0	0,5	0	0	0,5	0	1	0,5	0,5	0	0		0	1	1	1	0	6,0
13 – Erbo Stenzel – PR	0	0	1	0	0	0	0	1	0,5	1	0,5	1		0	0	0	1	6,0
14 – Peter Toth – GB	0	0	0	0,5	0,5	0	0	0,5	0,5	0,5	0,5	0	1		1	1	0	6,0
15 – Francisco Alves – CE	0	0,5	1	0	0	0	0,5	0	0	0,5	0	0	1	0		1	1	5,5
16 – Luiz Tavares – PE	0	0	0	0	1	1	0	0	1	0	0,5	0	1	0	0		1	5,5
17 – Fernando Vasconcelos – MG	0	0	0	0	0,5	0	0	1	0	0,5	1	1	0	1	0	0		5,0

Uma cena nunca vista no xadrez do País. O Campeonato Brasileiro de 1965 levou ao Clube de Engenharia (Avenida Rio Branco, Centro da Cidade do Rio de Janeiro) um público enorme e jornalistas de todos os órgãos da imprensa. A competição foi filmada, fotografada e documentada para o cinema, televisão, rádio e jornais. Tudo por que um menino de apenas treze anos de idade participava do maior evento do xadrez brasileiro: Henrique da Costa Mecking, o Mequinho. Todo esse aparato era por ele ter conseguido com apenas treze anos a classificação para a fase final do Brasileiro, já que ninguém acreditava que Mequinho conseguiria o título. Mas, a partir da metade do torneio mudou tudo, pois ninguém tinha mais dúvidas que ele seria o campeão brasileiro de 1965.

O Campeonato Brasileiro de 1965 foi realizado no período de 27 de junho a 17 de julho de 1965, no antigo Estado da Guanabara, com parte do festejos do IV Centenário da fundação da cidade do Rio de Janeiro. Mequinho veio da cidade de Pelotas (RS), onde residia, acompanhado do seu pai (Paulo Hugo Mecking) e do presidente da Federação Gaúcha de Xadrez (Oswaldo Schuri). O enxadrista pelotense Carlos Peixoto também fez parte da comitiva.

O campeonato começou com o total de vinte participantes. O número, porém, baixou para 17, em virtude da desistência de três competidores: J. T. Mangini, Jorge Lemos e Ronald Câmara. Mangini (presidente da Federação Metropolitana de Xadrez) somente jogou as duas rodadas iniciais (empates com Asfora e Jorge Lemos) e deixou de competir para se dedicar totalmente à organização do evento que cresceu além da previsão. Jorge Lemos também saiu na segunda rodada (derrota para Souza Mendes e empate com Magini) por deveres profissionais. Ronald Câmara abandonou por motivo de força maior. Ronald jogou cinco partidas: perdeu para Paiva, Miranda e Cotta; e empatou com Francisco Alves e Gadia. Os pontos de Mangini, Jorge Lemos e Ronald Câmara não foram computados. O Mestre Internacional Eugênio German, presente no dia da inauguração da competição, no Tijuca Tênis Clube, estava na lista de participantes, mas não respondeu à chamada feita pelo presidente da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX), General Edmundo Gastão da Cunha. Eugênio German estava um pouco afastado do grupo, conversando com Tancredo Madeira de Ley (colunista de xadrez do jornal carioca Correio da Manhã) e com o autor deste livro (Waldemar Costa) e não disse uma palavra ao ser chamado pelo presidente da CBX. Não foi emparceirado.

O Brasileiro de 1965 foi dirigido pelo então presidente da Federação Metropolitana de Xadrez, José Thiago Mangini. O árbitro principal foi Lauro Demoro, auxiliado por Félix Sonnenfeld. Com exceção das duas primeiras rodadas (efetuadas no Tijuca Tênis Clube), a competição foi disputada no Clube de Engenharia, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, a partir das 15 horas. No mesmo dia, às 22 horas, na sede do Clube da Caixa Econômica, eram terminadas as partidas suspensas.

Mequinho perdeu para João de Souza Mendes na quinta rodada. Àquela altura do campeonato, ele somava três pontos ganhos e dois perdidos. Um aproveitamento apenas regular para o nível da elite da época do xadrez brasileiro. Porém, para um menino de treze anos era um fato sensacional. Ninguém, naquele momento, pensava que ele iria conquistar o Brasileiro. Como favorito até a quinta rodada, aparecia o baiano José Pinto Paiva. Líder absoluto, o representante da Bahia totalizava cinco pontos em cinco possíveis! Três das suas vitórias havia sido sobre campeões brasileiros de anos recentes: Ronald, Hélder e Rocha. Pinto Paiva, entretanto, sucumbiu nas rodadas seguintes. Perdeu para Francisco Alves (sexta rodada) e para Erbo Stenzel (sétima rodada).

Mequinho, todavia, após a derrota para Souza Mendes, se agigantou até o final da competição: só perdeu mais meio ponto no empate com Márcio Miranda. Ganhou sensacionalmente os dez adversários que faltavam! Na penúltima rodada, Olício Gadia acabara de suspender em posição inferior. Como Souza Mendes empatara um pouco antes com Márcio Miranda, Mequinho só precisava de meio ponto para ser campeão por antecipação. Gadia olhou para o menino convicto que ele não se arriscaria na sessão de partidas suspensas.

– Proponho o empate!

– Proponho que o senhor abandone !! – exclamou Mequinho.

O riso foi geral entre os assistentes. A seguir, o garoto demonstrou com presteza como ganharia o final. Gadia, muito sem jeito, abandonou na hora; e Mequinho conquistou o título por antecipação. Na última rodada, derrotou o mineiro Eduardo Cotta.

O campeão brasileiro de 1965, Henrique da Costa Mecking, nasceu em Santa Cruz (RS) em 23 de janeiro de 1952. Aprendeu a jogar xadrez aos seis anos de idade. Em 1958, seu pai foi transferido para a agência do Banco do Brasil da cidade de São Lourenço (RS). Aí desenvolveu seu jogo em um bar, onde se reuniam enxadristas locais, inclusive João Mena Barreto, delegado de polícia de São Lourenço e parceiro predileto de Mequinho. Mena Barreto foi o grande professor de Mequinho. Em 1959, com apenas sete anos, Mequinho foi vice-campeão da cidade de São Lourenço. Aos 10 anos, foi morar em Pelotas (RS). Na época, o mais forte centro enxadrístico gaúcho. Mequinho superou a força dos enxadristas pelotenses e conquistou o título de campeão da cidade. Em 1964, venceu o Campeonato Estadual do Rio Grande do Sul, feito de ampla repercussão nos meios enxadrísticos do Brasil. Por causa disso, recebeu convite da CBX para participar direto do Campeonato Brasileiro. Mas ele não aceitou. Preferiu obter a classificação no Zonal Sul, o que de fato aconteceu. Mequinho só disputou dois Brasileiros nos anos de 1960, sendo campeão em ambos: 1965 e 1967. Além desses dois, jogou o Brasileiro de 2011, ocupando a terceira colocação.

Em 1966, aos 14 anos de idade, Mequinho conquistou o VI Zonal Sul-Americano, em Buenos Aires. Por esse triunfo, a FIDE lhe concedeu o título de Mestre Internacional em 1967. O título de Grande Mestre Internacional foi conquistado por Mequinho em janeiro de 1972 no Torneio de Hastings (Inglaterra). Ele participou de mais três Zonais Sul-Americanos: 1969 (Mar del Prata, Argentina) – 3º lugar; 1972 (São Paulo) – campeão; 1993 (Brasília) – 20º lugar (o pior desempenho da sua carreira, quando estava afastado do xadrez por motivo de doença). Porém nunca serão esquecidas as brilhantes campanhas nos interzonais de Petrópolis (1973) e de Manilla, Filipinas (1976), cujas vitórias o fez entrar na plêiade do enxadrismo mundial. Participou de outros interzonais: 1967 (Sousse, Tunísia) – 11º lugar; 1970 (Palma de Mallorca, Espanha) – 11º lugar; 1979 (Rio de Janeiro) – abandonou na segunda rodada por motivo de doença. Por causa da doença, Mequinho poucas vezes participou de eventos após 1979. Voltou no ano de 2000, demonstrando que ainda conserva o seu prestígio internacional, vencendo competições importantes.

Foto histórica do Campeonato de 1965 – Sessenta anos separam Mequinho (13 anos) de Souza Mendes (73 anos). A vitória foi do velho, o único a vencer o menino na competição. Alguns dos assistentes na foto: o então diretor-técnico da FMX, Cláudio Bandeira de Melo (terceiro à esquerda); Nilton Cortes, do Clube de Xadrez Cruz Vermelha (o quinto a partir da esquerda); o autor do livro Waldemar Costa (braços cruzados no meio); Tadeu Portela (no meio, com camisa escura de listras); Jorge Alberto Caetano (de camisa branca), Dr. Rômulo (um pouco encoberto e de terno escuro); Nélson Villaboin e atrás Luiz Tavares da Silva, na época ex-campeão brasileiro.

 

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1965

Antônio Rocha 0 x 1 Henrique Mecking

Hélder Câmara 0 x 1 Henrique Mecking

Olício Gadia 0 x 1 Henrique Mecking

Henrique Mecking 0 x 1 Souza Mendes

Hélder Câmara 0 x 1 Barros Moreira

Campeonato Brasileiro 1966

Campeão: José de Pinto Paiva (BA)

Vice-campeão: Hélder Câmara (GB-Rio)

Local: Belo Horizonte (MG)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	PG
1 – Pinto Paiva – BA		1	0,5	0	1	0,5	1	0,5	1	0,5	1	1	1	0,5	1	10,5
2 – Hélder Camara – GB	0		0,5	0	1	0,5	0	1	1	1	0,5	1	1	1	1	9,5
3 – Márcio Miranda – MG	0,5	0,5		0,5	0,5	1	1	1	0	1	0,5	0,5	0	1	1	9,0
4 – Eduardo Cotta – MG	1	1	0,5		0	0,5	0	0,5	0,5	1	0,5	0,5	1	1	1	9,0
5 – Alberto Teófilo – PE	0	0	0,5	1		0,5	0,5	1	1	0	0,5	1	1	0,5	1	8,5
6 – J. T. Mangini – GB	0,5	0,5	0	0,5	0,5		1	0,5	0,5	0	1	0,5	1	1	1	8,5
7 – Luís Roberto Borges-SP	0	1	0	1	0,5	0		0	1	0	1	1	0,5	1	1	8,0
8 – João Souza Mendes – GB	0,5	0	0	0,5	0	0,5	1		0,5	0,5	1	1	1	1	0	7,5
9 – Gert Fonrobert – SP	0	0	1	0,5	0	0,5	0	0,5		1	0,5	1	1	1	0,5	7,5
10 – Herbert Caspary – GB	0,5	0	0	0	1	1	1	0,5	0		1	0,5	0	0	1	6,5
11 – Eduardo Asfora – PE	0	0,5	0,5	0,5	0,5	0	0	0	0,5	0		0,5	1	1	1	6,0
12 – Frederico Pimentel – ES	0	0	0,5	0,5	0	0,5	0	0	0	0,5	0,5		0,5	1	1	5,0
13 – Victor Adamowsky – PR	0	0	1	0	0	0	0,5	0	0	1	0	0,5		0,5	1	4,5
14 – Paulo Hiroshi – PR	0,5	0	0	0	0,5	0	0	0	0	1	0	0	0,5		1	3,5
15 – Cândido Duarte – GB	0	0	0	0	0	0	0	1	0,5	0	0	0	0	0		1,5

O Campeonato Brasileiro de 1966 foi realizado no Clube de Xadrez de Belo Horizonte , no período de 14 a 31 de agosto de 1966. A direção esteve a cargo do então presidente da Federação de Xadrez de Minas Gerais, José Antônio Fonseca Júnior; e dos diretores técnicos da CBX, Flávio de Carvalho Júnior e Félix Sonnenfeld. O campeão foi o baiano José Pinto Paiva. Paralelamente ao torneio masculino, a entidade mineira igualmente organizou o Campeonato Brasileiro Feminino, ganho também por representante da Bahia: Ruth Cardoso.

Bem antes do início da competição, em janeiro de 1966, Márcio Elísio de Freitas havia sido eleito presidente da CBX, em substituição ao General Edmundo Gastão da Cunha. O general, com exceção do biênio 1951/1952 (cujo presidente fora Robero da Gama e Silva), ocupava o cargo desde 1948. Ao assumir a presidência da CBX, Márcio Elísio reformou o regulamento do Campeonato Brasileiro. Para efeito de classificação, colocou as federações filiadas em cinco zonas (em 1966, somente 13 Estados e mais o Distrito Federal possuíam federações de xadrez). O país ficou dividido da seguinte maneira para a classificação para a fase final do Brasileiro: 1ª Zona – Pernambuco, Ceará, Pará e Alagoas; 2ª Zona – Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia; 3ª Zona – Guanabara (Rio), Estado do Rio de Janeiro e Brasília (DF); 4ª Zona – Paraná e São Paulo; 5ª Zona – Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Outra alteração fundamental no regulamento foi quanto à fórmula de organizar o ranking brasileiro. A principal mudança foi a exclusão do campeão das Forças Armadas do ranking. Desde o início da gestão do General Gastão da Cunha, em 1948, o representante das Forças Armadas tinha o direito de participar da fase final do Brasileiro. Conforme o novo regulamento, as modificações referentes ao ranking só entrariam em vigor para o campeonato de 1967. A formação do ranking para o Brasileiro 1966 obedeceria ao sistema anterior. Por isso, o Almirante Herbert Gaspari, campeão das Forças Armadas de 1966, participou do Brasileiro de 1966. Em 1967, sem direito pelo ranking, o Brigadeiro Sabino Ribeiro disputou o Brasileiro como convidado da CBX, sendo o último campeão das Forças Armadas a tomar parte da fase final do Campeonato Brasileiro.

Os campeões brasileiros de 1964 e 1965, respectivamente Antônio Rocha e Henrique Mecking, componentes do ranking nacional, não compareceram em Belo Horizonte e não foram substituídos. Pinto Paiva manteve a invencibilidade até quase o término da competição. A sua única derrota para Eduardo Cotta aconteceu na antepenúltima rodada, impedindo a conquista do título por antecipação.

O campeão brasileiro de 1966, José Pinto Paiva, nasceu em Salvador no dia 16 de julho de 1938. Seu surgimento no cenário enxadrístico nacional não foi com a pouca idade da maioria dos grandes enxadristas do Brasil. Ele tornou-se conhecido do público amante do tabuleiro em 1963, quando estreou no Campeonato Brasileiro aos 25 anos de idade. Porém, com jogo audaz e combinatório, conseguiu rapidamente entrar no rol do pequeno grupo de favoritos da década de 1960. Conquistou o título de campeão brasileiro em 1966 e 1971. Foi vice-campeão brasileiro em 1967 e 1969. Terceiro lugar em 1965, atrás de Mequinho e Souza Mendes. Disputou 13 vezes a fase final do Campeonato Brasileiro de 1963 a 1976. Nesse período, só deixou de participar do campeonato de 1974, realizado no Rio de Janeiro. Defendeu o Brasil nas Olimpíadas de Lugano (1968) e Siegen (1970). Foi diversas vezes campeão da Bahia. Também foi presidente da Federação Baiana de Xadrez.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1966

Pinto Paiva 1 x 0 Cândido Duarte

Pinto Paiva 1 x 0 Eduardo Asfora

Pinto Paiva 1 x 0 Alberto Teófilo

Pinto Paiva 0 x 1 Eduardo Cotta

Campeonato Brasileiro 1967

Campeão: Henrique da Costa Mecking (RS)

Vice-campeão: José Pinto Paiva (BA)

Local: São Paulo (SP)

Classificação	1a.	2a.	3a.	4a.	5a.	6a.	7a.	8a.	9a.	PG
1 – Henrique Mecking – RS	+16	+17	=2	=5	=6	+4	+11	+3	+8	7,5
2 – Pinto Paiva – BA	+18	+3	=1	+4	-5	-11	+6	+7	+12	6,5
3 – Antônio Rocha – RS	+15	-2	=7	+9	=4	+12	+5	-1	+14	6,0
4 – Olício Gadia – GB	+8	=12	+9	-2	=3	-1	+10	+5	-6	5,0
5 – Gerd Fonrobert – SP	+13	=9	+11	=1	+2	+6	-3	-4	-7	5,0
6 – Hélder Camara – SP	=11	+13	+14	+12	=1	-5	-2	-10	+4	5,0
7 – Adaucto Nóbrega – SC	-9	+16	=3	=11	=13	+14	=12	-2	+5	5,0
8 – Frederico Pimentel – ES	-4	=15	=10	-14	+16	+13	+9	+11	-1	5,0
9 – J. T. Mangini – GB	+7	=5	-4	-3	=10	+15	-8	+17	+18	5,0
10 – João Souza Mendes – RJ	=12	-11	=8	=16	=9	+18	-4	+6	+17	5,0
11 – Luiz Tavares – PE	=6	+10	-5	=7	+15	+2	-1	-8	=13	4,5
12- Eduardo Cotta – MG	=10	=4	+17	-6	+14	-3	=7	+18	-2	4,5
13 – João Borges – MG	-5	-6	=15	+18	=7	-8	+17	+16	=11	4,5
14 – Erbo Stenzel – PR	-17	+18	-6	+8	-12	-7	+16	+15	-3	4,0
15 – Fred Saboya – CE	-3	=8	=13	+17	-11	-9	+18	-14	-16	3,0
16 – Fernando Leite – RJ	-1	-7	+18	=10	-8	-17	-14	-13	+15	2,5
17- Pedro Segundo Costa – BA	+14	-1	-12	-15	=18	+16	-13	-9	-10	2,5
18 – Sabino Ribeiro – GB	-2	-14	-16	-13	=17	-10	-15	-12	-9	0,5

O Campeonato Brasileiro de 1967 foi promovido e organizado pela Federação Paulista de Xadrez e realizado na Associação Cristã de Moços, no período de 14 a 23 de julho de 1967. Pela terceira vez na história da competição, o Brasileiro foi pelo sistema suíço (as anteriores foram em 1954 e 1958). A direção geral foi do então presidente da CBX Márcio Elísio de Freitas, que, após o torneio, renunciou ao cargo, assumindo a presidência da entidade o pernambucano Luiz Tavares da Silva.

O campeão brasileiro de 1967 foi o já Mestre Internacional Henrique Mecking com a idade de 15 anos. Mequinho conquistou o título invicto, com seis vitórias e três empates. Os dirigentes paulistas organizaram um festival de xadrez. Simultaneamente com a competição principal, foram disputados o Campeonato Brasileiro Feminino e o I Torneio Nacional de Aspirantes. O Brasileiro Feminino foi vencido pela baiana Ruth Cardoso, alcançando o tetracampeonato da categoria (1963/1965/1966/1967), sendo que em 1964 não foi disputado o Feminino. Ruth também conquistaria o Brasileiro Feminino de 1968, feito que a fez possuir o título inédito até os dias de hoje de pentacampeã brasileira.

Herman Claudius van Riemsdijk, nascido na Holanda e radicado na época com a família no Rio Grande do Sul, foi o campeão do Torneio de Aspirantes. A competição, que substituiu os zonais e existiu até 1970, classificou os seis primeiros para o Brasileiro de 1968. A classificação do Torneio de Aspirantes: 1º) Herman Claudius (RS), com 7 pontos; 2º) Francisco Trois (RS), 6; 3º) Aírton Ferreira de Souza (MG), 6; 4º)Fernando Vasconcelos (MG), 6; 5º) Sílvio Mendes (SP), 6; 6º) Cândido Duarte (Rio-GB), 5; 7º) Ubirajara Ribeiro (BA), 5; 8º) Rodolfo Araújo (PE), 4,5; 9º) Eduardo Asfora (PE), 4; 10º) Nilo Sales (CE), 4; 11º) Miguel Russowsky, 4,5; 12º) José Adail Catunda Gondim (Rio-GB), 4; 13º) Neville Leone (SP), 3,5; 14º) Otto Mack (PR), 3,5; 15º) Carlos Serrão (RJ), 1; 16º) Rômulo Perrone (ES), com 1 ponto.

No Brasileiro absoluto, os três empates de Mequinho foram para Pinto Paiva (terceira rodada), Gerd Fonrobert (quarta rodada) e Hélder Câmara (quinta rodada). Gerd Wolfgang Fonrobert foi a boa surpresa da competição. Era líder absoluto após a sexta rodada, com 5 pontos, seguido de Mequinho com 4,5 pontos. Poderia até ser campeão, pois já havia empatado com Mequinho. Gerd, porém, perdeu as três partidas restantes, enquanto Mequinho ganhou as três últimas e conquistou o título.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1967

Henrique Mecking 0,5 x 0,5 Pinto Paiva

Hélder Câmara 0,5 x 0,5 Henrique Mecking

Henrique Mecking 1 x 0 Frederico Pimentel

Fernando Leite 0 x 1 Henrique Mecking

Campeonato Brasileiro 1968

Campeão: Hélder Câmara (SP)

Vice-campeão: Antônio Rocha (Rio-GB)

Local: São Bernardo do Campo (SP)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	PG
1 – Hélder Câmara – SP		0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	9,5
2 – Antônio Rocha – GB	0,5		0,5	0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	0,5	0,5	9,0
3 – Herman Claudius Riemsdijk – PR	0	0,5		0,5	1	0	1	1	0,5	1	1	0,5	0,5	1	8,5
4 – Francisco Trois – RS	0,5	0,5	0,5		0	0,5	0	1	1	1	1	1	1	0,5	8,5
5 – Pinto Paiva – BA	0,5	0	0	1		0,5	0,5	0	1	0,5	1	1	1	1	8,0
6 – Mário Everard – RS	0,5	0,5	1	0,5	0,5		0,5	0	1	0,5	1	0	0,5	1	7,5
7 – João Machado Borges – MG	0	0,5	0	1	0,5	0,5		0,5	0	1	1	0,5	1	1	7,5
8 – Jarbas Ladeira – MG	0,5	0,5	0	0	1	1	0,5		0,5	0,5	0,5	0,5	1	0,5	7,0
9 – Gerd Fonrobert – SP	0,5	0	0,5	0	0	0	1	0,5		0,5	0,5	1	0,5	1	6,0
10 – Aírton Ferreira de Souza – MG	0,5	0	0	0	0,5	0,5	0	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	1	5,0
11 – Sílvio Mendes – GB	0	0	0	0	0	0	0	0,5	0,5	0,5		1	1	1	4,5
12 – Cândido Duarte – GB	0	0	0,5	0	0	1	0,5	0,5	0	0,5	0		0	1	4,0
13 – Fernando Vasconcelos MG	0	0,5	0,5	0	0	0,5	0	0	0,5	0,5	0	1		0	3,5
14 – Antônio Cláudio Souza – MG	0	0,5	0	0,5	0	0	0	0,5	0	0	0	0	1		2,5

O Campeonato Brasileiro de 1968 foi realizado no Odeon Clube, em São Bernardo do Campo (SP), no período de 14 a 30 de julho de 1968, sob a direção da Federação Paulista de Xadrez e patrocinado pela prefeitura de São Bernardo. A comissão organizadora foi formada por Flávio de Carvalho Júnior, Paulo Gonçalves Guimarães e Teobaldo Coppini. O árbitro foi o presidente da CBX, Luiz Tavares da Silva. Hélder Câmara ganhou o campeonato invicto, com seis vitórias e sete empates. Como aconteceu nos dois anos anteriores, o Brasileiro Feminino também foi disputado paralelamente ao masculino. A baiana Ruth Cardoso conquistou o pentacampeonato.

Ao tomar posse na presidência da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX), Luiz Tavares da Silva efetuou reforma no regulamento do Campeonato Brasileiro. Modificou a forma do ranking, que passou a ser constituído pelos seis primeiros colocados de um só campeonato ao contrário do esquema da gestão de Márcio Elísio, na qual a formação do ranking tinha como base dois campeonatos. De acordo como o novo regulamento, poderiam participar da edição de 1968: seis primeiros colocados do Brasileiro de 1967 (ranking nacional) – Mequinho, Paiva, Rocha, Gadia, Gerd e Hélder; os seis primeiros do I Torneio Nacional de Aspirantes (realizado em 1967) – Herman, Trois, Aírton, Vasconcelos, Sílvio Mendes e Cândido Duarte; e os quatro primeiros do II Torneio Nacional de Aspirantes – Mário Everard, Ladeira, João Machado Borges e Antônio Cláudio Souza.

Dessa relação de 16 jogadores, apenas Mequinho não compareceu e sua vaga não foi preenchida de acordo com as novas regras. Olício Gadia abandonou a competição na sétima rodada. Os pontos de Gadia não foram computados por ele não ter jogado 50 por cento das suas partidas. Os resultados de Gadia foram: vitória sobre Antônio Cláudio, empates com Fernando Vasconcelos e Herman Claudius; e derrotas para Rocha, Sílvio Mendes e João Machado.

O II Torneio Nacional de Aspirantes foi realizado em Juiz de Fora (MG) de 1º a 9 de julho de 1968, pelo sistema suíço em nove rodadas. O campeão foi o gaúcho Mário Everard. Também conseguiram vagas para a final do Brasileiro os mineiros Jarbas Ladeira, João Machado Borges e Antônio Cláudio. José Thiago Mangini e Jorge Szmetan, ambos do Estado da Guanabara, perderam a classificação pelo desempate em milésimos. Szmetan, que anos mais tarde conquistaria o título de Mestre Internacional pela Argentina, era o campeão carioca daquele ano de 1968. O II Torneio de Aspirantes contou com o total de 42 participantes.

O campeão brasileiro de 1968, Hélder Câmara, a partir da metade da competição, sempre manteve meio ponto de distância para Antônio Rocha. Nas três últimas rodadas, os dois empataram suas partidas. Hélder com Trois, Aírton e Gerd. Antônio Rocha com Everard, Vasconcelos e Herman. Com exceção da partida Hélder x Aírton, os demais empates foram em poucos lances.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1968

Hélder Câmara 1 x 0 Fernando Vasconcelos

Herman Claudius 0 x 1 Hélder Câmara

Hélder Câmara 1 x 0 João Borges Machado

Pinto Paiva 0 x 1 Antônio Rocha

Campeonato Brasileiro 1969

Campeão: Antônio Rocha (SP)

Vice-campeão: Hélder Câmara (SP)

Local: São Paulo (SP)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	PG
1 – Antônio Rocha – SP		0,5	0,5	1	1	0,5	0,5	1	1	1	1	8,0
2 – Hélder Camara – SP	0,5		1	1	1	1	0,5	0,5	0,5	0	1	7,0
3 – Pinto Paiva – BA	0,5	0		1	1	0	1	0,5	1	1	1	7,0
4 – Herman Claudius Riemsdijk – SP	0	0	0		0,5	0,5	1	1	1	1	1	6,0
5 – Francisco Trois – RS	0	0	0	0,5		0,5	1	0,5	0,5	1	1	5,0
6 – Mário Everard – RS	0,5	0	1	0,5	0,5		0,5	0	0,5	1	0	4,5
7 – Márcio Miranda – MG	05	0,5	0	0	0	0,5		0,5	0,5	1	1	4,5
8 – Nélson Aschcar – SP	0	0,5	0,5	0	0,5	1	0,5		0,5	0	0,5	4,0
9 – Jarbas Ladeira – MG	0	0,5	0	0	0,5	0,5	0,5	0,5		0	1	3,5
10 – Peter Toth – GB	0	1	0	0	0	0	0	1	1		0	3,0
11 – João Zacarias – SP	0	0	0	0	0	1	0	0,5	0	1		2,5

Em julho de 1969, a Federação Paulista de Xadrez promoveu seguidamente, pela ordem: o III Torneio Nacional de Aspirantes, o match-desempate do Zonal Sul-Americano entre os MIs Henrique Mecking (Brasil) e Raimundo Garcia (Argentina) e o Campeonato Brasileiro de 1969, todos na sede do Clube de Xadrez São Paulo. O Campeonato Brasileiro, sob a direção geral do presidente da CBX (Luiz Tavares da Silva), foi ganho por Antônio Rocha, que naquele ano se transferia do Rio de Janeiro para São Paulo.

A grande atração em 1969 da América do Sul foi o VII Torneio Zonal Sul-Americano, realizado em Mar del Plata (Argentina), no período de 22 de março a 12 de abril. Os vencedores foram os GMs Miguel Najdorf e Oscar Panno, empatados na primeira colocação (os dois conseguiram classificação direta para o Interzonal de 1970, em Palma de Mallorca). A decisão da terceira vaga para o Interzonal foi no CXSP, como foi dito acima. O brasileiro Mequinho venceu o match com Raimundo Garcia e adquiriu o direito de participar do Interzonal. No Zonal Sul-Americano Feminino, na mesma época e também em Mar del Plata, a vitória foi da brasileira Ruth Cardoso.

O representante do Estado da Guanabara Peter Toth conquistou o III Torneio Nacional de Aspirantes, seguido pelo paulista Nélson Aschcar. Na época, ambos eram estudantes universitários. Os seis primeiros colocados da competição conseguiram o direito de participar da final do Brasileiro, mas o pernambucano Eduardo Asfora (terceiro lugar) desistiu da disputa e sua vaga não foi preenchida de acordo com o regulamento. O paulista João Zacarias (sétimo) entrou por causa da impossibilidade de Willen Hajenius (quinto colocado) entrar na final. Os demais participantes eram do ranking nacional, ou seja, os seis primeiros do Campeonato Brasileiro de 1968: Hélder, Rocha, Herman, Trois, Paiva e Everard.

A classificação do III Torneio Nacional de Aspirantes: 1º) Peter Toth (GB), 6,5; 2º) Nélson Aschcar (SP), 6,5; 3º) Eduardo Asfora (PE), 6,5; 4º) Márcio Miranda (MG), 6,5; 5º) Willen Hajenius (SP), 6; 6º) Jarbas Ladeira (MG), 6,0; 7º) João Zacarias (SP), 6,0; 8º) Marco Asfora (PE), 5,5; 9º) Joaquim Caetano Neto (GB), 5,5; 10º) Rogério Licks, 5,0; 11º) Fernando Vasconcelos (MG), 5,0; 12º) Aírton de Souza (MG), 5,0; 13º) Francisco Alves (CE), 5,0; 14º) Frederico Burgos (DF), 4,5; 15º) Felinto Benévolo (CE), 4,5; 16º) Semi Ammar (SP), 4,5; 17º) Roberto Kampitz (RS), 4,5; 18º) Millon Brasil (RS), 4,0; 19º) Sílvio Mendes (GB), 4,5; 20º) Washington de Oliveira (RJ), 4,0; 21º) Nei Dumont (BA), 4,0; 22º) Raimundo Lemos (MA), 4,0; 23º) Martin Haro (SC), 4,0; 24º) Milton Santos (DF), 3,5; 25º) Miguel Russowsky (SC), 3,5; 26º) Adail Catunda Gondim (GB), 3,5; 27º) Otto Mak (PR) , 3,5; 28º) Messias Lopes (BA), 29º) Carlos Guzman (PR), 30º) Lincoln Lucena (DF), 3,0; 31º) Marcos Catunda (SP), 2,0; 32º) Eduardo Encarnação (AM), com zero ponto.

Como ocorreu em 1963, 1964 e 1968, a luta principal pelo título de 1969 foi entre Rocha e Hélder. Paiva, Herman e Trois também brigaram pelo bastão de campeão. Inclusive, Francisco Trois saiu na frente no Brasileiro 1969 e foi líder absoluto até a quarta rodada. Na quinta, dividiu a ponta com Rocha. Na sexta, Rocha folgou e Trois perdeu para Paiva. Então, Hélder assumiu a liderança isolada até a nona rodada, quando foi derrotado por Peter Toth. Nessa rodada, Rocha vence Aschcar e recuperou a liderança a primeira posição na tabela. Na décima rodada, com o empate de Rocha com Miranda, três ocupavam a liderança com sete pontos: Rocha, Hélder e Paiva. Hélder ficaria bye na última rodada e não faria mais pontos. Rocha e Paiva precisavam da vitória. Rocha venceu o lanterna João Zacarias, enquanto Paiva perdia para Everard. Assim, Antônio Rocha conquistava o título brasileiro de 1969 invicto, com quatro empates e seis vitórias.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1969

Antônio Rocha 1 x 0 Herman Claudius

Peter Toth 0 x 1 Antônio Rocha

Herman Claudius 0 x 1 Hélder Câmara

Herman Claudius 1 x 0 Jarbas Ladeira

Campeonato Brasileiro 1970

Campeão: Herman Claudius van Riemsdijk (SP)

Vice-campeão: Adaucto Wanderley Nóbrega (SC)

Local: Recife (PE)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	PG
1 – Herman Claudius Riemsdijk – SP		0,5	0	0,5	1	0,5	1	0,5	1	1	1	1	8,0
2 – Adaucto Nóbrega – SC	0,5		1	0,5	1	0,5	0	0,5	0,5	0,5	1	1	7,0
3 – Josino Resende – SP	1	0		0,5	0,5	0,5	1	0	0,5	0,5	1	1	6,5
4 – Peter Toth – GB	0,5	0,5	0,5		1	0,5	0,5	0	0,5	0,5	1	1	6,5
5 – Hélder Câmara – SP	0	0	0,5	0		0,5	0,5	1	1	1	1	1	6,5
6 – Antônio Rocha – SP	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	1	6,0
7 – Pinto Paiva – BA	0	1	0	0,5	0,5	0,5		1	1	1	0	0	5,5
8 – Mário Everard – RS	0,5	0,5	1	1	0	0,5	0		0	0,5	0,5	1	5,5
9 – Frank Lins – PB	0	0,5	0,5	0,5	0	0,5	0	1		0,5	1	1	5,5
10 – Francisco Trois – RS	0	0,5	0,5	0,5	0	0,5	0	0,5	0,5		1	1	5,0
11 – Luiz Tavares – PE	0	0	0	0	0	0,5	1	0,5	0	0		0	2,0
12 – Marco Asfora -PE	0	0	0	0	0	0	1	0	0	0	1		2,0

Em julho de 1970, todo o Brasil respirava futebol. A Seleção Brasileira (com Pelé, Tostão, Jairzinho, Gérson, Rivelino e companhia) havia ganho em 21/6/1970 a posse definitiva da Taça Jules Rimet, a Copa do Mundo de futebol. Em meio a esse ambiente festivo, a Federação Pernambucana de Xadrez promoveu na cidade de Recife o Campeonato Brasileiro de 1970. O representante de São Paulo Herman Claudius van Riemsdijk venceu a competição, com seis vitórias, quatro empates e apenas uma derrota para Josino Resende.

O IV Torneio Nacional de Aspirantes serviu pela última vez para classificar enxadristas para a fase final do Brasileiro (em 1971, retornaria a ser disputado os zonais como fase preliminar do Campeonato Brasileiro). O campeão do Torneio Nacional de Aspirantes foi o catarinense Adaucto Nóbrega. Peter Toth, do antigo Estado da Guanabara, ficou em segundo lugar, seguido por Josino Resende (SP), Marco Asfora (PE), Frank Lins (PB) e Eduardo Asfora (PE). Esses seis foram classificados para a final do Brasileiro. Eduardo Asfora, porém, desistiu de participar, sendo substituído por Luiz Tavares da Silva. O Torneio Nacional de Aspirantes de 1970 contou com o total de 28 participantes. Disputaram a fase final do campeonato, além dos classificados nos Aspirantes, os componentes do rankink nacional: Rocha, Hélder, Paiva, Herman, Trois e Everard.

A luta por vagas para a equipe brasileira à Olimpíada de Siegen , na antiga Alemanha Ocidental, foi mais uma atração do Campeonato Brasileiro de 1970. A partir de 1968, na gestão do presidente da CBX, Luiz Tavares da Silva, é que o Brasil passou a ser assíduo em matéria de comparecimento em olimpíada. Antes, só participou em 1939 e 1952, além da não oficial de 1936. Antônio Rocha, o campeão de 1969, foi o único invicto, mas ocupou modesta sexta colocação. Só venceu Marco Asfora, o último colocado. Rocha empatou a dez outras partidas do campeonato!

O campeão brasileiro de 1970, Herman Claudius van Riemsdijk, nasceu em Tiel (Holanda) no dia 26 de agosto de 1948. É brasileiro naturalizado desde o ano de 1970. Aos nove anos de idade, ele e o irmão Dirk Dagobert imigraram, com a família, para a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Nos meados da década de 1960, foi morar em Curitiba, onde conquistou o Campeonato Parananese de 1967. Em 1969, Herman Claudius se transferiu para a cidade de São Paulo. Conquistou o Campeonato Paulista sete vezes: 1969, 1970, 1974, 1975, 1977, 1980 e 1981. Foi campeão brasileiro em 1970, 1973 e 1988. Em 1970, participou da equipe brasileira, campeã do Torneio Internacional por Equipes, em Vila Gesell (Argentina). Em 1977, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), vence o Campeonato Pan-Americano individual. Em virtude dessa conquista, a FIDE lhe concedeu o título de Mestre Internacional. Herman também possui a primeira norma para obtenção do título de Grande Mestre, conseguida na Copa Latino-Americana de 1992, na Colômbia. É recordista brasileiro nas Olimpíadas de Xadrez, com nove participações. Foi presidente da Federação Paulista de Xadrez e do Clube de Xadrez São Paulo. Durante trinta e um anos (1970 a 2001) foi responsável pela excelente coluna de xadrez do jornal “O Estado de São Paulo”.

O vice-campeão brasileiro de 1970, Adaucto Wanderley Nóbrega, nasceu em São Bento do Sul (SC) em 18/2/1939. Conquistou o título de campeão individual de Santa Catarina em 1957, 1966, 1969, 1970 e 1971.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1970

Pinto Paiva 0 x 1 Herman Claudius

Herman Claudius 1 x 0 Francisco Trois

Herman Claudius 1 x 0 Hélder Câmara

Josino Resende 1 x 0 Herman Claudius

Campeonato Brasileiro 1971

Campeão: José Pinto Paiva (BA)

Vice-campeão: Eduardo Asfora (PE)

Local: Fortaleza (CE)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	PG
1 – Pinto Paiva – BA		1	0	1	0,5	0,5	1	1	0,5	0,5	1	1	0,5	0,5	1	1	11,0
2 – Eduardo Asfora – PE	0		0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	1	0,5	0,5	1	1	1	10,5
3 – Vitório Chemin – PR	1	0,5		0	0,5	0	1	1	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	1	10,5
4 – Herman Claudius Riemsdijk – SP	0	0	1		1	0	0,5	0,5	1	1	1	1	0,5	1	1	0,5	10,0
5 – Hélder Camara – SP	0,5	0,5	0,5	0		0,5	1	0,5	0,5	1	0,5	0,5	1	1	1	1	10,0
6 – Francisco Alves – CE	0,5	0,5	1	1	0,5		0	0	0	1	0,5	0,5	1	1	1	1	9,5
7- Adaucto Nóbrega -SC	0	0,5	0	0,5	0	1		0	1	1	0,5	1	1	1	1	0,5	9,0
8 – Caetano Neto – GB	0	0	0	0,5	0,5	1	1		0,5	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	9,0
9 – Lincoln Lucena – DF	0.5	0,5	0,5	0	0,5	1	0	0,5		0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	1	8,5
10 – Peter Toth – GB	0,5	0	0,5	0	0	0	0	0,5	0,5		0,5	0,5	1	1	1	1	7,0
11 – Antônio Rocha – SP	0	0	0,5	0	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	6,0
12 – Roberto Kampits- RS	0	0,5	0	0	0,5	0,5	0	0,5	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	1	6,0
13- Henrique Marinho – PR	0,5	0,5	0	0,5	0	0	0	0	0	0	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	4,0
14 – Washington Oliveira RJ	0,5	0	0	0	0	0	0	0	0,5	0	0,5	0,5	0,5		0	1	3,5
15 – Rubem Leite – MG	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0,5	0,5	0,5	1		0,5	3,0
16 – Alberto Pinto – CE	0	0	0	0,5	0	0	0,5	0	0	0	0,5	0	0,5	0	0,5		2,5

O Campeonato Brasileiro de 1971 foi disputado nas sedes do Náutico Atlético Cearense e na AABB-Fortaleza, ambas na cidade de Fortaleza, no período de 5 a 23 de julho de 1971. Paralelamente ao campeonato, a CBX promoveu o I Congresso Brasileiro de Xadrez, reunindo os presidentes das federações estaduais. A direção geral do Campeonato Brasileiro esteve a cargo do novo presidente da CBX, Luís Campelo Gentil, auxiliado por Ronald Câmara, Carlos Benevides e Gessiner Farias. O título de campeão ficou com o baiano Pinto Paiva, que só perdeu uma partida para Vitório Chemin.

Ao tomar posse, o Presidente Luís Gentil reformou o regulamento do Campeonato Brasileiro, com a volta dos zonais classificatórios em um total de quatro. Cada um selecionando três enxadristas para a final. No Zonal Sul,em Vacaria (RS), sem a presença dos paulistas, o resultado inesperado foi a eliminação de Francisco Trois. No Zonal Centro, também houve surpresa: o ex-campeão brasileiro J. T. Mangini ficou de fora. Além dos enxadristas classificados nos zonais, a fase final contou com os componentes do ranking nacional (com exceção de Josino Resende, que não compareceu): Herman, Adaucto, Toth, Hélder e Rocha.

O campeão brasileiro de 1971, José de Pinto Paiva, fez excelente campanha na fase final. O interessante é que ele não estava na relação dos pré-classificados, nem pelo ranking e nem pelo zonal. No Zonal 3, realizado em Recife, Paiva ocupou o quinto lugar nas três vagas disputadas. Os classificados foram Eduardo Asfora (PE), Rodolfo Araújo (PE) e Lincoln Lucena (DF). Porém, Araújo desistiu. Moenich (DF), o quarto colocado, também desistiu; e a vaga ficou com Pinto Paiva.

Pinto Paiva ganhou o título na última rodada. Ao iniciar as partidas dessa rodada, cinco enxadristas disputavam o título: Paiva, 10,5; Herman e Chemin, 10; Asfora e Hélder, 9,5. Os resultados da última rodada, que deram o troféu a Paiva: Francisco Alves 0,5 x 0,5 Hélder, Rocha 0,5 x 0,5 Chemin, Toth 0,5 x 0,5 Paiva e Herman 0 x 1 Asfora.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1971

Pinto Paiva 1 x 0 Adaucto Nóbrega

Pinto Paiva 1 x 0 Herman Claudius

Pinto Paiva 1 x 0 Antônio Rocha

Herman Claudius 0 x 1 Eduardo Asfora

Campeonato Brasileiro 1972

Campeão: Eugênio Maciel German (MG)

Vice-campeão: Francisco Ricardo Terres Trois (RS)

Local: Blumenau (SC)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	18	19	PG
1- Eugênio German – MG		1	0,5	0,5	0,5	1	1	0,5	1	1	1	1	1	0	1	0,5	0,5	1	1	14,0
2 – Francisco Trois – RS	0		0,5	0,5	1	1	0,5	0,5	0,5	0,5	1	1	0,5	1	1	1	1	1	1	13,5
3 – Adaucto Nóbrega – SC	0,5	0,5		0,5	0,5	1	0,5	0	0,5	1	0,5	1	1	1	1	1	1	1	1	13,5
4 – Peter Toth – GB	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	1	0,5	1	1	0,5	0,5	1	1	1	0,5	1	1	1	13,5
5- Herman Claudius – SP	0,5	0	0,5	0,5		0,5	0,5	1	0,5	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	1	1	1	12,5
6 – Francisco Alves – CE	0	0	0	0,5	0,5		0,5	1	1	0	0,5	0,5	1	1	1	1	1	1	1	11,5
7 – Antônio Rocha – SP	0	0,5	0,5	0	0,5	0,5		1	0,5	0	0,5	0	1	1	1	1	1	1	1	11,0
8 – Pinto Paiva – BA	0,5	0,5	1	0,5	0	0	0		0	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	0,5	1	1	10,5
9 – Pio Fiori Azevedo – RS	0	0,5	0,5	0	0,5	0	0,5	1		1	0,5	1	0	1	1	0,5	1	1	0,5	10,5
10 – Luiz Tavares – PE	0	0,5	0	0	0,5	1	1	0,5	0		0,5	0,5	1	0	0	1	1	0,5	1	9,0
11 – Luciano Belém – GB	0	0	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	9,0
12 – Hélder Câmara – SP	0	0	0	0,5	0,5	0,5	1	0,5	0	0,5	0,5		0	1	0,5	1	1	0,5	1	9,0
13 – Rodolfo Araújo – PE	0	0,5	0	0	0	0	0	0	1	0	0,5	1		0,5	0,5	1	1	1	0	7,0
14 – Vitório Chemin – PR	1	0	0	0	0	0	0	0	0	1	0,5	0	0,5		0,5	0,5	1	0,5	1	6,5
15 – Marco Asfora – PE	0	0	0	0	0	0	0	0	0	1	0	0,5	0,5	0,5		1	1	1	0,5	6,0
16- Antônio Gonçalves – AM	0,5	0	0	0,5	0	0	0	0	0,5	0	0,5	0	0	0,5	0		0,5	0,5	0	3,5
17- Joaquim Guerra – RN	0,5	0	0	0	0	0	0	0,5	0	0	0,5	0	0	0	0	0,5		0,5	1	3,5
18 – Máximo Macedo – RN	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0,5	0,5	0,5	0	0,5	0	0,5	0,5		0,5	3,5
19- Miguel Russowsky- SC	0	0	0	0	0	0	0	0	0,5	0	0	0	1	0	0,5	1	0	0,5		3,5

Blumenau, bela e progressista cidade catarinense, cercada por montanhas e cortada pelo Rio Itajaí-Açu, recebeu enxadristas de todo o País para a disputa do Campeonato Brasileiro de 1972, no período de 2 a 23 de julho de 1972. O campeão foi o Mestre Internacional Eugênio German, com onze vitórias, seis empates e uma derrota para o paranaense Vitório Chemin.

A competição contou com cinco integrantes do ranking nacional: Paiva, Chemin, Herman Claudius, Hélder e Francisco Alves (Eduardo Asfora, também do ranking, desistiu de participar; e sua vaga não foi preenchida). Adaucto e Russowsky representaram a Federação Catarinense, organizadora do evento. Os demais se classificaram pelos Zonais: Norte (Macedo, Guerra e Gonçalves), Nordeste (Tavares, Araújo e Marco Asfora), Centro (German, Luciano Belém e Peter Toth) e Sul (Rocha, Trois e Pio Fiori).

O campeão Eugênio German conquistou o título aos 41 anos de idade e após 20 anos afastado do Campeonato Brasileiro. Antes, ele havia participado quatro vezes da competição: 1949 – quarto lugar, 1950 – sexto lugar, 1951 – campeão, 1952 – vice-campeão. Em 1959, depois de vencer o Zonal Centro, podia ter disputado a final do Brasileiro, mas não compareceu. Em 1972, voltou a ganhar invicto o Zonal Centro. Desta vez, resolveu ir e brilhou em Blumenau (ver mais dados sobre German no texto sobre o Campeonato Brasileiro de 1951).

A surpresa do campeonato foi a modesta colocação obtida por Hélder Câmara, um mês depois da excelente campanha em São Paulo no Zonal Sul-Americano, quando ficou em quarto lugar com 13,5 pontos, resultado que lhe deu o título de Mestre Internacional.

O título de vice-campeão brasileiro teve uma disputa extra em 1972, logo depois do término da competição. Fato acontecido pela primeira vez na história do Brasileiro. O vice-campeão de 1972 foi conhecido em um minitorneio extra em dois turnos de 24 a 30 de julho de 1972, em Florianópolis. O vencedor foi Francisco Trois, que totalizou três pontos (empates com Adaucto e Toth e vitórias sobre os mesmo no segundo turno). O segundo foi Adaucto Nóbrega, com dois pontos. Peter Toth ficou em terceiro no desempate, com um ponto (dois empates). Peter Toth foi o único invicto do campeonato. Entre os empatados na segunda colocação, tinha o melhor sonneborn-berger. Porém, no minitorneio extra para apontar o vice-campeão, perdeu as duas partidas e ficou em quarto lugar na classificação geral.

O vice-campeão brasileiro de 1972, Francisco Ricardo Terres Trois, nasceu em Canoas (RS) em 3/9/1946. Conquistou o título de Mestre Internacional em 1978 ao vencer o Zonal Sul-Americano, realizado em Tramandaí (RS). Foi campeão gaúcho em 1969 e 1970.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1972

Eugênio German 1 x 0 Hélder Câmara

Eugênio German 1 x 0 Pio Fiori Azevedo

Vitório Chemin 1 x 0 Eugênio German

Peter Toth 0,5 x 0,5 Hélder Câmara

Campeonato Brasileiro 1973

Campeão: Herman Claudius van Riemsdijk (SP)

Vice-campeão: Alexandru Segal (SP)

Local: Salvador (BA)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	18	19	PG
1-Herman Claudius – SP		0,5	0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	0,5	0,5	0	0,5	1	1	1	1	13,0
2 – Alexandru Segal – SP	0,5		0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	1	1	0,5	1	1	1	0,5	1	1	1	0,5	13,0
3 – Hélder Camara – SP	0,5	0,5		0	0,5	0,5	1	0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	0,5	1	1	1	12,0
4-Adaucto Nóbrega – SC	0	0,5	1		0,5	0,5	0,5	0,5	0	1	0,5	0,5	1	1	1	1	0,5	0,5	1	11,5
5 – Peter Toth – GB	0,5	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	0	0,5	1	0,5	1	0	1	1	1	1	1	0,5	11,5
6 – Antônio Rocha – SP	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	1	0	1	1	11,0
7 – Francisco Trois – RS	0,5	0,5	0	0,5	0,5	0,5		0,5	0,5	1	0,5	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	0,5	11,0
8- Pio Fiori Azevedo – RS	0	0,5	0,5	0,5	1	0,5	0,5		1	0	0,5	0,5	0	1	0,5	0	1	1	1	10,0
9 – Rodolfo Araújo – PE	0	0	0	1	0,5	0,5	0,5	0		1	1	1	0,5	0,5	1	1	0,5	0	1	10,0
10 – Pinto Paiva – BA	0	0	0,5	0	0	0,5	0	1	0		1	0,5	1	1	1	1	0,5	0,5	0,5	9,0
11 – Sadi Dumont – GB	0	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	0	0		0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	8,5
12-Herbert Carvalho – SP	0,5	0	0,5	0,5	0	0,5	0,5	0,5	0	0,5	0,5		0,5	1	0,5	0,5	0,5	1	0,5	8,5
13 – Sílvio Mendes – RJ	0,5	0	0	0	1	0	0,5	1	0,5	0	0,5	0,5		0,5	0,5	0	1	0,5	0	7,0
14 – Marco Asfora – PE	1	0	0,5	0	0	0,5	0,5	0	0,5	0	0,5	0	0,5		0	0	1	1	1	7,0
15 – Gerardo Frota – CE	0,5	0,5	0	0	0	0	0	0,5	0	0	0,5	0,5	0,5	1		0	1	0,5	1	6,5
16 – Luiz Tavares – PE	0	0	0,5	0	0	0	0	1	0	0	0,5	0,5	1	1	1		0	0	1	6,5
17- Roberto Pimenta – MG	0	0	0	0,5	0	1	0	0	0,5	0,5	0	0,5	0	0	0	1		1	1	6,0
18 – Francisco Alves – CE	0	0	0	0,5	0	0	0	0	1	0,5	0,5	0	0,5	0	0,5	1	0		0,5	5,0
19 – Hemar Barata – BA	0	0,5	0	0	0,5	0	0,5	0	0	0,5	0	0,5	1	0	0	0	0	0,5		4,0

O Campeonato Brasileiro de 1973 foi realizado no Edifício Maçônico da Bahia, em Salvador, no período de 28 de junho a 19 de julho de 1973. A competição foi organizada pela Federação Baiana de Xadrez (gestão do Presidente José Pinto Paiva). O árbitro geral foi Ronald Câmara, vice-presidente técnico da CBX. O campeão foi Herman Claudius van Riemsdijk, que terminou empatado em pontos com Alexandru Segal na competição normal. Herman venceu o match-desempate, três meses depois, por 2,5 a 1,5.

Quatro dias após o término do Campeonato Brasileiro começou o Interzonal de Petrópolis (23 de julho a 17 de agosto de 1973), vencido pelo GM brasileiro Henrique Mecking (Mequinho). Esse evento internacional foi o carro-chefe das inúmeras competições da administração da dupla Luís Gentil e Ronald Câmara no período de 1970 a 1976. Quando o Brasileiro 1973 acabou, houve uma romaria dos participantes de Salvador para Petrópolis. Alguns para fazer a cobertura do Interzonal para jornais, como foi o caso de Herman Claudius, Alexandru Segal e Hélder Câmara.

O prêmio de beleza do Campeonato Brasileiro de 1973 foi conferido a Sílvio Mendes pela sua vitória sobre Peter Toth, na oitava rodada (ver partida mais adiante). A partir de 1973, o ranking nacional passou a ser constituído pelos quatro primeiros colocados do Brasileiro do ano anterior ao invés dos seis primeiros como acontecia antes. Por isso, o catarinense Adaucto Nóbrega e o representante do Estado da Guanabara Peter Toth, empatados na quarta colocação em Salvador, tiveram que disputar um match, que aconteceu no Rio de Janeiro de 16 a 20 de fevereiro de 1974, com a vitória de Adaucto Nóbrega por 2,5 a 1,5. Estava em jogo uma das vagas para as Olimpíadas de Nice (França).

Os participantes do Campeonato Brasileiro de 1973 foram selecionados da seguinte maneira; ranking – Trois, Adaucto, Toth, Herman, Francisco Alves e Antônio Rocha (sétimo em Blumenau, mas substituiu Eugênio German, que não compareceu); Zonal Sul – Segal, Herbert e Pio Fiori; Zonal Centro – Pimenta, Sílvio Mendes e Sadi Dumont; Zonal Nordeste – Araújo, Marco Asfora e Tavares; Zonal Norte – Gerardo Frota (o amazonense Alexandre Gonçalves, outro classificado pelo Zonal Norte, desistiu de participar); federação promotora (Bahia) – Pinto Paiva e Hemar Barata; titulado internacional – MI Hélder Câmara.

O único invicto da competição foi Alexandru Segal. Herman, o campeão, perdeu para Marco Asfora. No match-desempate, Segal perdeu uma partida para Herman. Hélder Câmara, terceiro colocado, foi o único participante com o título de Mestre Internacional. Naquela época, o Brasil só tinha três Mis. Além de Hélder, possuíam esse título o mineiro Eugênio German e a baiana Ruth Cardoso. Mequinho já era Grande Mestre e com vaga assegurada para as Olimpíadas de Nice. Os demais da equipe ganharam a vaga no Brasileiro: Herman, Segal, Hélder, Adaucto e Peter Toth, que entrou no lugar de German.

Alexandru Sorin Segal e Herman Claudius van Riemsdijk decidiram o título de campeão do Brasil em match de quatro partidas, em São Paulo, no final de outubro de 1973. Herman venceu por 2,5 a 1,5 (uma vitória na terceira partida e três empates na demais) e conquistou seu segundo título no Brasileiro.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1973

Herman Claudius 1 x 0 Adaucto Nóbrega

Alexandru Segal 1 x 0 Herbert Carvalho

Sílvio Mendes 1 x 0 Peter Toth

(prêmio de beleza do campeonato)

Herman Claudius 1 x 0 Alexandru Segal – 3a. partida do match decisivo

Campeonato Brasileiro 1974

Campeões: Márcio Marcos do Carmo Miranda (Rio-GB) e Alexandru Sorin Segal (SP)

Vice-campeão: Francisco Ricardo Terres Trois (RS)

Local: Rio de Janeiro (GB)

Classificação	1	2	3	4	5	6	7	8	9	10	11	12	13	14	15	16	17	18	PG
1 – Márcio Miranda – GB		1	0,5	1	1	1	1	0	1	0,5	0,5	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	13,0
2 – Alexandru Segal – SP	0		0,5	1	0,5	0,5	1	0,5	1	1	0,5	0,5	1	1	1	1	1	1	13,0
3 – Francisco Trois – RS	0,5	0,5		0,5	0,5	0	1	0,5	1	1	0,5	1	0,5	1	1	1	1	1	12,5
4 – Antônio Rocha – SP	0	0	0,5		0,5	0,5	0,5	1	0,5	1	1	0,5	1	1	1	1	1	1	12,0
5 – Herman Claudius Riemsdijk – SP	0	0,5	0,5	0,5		1	0,5	0,5	1	0	0,5	1	1	1	0,5	1	1	0,5	11,0
6 – Hélder Camara – SP	0	0,5	1	0,5	0		0	1	0,5	0	0,5	1	0,5	1	1	1	1	1	10,5
7 – Sílvio Cunha Pereira – SP	0	0	0	0,5	0,5	1		1	0	0	1	1	1	0,5	1	1	1	1	10,5
8 – Peter Toth – GB	1	0,5	0,5	0	0,5	0	0		0,5	0,5	1	0	0,5	1	0,5	1	1	1	9,5
9 – Fred Saboya – CE	0	0	0	0,5	0	0,5	1	0,5		1	0,5	0,5	0,5	0,5	1	1	1	1	9,5
10-João Eduardo Corrêa – PR	0,5	0	0	0	1	1	1	0,5	0		0	0,5	1	0,5	0	1	0,5	1	8,5
11 – Roberto Pimenta – MG	0,5	0,5	0,5	0	0,5	0,5	0	0	0,5	1		1	0,5	0,5	0,5	1	0,5	0	8,0
12 – Fernando Duarte – GB	0,5	0,5	0	0,5	0	0	0	1	0,5	0,5	0		0,5	0	1	0	1	1	7,0
13 – Máximo Macedo – RN	0,5	0	0,5	0	0	0,5	0	0,5	0,5	0	0,5	0,5		0,5	0,5	0,5	1	0,5	6,5
14 César Roberto Reis – RJ	0,5	0	0	0	0	0	0,5	0	0,5	0,5	0,5	1	0,5		0,5	0,5	0	0,5	5,5
15 – Marco Asfora – PE	0	0	0	0	0,5	0	0	0,5	0	1	0,5	0	0,5	0,5		0,5	1	0,5	5,5
16 – Francisco Alves – CE	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0	1	0,5	0,5	0,5		0,5	1	4,0
17 – Luismar Brito – PB	0	0	0	0	0	0	0	0	0	0,5	0,5	0	0	1	0	0,5		1	3,5
18 – Francisco Schwab – RJ	0	0	0	0	0,5	0	0	0	0	0	1	0	0,5	0,5	0,5	0	0		3,0

O Campeonato Brasileiro de 1974 seria realizado em Volta Redonda (RJ), mas dez dias antes do início foi transferido para a cidade do Rio de Janeiro, em virtude da briga jurídica entre a CBX e a Federação Fluminense (entidade enxadrística do antigo Estado do Rio, atual interior do novo Estado do Rio de Janeiro). O campeonato foi dirigido por Amâncio de Carvalho, diretor-técnico da Federação Metropolitana de Xadrez, no período de 12 a 30 de julho de 1974, nas sedes do Tijuca Tênis Clube, Caiçaras, Hebraica, Flamengo e AABB-Lagoa. Os participantes ficaram hospedados na Escola de Educação Física do Exército no bairro da Urca.

Durante a competição, a FMX esteve em crise, por motivo das renúncias de vários diretores. O presidente da entidade, Júlio de Souza Mendes (filho do grande enxadrista João de Souza Mendes), não substituiu ninguém, deixando Amâncio de Carvalho sozinho na direção do evento. Em um acontecimento incomum na história do Campeonato Brasileiro, Amâncio acumulou os cargos de diretor, árbitro e demais atribuições do torneio. Outro fato inusitado: a proclamação de dois campeões no mesmo ano, por causa da persistência da igualdade de pontos no campeonato e nos matches.

Jaime Sunye Neto, na época com 17 anos de idade, tinha direito de participar, pois fora o terceiro colocado no Zonal Sul. Porém, preferiu defender o Paraná nos Jogos Estudantis Brasileiros de 1974. No seu lugar, entrou o gaúcho Francisco Trois. Antônio Rocha, campeão paulista e vencedor do Zonal Sul, era o principal favorito. Ele manteve a invencibilidade e a liderança absoluta até a penúltima rodada, quando perdeu para Márcio Miranda. Miranda foi chamado de “terror dos paulistas” por ter ganho dos cinco representantes de São Paulo. Na última rodada, três enxadristas dividiam a ponta da tabela: Rocha, Miranda e Segal. Os resultados dessa rodada (Segal venceu Rocha e Miranda derrotou Saboya) apontaram um empate na primeira colocação entre Miranda e Segal. Em um acordo entre os dois, Segal ficou com o direito reservado ao campeão de 1974 de participar do Pan-Americano de Winnipeg (Canadá), onde conseguiu o terceiro lugar e a primeira norma para o título de MI. Depois, no match-desempate, realizado em dezembro de 1974, no Parque da Águas, em São Lourenço (MG), Miranda e Segal voltaram a empatar: no primeiro match de quatro partida em 2 a 2. E, no segundo de duas partidas em 1 a 1. Após isso, a pedido dos dois, a CBX os proclamou campeões brasileiros de 1974. Os matches-desempates também foram dirigidos por Amâncio de Carvalho.

O campeão brasileiro de 1974, Márcio Marcos do Carmo Miranda, nasceu em Buenópolis (MG) em 16/7/1942. Foi várias vezes campeão mineiro. Em 1968, participou da Olimpíada de Lugano. No início dos anos 70, radicou-se na cidade do Rio de Janeiro, onde foi campeão carioca em 1975 e 1982. Após a fusão, foi o primeiro campeão do no Estado do Rio de Janeiro em 1976. Foi presidente da CBX de 1980 a 1982.

O também campeão brasileiro de 1974, Alexandru Sorin Segal, nasceu em Bucareste (Romênia) em 4/10/1947. Radicou-se em São Paulo, quando se naturalizou brasileiro. Em 1978, obteve o título de Mestre Internacional. Participou cinco vezes da equipe brasileira em olimpíadas. Foi campeão paulista em 1972, 1976, 1991 e 1993. Campeão catarinense em 1980. Em 1978, em Natal, conquistou o seu segundo título no Campeonato Brasileiro. Faleceu em São Paulo (SP) em 6/1/2015.

PARTIDAS DO BRASILEIRO 1974

Márcio Miranda 1 x 0 Hélder Câmara

Antônio Rocha 0 x 1 Márcio Miranda

Alexandru Segal 1 x 0 Eduardo Correia

Alexandru Segal 1 x 0 Sílvio Cunha Pereira

 

Campeonato Brasileiro 1975 Campeão: Carlos Eduardo Gouveia (RJ) Vice-campeão: Herman Claudius van Riemsdijk (SP) Local: Caxias do Sul (RS) Classificação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 PG 1 – Eduardo Gouveia – RJ 0 0,5 0,5 0 1 1 1 1 0,5 1 0,5 1 1 1 1 1 1 1 14,0 2 – Herman Claudius – SP 1 0 0,5 0 0 0,5 1 1 1 1 0,5 1 1 0,5 1 1 1 1 13,0 3 – Francisco Trois – RS 0,5 1 0,5 0,5 0,5 0,5 1 1 0 1 0,5 1 0,5 0,5 1 1 1 1 13,0 4 – Alexandru Segal – SP 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0,5 1 1 1 0,5 0,5 1 1 1 1 1 1 13,0 5 – Hélder Camara – SP 1 1 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0,5 1 1 0 1 1 0,5 0,5 1 1 12,0 6 – Antônio Rocha – SP 0 1 0,5 0,5 0,5 0 1 0,5 1 0,5 0,5 0,5 1 0wo 1 0,5 1 1 11,0 7 – Pinto Paiva – BA 0 0,5 0,5 1 0,5 1 0 1 0 0,5 0,5 1 1 0,5 0 1 0 1 10,0 8 – Rodolfo Araújo – PE 0 0 0 0,5 0,5 0 1 0,5 1 1 0,5 1 0,5 0,5 0 1 1 1 10,0 9-Sílvio Cunha Pereira – SP 0 0 0 0 1 0,5 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0 1 1 1 1 1 1 9,5 10 – Neri Silveira – RJ 0,5 0 1 0 0,5 0 1 0 0,5 0 1 1 0,5 1 0 0 1 1 9,0 11 – Cícero Braga – SP 0 0 0 0 0 0,5 0,5 0 0,5 1 1 1 0,5 0,5 1 0,5 1 1 9,0 12 – Márcio Miranda – RJ 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0 1 0,5 0,5 0 1 1 1 9,0 13 – Jaime Chaves – SP 0 0 0 0,5 1 0,5 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 1 1 8,0 14 – Edgar Pereira – RS 0 0 0,5 0 0 0 0 0,5 0 0,5 0,5 0,5 0 1 1 1 1 1 7,5 15 – Gerardo Frota – CE 0 0,5 0,5 0 0 1wo 0,5 0,5 0 0 0,5 0,5 1 0 0,5 0,5 0,5 1 7,5 16 – Vince Toth – RJ 0 0 0 0 0,5 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0,5 0 1 0,5 6,5 17 – Frank Lins – PB 0 0 0 0 0,5 0,5 0 0 0 1 0,5 0 0 0 0,5 1 1 1 6,0 18-Renato Midugno – RS 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0,5 0 0 1 2,5 19-Cláudio Ribeiro – MA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,5 0 0 0,5 O Campeonato Brasileiro de 1975 foi realizado no Clube Juvenil da cidade gaúcha de Caxias do Sul, no período de 5 a 26 de julho de 1975, como parte dos festejos do centenário da imigração e colonização italiana no Rio Grande do Sul. A direção foi do presidente da Federação Gaúcha de Xadrez, Oswaldo Churi, auxiliado por Júlio Gazola. O árbitro geral foi o baiano Pedro Segundo da Costa. Durante o campeonato fez intenso frio em Caxias do Sul. Nas primeiras rodadas, a temperatura permaneceu abaixo de zero e caiu neve na cidade. Eduardo Gouveia, representante do novo Estado do Rio de Janeiro, no ano da fusão do Estado da Guanabara com o antigo Estado do Rio, foi o campeão. Como no ano anterior, Jaime Sunye Neto desistiu de participar. Ele seria uma das atrações, pois ostentava os títulos de campeão juvenil pan-americano e bicampeão brasileiro juvenil. Na ocasião do Brasileiro, Sunye estava em Brasília chefiando a delegação do Paraná nos Jogos Estudantis de 1975. Mas o motivo principal da sua ausência foi a preparação para viajar para disputar o Mundial Juvenil, na Iugoslávia, onde ocuparia o décimo lugar (40 participantes). Antônio Rocha chegou a Caxias do Sul como favorito. Ele, quinze dias antes do Brasileiro, ganhou o torneio do Clube de Xadrez São Paulo, que contou com os GMs Miguel Quinteros (Argentina) e Eugênio Torre (Filipinas). Porém, Eduardo Gouveia, depois de efêmera liderança de Pinto Paiva, passou a comandar a competição da sexta até a décima nona rodada, quando conquistou o título de campeão ao derrotar Rodolfo Araújo. O campeão brasileiro de 1975, Carlos Eduardo Gouveia, nasceu no Rio de Janeiro em 30/8/1950. Começou a participar de torneios aos 18 anos de idade. Não demorou a conquistar um título importante: campeão universitário brasileiro de 1972, em Porto Alegre. Foi campeão carioca em 1974 e 1981. Campeão estadual do Rio de Janeiro em 1990. Participou na equipe brasileira (1988) da Olimpíada de Tessalônica (Grécia). Em 1987, voltou a conquistar o Brasileiro em Canela (RS). O detalhe curioso é que todos os seus grandes triunfos no xadrez foram conseguidos no Rio Grande do Sul: Porto Alegre (1972), Caxias do Sul (1975) e Canela (1987). PARTIDAS DO BRASILEIRO 1975 Antônio Rocha 0 x 1 Eduardo Gouveia Eduardo Gouveia 1 x 0 Gerardo Frota Eduardo Gouveia 1 x 0 Jaime Chaves Cícero Nogueira Braga 0 x 1 Eduardo Gouveia

Campeonato Brasileiro 1976 Campeão: Jaime Sunye Neto (PR) Vice-campeão: Herman Claudius van Riemsdijk (SP) Local: João Pessoa (PB) Classificação 1a. 2a. 3a. 4a. 5a. 6a. 7a. 8a. 9a. 10a. 11a. 12a. 13. PG 1 – Jaime Sunye Neto – PR +29 +3 =5 =4 +9 +2 +12 +11 =8 +6 +7 =10 =13 10,5 2 – Herman Claudius Riemsdijk – SP =15 +23 =12 +11 =5 -1 +4 =6 +9 =8 =3 =7 +10 8,5 3 – Francisco Trois – RS +21 -1 +10 -9 -16 +24 +13 +7 =5 +4 =2 =8 =6 8,0 4 – Marco Asfora – PE =26 +25 +8 =1 +14 =5 -2 +12 +16 -3 +11 -6 =9 8,0 5 – Antônio Rocha – SP +17 +13 =1 +12 =2 =4 =7 =9 =3 -11 =10 +19 =8 8,0 6 – Herbert Carvalho – SP =22 -7 +25 +18 -11 +19 +15 =2 +12 -1 =8 +4 =3 8,0 7 – Jaime Chaves – SP =14 +6 -11 +23 =10 =16 =5 -3 +15 +9 -1 =2 +12 7,5 8 – Alexandru Segal – SP =10 +16 -4 -17 =13 +20 +21 +14 =1 =2 =6 =3 =5 7,5 9 – Alain Naili – DF -19 +20 +22 +3 -1 =15 +10 =5 -2 -7 +23 +11 =4 7,5 10 – Cícero Nogueira Braga – SP =8 +18 -3 +19 =7 +14 -9 -16 +13 +23 =5 =1 -2 7,0 11 – Lincoln Lucena – DF =25 +26 +7 -2 +6 -12 +17 -1 =18 +5 -4 -9 +15 7,0 12 – Rubens Filguth – SP +28 +19 =2 -5 +17 +11 -1 -4 -6 +16 +18 =13 -7 7,0 13 – Roberto Pimenta – MG +27 -5 -14 =24 =8 +18 -3 +22 -10 +20 +17 =12 =1 7,0 14 – Ivson Miranda – PB =7 =22 +13 +21 -4 -10 =16 -8 -23 +27 =26 +28 +24 7,0 15 – Alexandre Castro – MG =2 =24 =23 =16 +21 =9 -6 =17 -7 +28 =20 +22 -11 6,5 16- Fred Saboya – CE =18 -8 +26 =15 +3 =7 =14 +10 -4 -12 =22 -21 =27 6,0 17 – Frank Lins – PB -5 +27 =19 +8 -12 +22 -11 =15 =20 =18 -13 =26 =25 6,0 18 – Hélder Camara SP +9 -10 +28 -6 =20 -13 +27 +21 =11 =17 -12 =24 =19 6,0 19 – Pinto Paiva – BA +9 -12 =17 -10 +23 -6 =24 -20 =25 +26 +28 -5 =18 6,0 20 – Seido Nakanishi – PA -23wo -9 +27 =22 =18 -8 +28 +19 =17 -13 =15 =25 =26 6,0 21- Messias Lopes – BA -3 +29 +24 -14 -15 +28 -8 -18 -26 -25 +27 +16 +22 6,0 22 – Rodolfo Araujo – PE =6 =14 -9 =20 +25 -17 =23 -13 +27 +24 =16 -15 -21 5,5 23 – Vitório Chemin – PR +20wo -2 =15 -7 -19 +26 =22 +25 +14 -10 -9 -27 =28 5,5 24 -Sérgio Farias – RJ Bye =15 -21 =13 +26 -3 =19 =27 =28 -22 +25 =18 -14 5,5 25 – Pedro Segundo Costa – BA =11 -4 -6 +28 -22 -27 =26 -23 =19 +21 -24 =20 =17 4,5 26 – Máximo Valério Macedo – RN =4 -11 -16 =27 -24 -23 =25 -28 +21 -19 =14 =17 =20 4,0 27 – Flávio Daher – PE -13 -17 -20 =26 -28 +25 -18 =24 -22 -14 -21 +23 =16 3,5 28 – Dácio Lima – PB -12 Bye -18 -25 +27 -21 -20 +26 =24 -15 -19 -14 =23 3,5 29 – Gerardo Frota – CE -1 -21 X X X X X X X X X X X X Observação: na época, o jogador bye ganhava meio ponto   O Campeonato Brasileiro de 1976 foi realizado no Hotel Tambaú em João Pessoa, no período de 4 a 16 de julho de 1976, sob a direção do presidente da Federação Paraibana de Xadrez, Abdias Sá. Participaram 28 jogadores (Gerardo Frota abandonou a competição, após a segunda rodada), no Sistema Suíço em treze rodadas. Na mesma época do Brasileiro 1976, o GM brasileiro Henrique Mecking venceu o Interzonal das Filipinas. Quase um mês antes do início do Brasileiro, dia 7 de junho de 1976, falecera o presidente da CBX Washington de Oliveira. Desde a sua posse em janeiro de 1976, vinha fazendo profundas reformas na administração do xadrez. O presidente do Superior Tribunal de Justiça da CBX, Erasmo Couto, exerceu interinamente a presidência da entidade durante o Campeonato Brasileiro. Logo após o campeonato, foi eleito presidente da CBX Célio Teodoro Assunção. Jaime Sunye havia começado mal o ano de 1976. Em março, em Florianópolis, ficou em quinto lugar no Brasileiro Juvenil, quando se esperava que ele conquistasse o tricampeonato da categoria (o campeão foi o paulista Jaime Chaves). Em maio, porém, Sunye voltou a jogar bem e venceu invicto o Zonal Sul. No Campeonato Brasileiro, dominou do princípio ao fim. Conquistou o título com duas rodadas de antecedência ao derrotar o campeão juvenil do ano Jaime Chaves. Já campeão, empatou os dois jogos restantes com Cícero Nogueira Braga e Roberto Pimenta, terminando a competição invicto. Iniciava a Era Sunye no xadrez brasileiro. O campeão brasileiro de 1976, Jaime Sunye Neto, nasceu em Curitiba (PR) em 2/5/1957. Começou a disputar torneios aos 12 anos de idade. Seis anos depois, em 1975, foi bicampeão brasileiro juvenil, em Brasília; e campeão juvenil pan-americano em Buenos Aires. Participou de dois mundiais juvenis: 1974, em Manilla (Filipinas) – 9º lugar (30 participantes) e 1975, na Iugoslávia – 10º lugar (40 participantes). Em 1977, no Alabama (Estados Unidos), venceu o Campeonato Aberto dos Estados Unidos. Conquistou o título de Mestre Internacional no Interzonal de 1979, no Copacabana Palace, Rio de Janeiro. O de Grande Mestre em 1986, na Olimpíada de Dubai (Emirados Unidos). Além dessa, participou de mais cinco olimpíadas, sendo que na de 1992 (Manilla) ganhou a medalha de ouro. Em 1989, em São Paulo, conquistou o Zonal Sul-Americano. Foi presidente da CBX de 1988 a 1992. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1976 Jaime Sunye 1 x 0 Rubens Filguth Lincoln Lucena 0 x 1 Jaime Sunye Herman Claudius 1 x 0 Marco Asfora Alexandre de Castro 0 x 1 Lincoln Lucena

Campeonato Brasileiro 1977 Campeão: Jaime Sunye Neto (PR) Vice-campeão: Herman Claudius van Riemsdijk (SP) Local: Curitiba, PR Classificação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 PG 1 – Jaime Sunye Neto – PR 0,5 0,5 1 0,5 1 1 1 0,5 1 1 1 9,0 2 – Herman Claudius Riemsdijk – SP 0,5 1 1 0,5 1 0,5 0,5 1 0 1 0,5 7,5 3 – Alexandru Segal – SP 0,5 0 1 0,5 1 0,5 1 0,5 1 0,5 0,5 7,0 4 – Marco Asfora – PE 0 0 0 0,5 0,5 1 1 1 1 1 1 7,0 5 – Rubens Filguth – SP 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0 1 1 1 6,5 6 – Francisco Trois – RS 0 0 0 0,5 0,5 0,5 1 0,5 1 1 1 6,0 7 – Herbert Carvalho – SP 0 0,5 0,5 0 0,5 0,5 1 0 1 0,5 0,5 5,0 8 – José Soares Másculo – RJ 0 0,5 0 0 0,5 0 0 1 05 1 1 4,5 9 – Dagobert Riemsdijk – SP 0,5 0 0,5 0 1 0,5 1 0 0 0 0 3,5 10 – Mauro Athayde – PR 0 1 0 0 0 0 0 0,5 1 0,5 0,5 3,5 11 – Cícero Nogueira Braga – SP 0 0 0,5 0 0 0 0,5 0 1 0,5 1 3,5 12 – Roberto Pimenta – MG 0 0,5 0,5 0 0 0 0,5 0 1 0,5 0 3,0 O Campeonato Brasileiro de 1977 foi realizado no Clube de Xadrez Curitiba, no período de 19 a 29 de julho de 1977. O diretor geral foi o então presidente da Federação Paranaense de Xadrez, João Eduardo Correia. O árbitro principal foi Osias Seixas. Invicto em duas temporadas, Jaime Sunye conquistou o bicampeonato 1976/1977. Na soma das duas competições, ele jogou 24 partidas, conseguindo quinze vitórias e nove empates. A novidade do campeonato foi a modificação do presidente da CBX, Célio Teodoro Assunção, aproveitando a reforma do esquema do Brasileiro feita, um pouco antes de falecer, por Washington de Oliveira. De acordo com a nova regulamentação, o campeão e o vice-campeão de 1976 (Sunye e Herman) tinham direito de entrar direto na final, que seria completada com mais dez selecionados na semifinal. A semifinal teria no máximo 27 jogadores: a) os 19 classificados em sete zonais, b) o campeão brasileiro juvenil (José Soares Másculo), c) Mestres Internacionais (na época só havia dois MIs no Brasil: Hélder Câmara e Eugênio German. Porém, ambos resolveram não participar), d) quatro do ranking nacional (Trois, Asfora, Rocha e Herbert), um da federação promotora (o paranaense Mauro Athayde). Ernesto Pereira (Paraná), conforme o regulamento, entrou para evitar o número ímpar no emparceiramento do Sistema Suíço. A semifinal foi pelo Sistema Suíço em sete rodadas, também no Clube de Xadrez Curitiba de 10 a 17 de julho de 1977. O holandês naturalizado brasileiro Dagobert van Riemsdijk venceu a semifinal, beneficiado pelos milésimos, pois ficou empatado em pontos com outros nove classificados para a final. Eis a colocações: 1º) Dirk Dagobert van Riemsdijk (SP), 4,5; 2º) Marco Asfora (PE), 4,5; 3º) Alexandru Segal (SP), 4,5; 4º) Rubens Filguth (SP), 4,5; 5º) Roberto Pimenta (MG), 4,5; 6º) Francisco Trois (RS), 4,5; 7º) José Soares Másculo (RJ), 4,5; 8º) Mauro Ataíde (PR), 4,5; 9º) Cícero Nogueira Braga (SP), 4,5; 10º) Herbert de Carvalho (SP), 4,5; 11º) Silas Lenz (CE), 4; 12º) Roberto Antunes (PE), 4; 13º) Antônio Rocha (SP), 3,5; 14º) Rodolfo Araújo (PE), 3,5; 15º) Luismar Brito (RJ), 3,5; 16º) Martin Afonso Haro (SC), 3,5; 17º) Luís Loureiro (RJ), 3; 18º) Justo Chemin (PR), 3; 19º) Fernando Vasconcelos (DF), 3; 20º) Zalmer Kornin (PR), 2,5; 21º) Ernesto Pereira (PR), 2,5; 22º) Máximo Macedo (RN), 2; 23º) João Bosco Ladeira (MG), 2; 24º) Wagner Borges (MA), 1,5; 25º) Etênio Ticianeli (AL), 1,5; 26º) Olício Gadia, com 1,5 ponto. Na última rodada da final, Jaime Sunye Neto precisava do empate para conquistar o título e venceu Herbert de Carvalho. Herman Claudius empatou com Másculo e foi vice-campeão. José Soares Másculo foi o único dos quatro semifinalistas do Rio de Janeiro que conseguiu a vaga para a final do Campeonato Brasileiro de 1977. Na época, ele era campeão brasileiro juvenil, título conquistado em Volta Redonda; e, também, tri carioca juvenil. Másculo teve vida efêmera, pois morreu de câncer aos 44 anos de idade no dia 15/7/2003. Ele nasceu no Rio de Janeiro em 2/6/1959. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1977 Francisco Trois 0 x 1 Jaime Sunye Marco Asfora 0 x 1 Jaime Sunye Rubens Filguth 1 x 0 Mauro Athayde José Soares Másculo 1 x 0 Cícero Nogueira Braga

Campeonato Brasileiro 1978 Campeão: Alexandru Sorin Segal (SP) Vice-campeão: Cícero Nogueira Braga (SP) Local: Natal (RN) Classificação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 PG 1 – Alexandru Segal – SP 0,5 0,5 0,5 0,5 1 0,5 1 1 0,5 0,5 1 7,5 2 – Cícero Nogueira Braga SP 0,5 0 0,5 0,5 1 0,5 1 1 0,5 1 1 7,5 3 – Herman Claudius Riemsdijk – SP 0,5 1 0,5 0 0,5 1 0,5 0,5 1 1 1 7,5 4 – Francisco Trois – RS 0,5 0,5 0,5 0,5 1 0 1 0,5 1 1 1 7,5 5 – José Soares Masculo – RJ 0,5 0,5 1 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1 0,5 6,5 6 – Herbert Carvalho – SP 0 0 0,5 0 0,5 1 0,5 0,5 1 1 1 6,0 7 – Hélder Camara – SP 0,5 0,5 0 1 0,5 0 0,5 0,5 0,5 1 0,5 5,5 8 – Jaime Sunye Neto -PR 0 0 0,5 0 0,5 0,5 0,5 0,5 1 0,5 1 5,0 9 – Antônio Rocha – SP 0 0 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0 0,5 0,5 4,0 10 – Rubens Filguth – SP 0,5 0,5 0 0 0,5 0 0,5 0 1 0,5 0,5 4,0 11 – Jerônimo Pimenta – RJ 0,5 0 0 0 0 0 0 0,5 0,5 0,5 1 3,0 12 – Edgar Nadra Ary – CE 0 0 0 0 0,5 0 0,5 0 0,5 0,5 0 2,0 O Campeonato Brasileiro de 1978 foi patrocinado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e realizado no salão nobre da Polícia Militar-RN, em Natal, no período de 18 a 29 de julho de 1978. A direção foi de Sílvio Mendes e Eugênio Silva. O árbitro geral foi Joaquim Rubens Cunha. O novo presidente da CBX Sérgio Farias, eleito em janeiro de 1978, optou pelo esquema de disputa idealizado pelo ex-presidente da CBX Washington de Oliveira. Assim, foram efetuados os zonais classificatórios, a semifinal e a final. Esta contou com os dez primeiros da semifinal, o campeão do ano anterior (Jaime Sunye) e o vice-campeão do ano anterior (Herman Claudius), num total de 12 enxadristas pelo sistema schuring. O campeonato terminou com quatro enxadristas empatados na primeira colocação: Segal, Herman, Trois e Cícero (a ordem é pelo sonneborn-berger). A decisão foi em um torneio extra, em São Paulo, com Segal conquistando o título. A grande decepção da final foi a modesta participação de Jaime Sunye, que ficou em oitavo lugar. Sunye era considerado o super favorito para a conquista do tricampeonato nacional. A semifinal também foi em Natal (RN) de 10 a 16 de julho de 1978, no mesmo local da fase final. O sistema foi o suíço em sete rodadas. O vencedor da semifinal foi o cearense Edgard Nadra Ary. A classificação: 1º) Edgard Nadra Ary (CE), 5; 2º) Antônio Rocha (SP), 4,5; 3º) Francisco Trois (RS), 4,5; 4º) José Soares Másculo (RJ), 4,5; 5º) Hélder Câmara (SP), 4,5; 6º) Herbert de Carvalho (SP), 4,5; 7º) Jerônimo Pimenta (RJ), 4,5; 8º) Alexandru Segal (SP), 4,5; 9º) Cícero Nogueira Braga (SP), 4,5; 10º) Rubens Filguth (SP), 4,5; 11º) Wagner Borges (MA), 4,5; 12º) Gerardo Frota (CE), 4; 13º) Roberto Antunes (PE), 4; 14º) Dirk Dagobert van Riemsdijk (SP), 3,5; 15º) Eduardo Limp (RJ), 3,5; 16º) Jaime Chaves (SP), 3,5; 17º) Vitório Chemin (PR), 3,5; 18º) Marco Asfora (PE), 3; 19º) Édson Marques (SC), 3; 20º) Ignácio Barreto (DF), 3; 21º) Fernando Vasconcelos (DF), 3; 22º) Luismar Brito (RJ), 2,5; 23º) Luiz Tavares (PE), 2,5; 24º) Eduardo Asfora (PE), 2,5; 25º) Máximo Macedo (RN), 2; 26º) Horst Schadeck (SC), 1,5; 27º) Roberto Andrade (RN), 1,5; 28º) Simplício Maia (RN), com 1,5 ponto. Edgard Nadra Ary, vencedor da semifinal, estava afastado de competições oficiais. Ele participou do Brasileiro de 1956, no Rio de Janeiro. A decisão extra de 1978 O quadrangular decisivo do Campeonato Brasileiro, além de apontar o campeão de 1978, indicaria os três representantes do Brasil ao Zonal Sul-Americano, marcado para setembro de 1978 em Tramandaí (RS). A decisão do Brasileiro, porém, foi adiada, pois Cícero Nogueira Braga viajaria com a equipe brasileira para o Campeonato Mundial de Jovens, no México. Assim, a CBX teria que arbitrar quem seria os três para o Zonal. Mas, na última hora, o presidente da CBX, Sérgio Farias, conseguiu junto à FIDE mais uma vaga para o Brasil. Com isso, os quatro empatados no Brasileiro (Segal, Cícero, Herman e Trois) participaram do Zonal Sul-Americano. O campeão do Zonal foi Francisco Trois, que obteve o título de Mestre Internacional com essa conquista. O desempate do Campeonato Brasileiro de 1978 acabou ficando para janeiro de 1979, no Clube de Xadrez São Paulo. Alexandru Segal foi o vencedor desse minitorneio e conquistou o título de campeão brasileiro. O gaúcho Francisco Trois, por motivos particulares, não compareceu e ficou em quarto lugar na classificação geral. O triangular foi em dois turnos, com os seguinte resultados: Segal 1 x 0 Herman, Cícero 0 x 1 Segal, Cícero 0,5 x 0,5 Herman, Herman 0 x 1 Segal, Segal 0,5 x 0,5 Cícero e Cícero 0,5 x 0,5 Herman. A classificação: 1º) Segal, 3,5 (campeão), 2º) Cícero, 1,5 (vice-campeão); 3º) Herman, com 1 ponto. O vice-campeão brasileiro, Cícero Nogueira Braga, nasceu em São Paulo (SP) em 7/3/1958. Foi três vezes vice-campeão brasileiro: 1978, 1979 e 1988. Foi campeão paulista em 1990. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1978 Alexandru Segal 1 x 0 Jaime Sunye Alexandru Segal 1 x 0 Antônio Rocha Cícero Nogueira Braga 1 x 0 Herbert Carvalho Herman Claudius 1 x 0 Hélder Câmara

Campeonato Brasileiro 1979 Campeão: Jaime Sunye Neto (PR) Vice-campeão: Cícero Nogueira Braga (SP) Local: Fortaleza (CE) O Campeonato Brasileiro de 1979 foi realizado no Náutico Atlético Cearense, em Fortaleza (CE), no período de 4 a 15 de agosto de 1979. A direção geral esteve a cargo de Carlos Alberto Benevides. O árbitro principal foi Sílvio Mendes. O campeonato foi o primeiro abertão no Brasileiro. O então presidente da CBX, Sérgio Farias, aboliu os zonais e a semifinal; e abriu a final para jogadores com rating superior a 2000. Assim, a competição contou com 68 participantes. O sistema foi o suíço em onze rodadas. O campeão foi Jaime Sunye Neto. Com esse título, Sunye ganhou o direito de participar do Interzonal do Rio de Janeiro, realizado no Copacabana Palace de 23 de setembro a 21 de outubro de 1979. Após a desistência de Henrique Mecking (Mequinho) nas primeiras rodadas, Sunye tornou-se a única sensação brasileira no Interzonal. Ele fez jus à torcida, conquistando o título de Mestre Internacional e ocupando o excelente quinto lugar na classificação geral. No mesmo ano, Herman Claudius e Francisco Trois, classificados pelo Zonal Sul-Americano, participaram do Interzonal de Riga, capital da Letônia. No Campeonato Brasileiro de 1979, Jaime Sunye permaneceu invicto até a penúltima rodada. Na nona rodada, venceu Luismar Brito e, praticamente, garantira o título. Na décima, empatou com Bruno Rodolfo. Na última rodada, já com o título assegurado, perdeu para Jerônimo Pimenta. Por motivo de força maior, José Soares Másculo (na terceira rodada) e Olício Gadia (na quarta) abandonaram a competição. A classificação 1º) Jaime Sunye Neto (PR), 8,5; 2º) Cícero Nogueira Braga (SP), 8; 3º) Luismar Brito (RJ), 8; 4º) Rubens Filguth (SP), 8; 5º) Marcos Paolozzi (SP), 8; 6º) Jerônimo Pimenta (RJ), 8; 7º) Antônio Rocha (SP), 7,5; 8º) Bruno Rodolfo (RJ), 7,5; 9º) Márcio Baeta (DF), 7; 10º) Vitório Chemin (PR), 7; 11º) Antônio Carlos Resende (SP), 7; 12º) Roberto Antunes (PE), 7; 13º) Alexandru Segal (SP), 6,5; 14º) Carlos Eduardo Gouveia (RJ), 6,5; 15º) Darcy Gustavo Lima (RJ), 6,5; 16º) Eduardo Limp (RJ), 6,5; 17º) Henry Gonzalez (SP), 6,5; 18º) Wagner Borges (MA), 6,5; 19º) Pio Fiori (RS), 6,5; 20º) Marco Asfora (PE), 6; 21º) Dirk Dagobert van Rimsdijk (SP), 6; 22º) Lincoln Lucena (DF), 6; 23º) Sérgio Sá Grise (SP), 6; 24º) Sílvio Lucena (CE), 6; 25º) Martin Afonso Haro (SC), 6; 26º) Francisco Alves (CE), 5,5; 27º) Fred Saboya (CE), 5,5; 28º) Zalmer Kornin (PR), 5,5; 29º) Luiz Tavares (PE), 5,5; 30º) Licínio Correia (CE), 5,5; 31º) Rogério Becker (RS), 5,5; 32º) Luís Gentil Júnior (CE), 5,5; 33º) Charles Mann de Toledo (SP), 5,5; 34º) Flávio Daher (PE), 5,5; 35º) Hélder Câmara (SP), 5,5; 36º) Armínio Santos (BA), 5,5; 37º) Marcos Soares (PA), 5,5; 38º) Peter Toth (RJ), 5; 39º) Vince Toth (RJ), 5; 40º) Roberto Gauí (RJ), 5; 41º) Edgard Nadra Ary (CE), 5; 42º) Ruilon Mont’Alverne (MG), 5; 43º) Silas Lenz (CE), 5; 44º) Gerardo Frota (CE), 5; 45º) Edgar Pereira (RS), 5; 46º) Maurício Moreira (CE), 4,5; 47º) Auriberto Ticianeli (AL), 4,5; 48º) Alberto Pinto (CE), 4,5; 49º) Máximo Macedo (RN), 4,5; 50º) Fernando Vasconcelos (DF), 4,5; 51º) Carlos Maclin (MA), 4,5; 52º) Pedro Segundo da Costa (BA), 4,5; 53º) Marcos Moenich (DF), 4,5; 54º) Jacinto Ponte (CE), 4,5; 55º) Roberto Lessa (PB), 4,5; 56º) Emanuel Costa (CE), 4,5; 57º) Carlos Nascimento (PA), 4; 58º) Raimundo Lemos (MA), 4; 59º) Ernesto Pereira (PA), 4; 60º) Justo Chemin (PR), 4; 61º) Francisco Magalhães (AM), 4; 62º) Francisco Cavalcanti (PB), 3,5; 63º) Ronald Carneiro Câmara (CE), 3,5; 64º) Simplício Maia (RN), 3; 65º) Luiz Geraldo Miranda Leão (CE), 2,5; 66º) Wesley Rocha (GO), 2; 67º) José Soares Másculo (RJ), 2; 68º) Olício Gadia (RJ), com 1 ponto. Resultados dos principais colocados Sunye – venceu Fernando Vasconcelos, Paolozzi, Gentil Júnior, Filguth, Cícero, Segal e Luismar. Empatou com Vitório Chemin, Rocha e Bruno Rodolfo. Perdeu para Jerônimo Pimenta. Cícero – venceu Vince Toth, Edgard Ary, Marco Asfora, Luismar, Paolozzi e Lincoln. Empatou com Francisco Alves, Segal, Filguth e Bruno Rodolfo. Perdeu para Sunye. Luismar – venceu Daher, Darcy, Baeta, Gonzalez, Dagobert, Antunes e Segal. Empatou com Limp e Kornin. Perdeu para Cícero e Sunye. Filguth – venceu Francisco Alves, Gerardo Frota, Fiori, Limp, Marco Asfora e Segal. Empatou com Vince Toth, Baeta, Cícero e Paolozzi. Perdeu para Sunye. Paolozzi – venceu Miranda Leão, Nascimento, Cavalcanti, Gouveia, Fiori, Darcy e Dagobert. Empatou Ticianeli e Filguth. Perdeu para Sunye e Cícero. Jerônimo Pimenta – venceu Moenich, Emanuel, Pinto, Pereira, Francisco Alves, Baeta e Sunye. Empatou com Macedo e Vince Toth. Perdeu para Cavalcanti e Gonzalez. Antônio Rocha – venceu Charles Mann, Borges, Limp, Darcy e Gouveia. Empatou com Gerardo Frota, Vitório Chemin, Baeta, Sunye e Marco Asfora. Perdeu para Bruno Rodolfo. Bruno Rodolfo – venceu Pedro Segundo, Lessa, Sá Grise, Gauí, Gouveia e Rocha. Empatou com Kornin, Sunye e Cícero. Perdeu para Dagobert e Marco Asfora. Márcio Baeta – venceu Gauí, Pereira, Darcy, Dagobert, Marco Asfora e Lincoln. Empatou com Rocha e Filguth. Perdeu para Luismar, Segal e Jerônimo Pimenta. Vitório Chemin – venceu Moreira, Martin Afonso, Becker, Saboya e Charles Mann. Empatou com Sunye, Rocha, Gouveia e Ruilon. Perdeu para Kornin e Francisco Alves. Antônio Resende – venceu Daher, Moenich, Maurício Moreira, Sílvio Lucena, Francisco Alves e Lincoln. Empatou com Nascimento e Gonzalez. Perdeu para Alberto Pinto, Tavares e Sá Grise. Roberto Antunes – venceu Ponte, Ruilon, Becker, Macedo, Gentil Júnior, Marco Asfora e Dagobert. Perdeu para Másculo, Saboya, Gauí e Luismar. Segal – venceu Sílvio Lucena, Alberto Pinto, Saboya, Lincoln e Baeta. Empatou com Edgard Ary, Dagobert e Cícero. Perdeu para Sunye, Filguth e Luismar. Gouveia – venceu Tavares, Ticianeli, Licínio, Kornin, Charles Mann e Limp. Empatou com Vitório Chemin. Perdeu para Borges, Paolozzi, Bruno Rodolfo e Antônio Rocha. Darcy Lima – venceu Ronald, Maclin, Becker, Limp, Saboya e Daher. Empatou com Fiori. Perdeu para Luismar, Baeta, Paolozzi e Antônio Rocha. Limp – venceu Moenich, Macedo, Borges, Vince Toth, Kornin e Licínio. Empatou com Luismar. Perdeu para Rocha, Filguth, Darcy e Gouveia. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1979 Alexandru Segal 0 x 1 Jaime Sunye Jaime Sunye 1 x 0 Luismar Brito Jaime Sunye 1 x 0 Rubens Filguth Antônio Rocha 1 x 0 Eduardo Limp

Campeonato Brasileiro 1980 Campeão: Jaime Sunye Neto (PR) Vice-campeão: Herbert de Abreu Carvalho (SP) Local: Nova Friburgo (RJ) Como aconteceu no ano anterior, o Campeonato Brasileiro de 1980 foi aberto a todos os enxadristas com rating superior a 2000. A competição contou com 68 participantes, pelo sistema suíço em doze rodadas. As partidas foram realizadas no Hotel Bucsky, em Nova Friburgo (RJ), no período de 20 de setembro a 1º de outubro de 1980. O diretor geral foi Sílvio Mendes. O árbitro foi Félix Sonnenfeld, auxiliado por Alfredo Sangiorgi e Olinto Meyreles. O então presidente da CBX, Márcio Miranda, passou o cargo para João Batista Cúrcio, a fim de participar do torneio. Jaime Sunye Neto conquistou o bicampeonato brasileiro 1979-1980, com sete vitórias, quatro empates e uma derrota para Herbert Carvalho. Herbert de Abreu Carvalho é filho do famoso enxadrista paulista Adriano de Carvalho e nasceu em São Paulo (SP) em 30/9/1954. É irmão da tricampeã brasileira feminina 1978-1979-1980 Lígia de Carvalho. A classificação 1º) Jaime Sunye (PR), 9; 2º) Herbert Carvalho (SP), 8,5; 3º) Lincoln Lucena (DF), 8,5; 4º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 8,5; 5º) Hélder Câmara (SP), 8; 6º) Luís Gentil Júnior (CE), 8; 7º) Antônio Carlos Resende (SC), 8; 8º) Cícero Nogueira Braga (SP), 8; 9º) Alexandru Segal (SC), 7,5; 10º) Vitório Chemin (PR), 7,5; 11º) Antônio Rocha (SP), 7,5; 12º) Luís Loureiro (RJ), 7,5; 13º) Francisco Terzian (SP), 7,5; 14º) Sérgio Farias (RJ), 7,5; 15º) Dirk Dagobert van Riemsdijk, 7; 16º) Gilberto Milos (SP), 7; 17º) Marco Asfora (PE), 7; 18º) Sílvio Cunha Pereira (SP), 7; 19º) Ângelo Stacchini (SP), 7; 20º) Alberto Mascarenhas (RJ), 7; 21º) Wagner Borges (MA), 7; 22º) José Soares Másculo (RJ), 6,5; 23º) Antônio de Pádua (SP), 6,5; 24º) Charles Mann de Toledo (SP), 6,5; 25º) Édson Tsuboi (SP), 6,5; 26º) Márcio Miranda (RJ), 6,5; 27º) Hermes Amílcar (RJ), 6,5; 28º) Rogério Becker (RS), 6,5; 29º) Auriberto Ticianeli (RJ), 6,5; 30º) Antônio Rogério Crespo (RS), 6,5; 31º) Márcio Baeta (DF), 6; 32º) Ricardo Teixeira (RJ), 6; 33º) José Thiago Mangini (RJ), 6; 34º) Roberto Gauí (RJ), 6; 35º) Ernesto Pereira (PR), 6; 36º) Etênio Ticianeli (AL), 6; 37º) Justo Chemin (PR), 6; 38º) Olício Gadia (RJ), 6; 39º) Francisco Cavalcanti (PB), 5,5; 40º) Luís Mena Barreto (RS), 5,5; 41º) Caetano Neto (RJ), 5,5; 42º) Artur Motta (RJ), 5,5; 43º) Sílvio Lucena (CE), 5,5; 44º) Licínio Correia (CE), 5,5; 45º) Max Cohn (SP), 5,5; 46º) Millon Brasil (RS), 5,5; 47º) Édson Horota (RS), 5,5; 48º) Ricardo Nasralla (DF), 5,5; 49º) André Cajal (SP), 5; 50º) Luiz Tavares (PE), 5; 51º) Marcos Roland (DF), 5; 52º) José Costa Fernandes (RJ), 5; 53º) Walter Ferreira (MG), 5; 54º) Francisco Nogueira (PB), 5; 55º) Luís Sérgio Lima (PA), 5; 56º) Vince Toth (RJ), 5; 57º) Oscar Vieira Ferreira (RJ), 5; 58º) Fernando Vasconcelos (RJ), 5; 59º) Vinícius Fonseca (BA), 4,5; 60º) Jorge Pedro Morais (AM), 4,5; 61º) Evansué Serra (MA), 4; 62º) Sérgio Sá Grise (GO), 4; 63º) Haroldo dos Santos Cunha (RJ), 4; 64º) Davi Borensztajn (RJ), 3; 65º) Guilherme Wanderlei Asth (RJ), 3; 66º) Simplício Maia (RN), 2; 67º) Edmur Vital (SP) – eliminado; 68º) Carlos Rolim (RJ) – eliminado. Resultados dos principais colocados Sunye – venceu Vince Toth, Licínio, Etênio Ticianeli, Lincoln, José Másculo, Hélder e Marco Asfora. Empatou com Milos, Cícero, Herman Claudius e Antônio Resende. Perdeu para Herbert. Herbert – venceu Roland, Charles Mann, Loureiro, Sílvio Pereira, Vitório Chemin e Sunye. Empatou com Vince, Herman Claudius, Cícero, Segal e Lincoln. Perdeu para Hélder Câmara. Lincoln – venceu Ricardo Teixeira, Tavares, Stacchini, Vitório Chemin, Pádua e Loureiro. Empatou com Hélder, Dagobert, Gentil Júnior, Herbert e Segal. Perdeu para Sunye. Herman Claudius – venceu Becker, Sílvio Lucena, Tsuboi, Mascarenhas, Hélder, Antônio Resende e Vitório Chemin. Empatou com José Costa Fernandes, Herbert e Sunye. Perdeu para Asfora e Milos. Hélder – venceu Justo Chemin, Nogueira. Herbert, Milos, Terzian e Charles Mann. Empatou com Másculo, Lincoln, Segal e Cícero. Perdeu para Sunye e Herman Claudius. Gentil Júnior – venceu Rolim, Gadia, Sílvio Pereira, Pádua e Másculo. Empatou com Miranda, Antônio Resende, Rocha, Segal, Lincoln e Sérgio Farias. Perdeu para Dagobert. Antônio Resende – venceu Oscar Vieira, Tavares, Baeta, Sílvio Pereira, Sérgio Farias e Milos. Empatou com Mena Barreto, Gentil Júnior, Dagobert e Sunye. Perdeu para Vitório Chemin e Herman Claudius. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1980 Jaime Sunye 1 x 0 José Soares Másculo Jaime Sunye 1 x 0 Hélder Câmara Jaime Sunye 1 x 0 Lincoln Lucena Herbert Carvalho 1 x 0 Jaime Sunye

 

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Capivara subserviente do Xadrez