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Classificação Parcial
Após a 6ª rodada:
TODOS OS EMPARCEIRAMENTOS E RESULTADOS

5ª RODADA (PGN)
Mesa1: Jorge Chavs 0 x 1 Roberto Almeida
Mesa3: Rafael Maia 0 x 1 Carlos Henrique
Mesa4: Pedro Nunes 1 x 0 Herivaldo Silva<
Partida 1: Chaves, Jorge Antonio Torres (1954) vs. De Almeida, Roberto A. Ferreira (1771)
Resultado: 0-1 (Vitória das Pretas) Abertura: Ataque Índio do Rei (A07)
Análise por Fases
Abertura:
Brancas (Chaves): O Ataque Índio do Rei é uma escolha sólida, mas as Brancas jogaram de forma passiva. Perderam a oportunidade clássica de romper no centro com
e4mais cedo (lances 7 ou 8), o que é temático nessa abertura.Pretas (De Almeida): As Pretas jogaram
5... c4, fechando a tensão central prematuramente. Isso geralmente permite que as Brancas ataquem a ala do rei sem se preocupar com o centro, mas as Pretas tiveram sorte que as Brancas não puniram essa escolha com rupturas imediatas.
Meio-jogo:
Brancas: Faltou um plano claro. Trocas como
16. Nxd7aliviaram a pressão sobre as Pretas. O erro crítico foi26. Rad1?, permitindo que as Pretas tomassem a iniciativa. A tentativa de ataque tardio na ala do rei (31. g4) criou mais fraquezas do que ameaças.Pretas: Defenderam-se bem e aproveitaram a passividade das Brancas. A manobra do cavalo para
d3(viac5oub4) foi um incômodo constante.
Final:
Brancas: O final de torres e damas foi mal conduzido. O lance
44. g5?foi um erro decisivo, expondo o próprio rei e permitindo contra-ataque.Pretas: Demonstraram excelente técnica para converter a vantagem, criando peões passados e coordenando dama e rei para o mate ou ganho material.
Resumo e Conselhos
Para Jorge Chaves (Brancas):
Erro: Passividade em estruturas que exigem dinamismo.
Conselho: No Ataque Índio do Rei, o plano geralmente envolve avançar
e4para criar chances de ataque. Estude partidas de Fischer ou Petrosian nessa linha para entender o timing das rupturas centrais. Não tema complicações quando o centro está fechado.
Para Roberto De Almeida (Pretas):
Acerto: Aproveitamento tático das falhas estruturais do oponente.
Conselho: Cuidado ao fechar o centro muito cedo (
c4) sem ter certeza de que pode conter o ataque na ala do rei. Contra oponentes mais agressivos, isso pode ser perigoso.
Partida 2: Maia, Rafael Ferreira vs. da Costa, Carlos Henrique Luz (1698)
Resultado: 0-1 (Vitória das Pretas) Abertura: Defesa Francesa, Variante Tarrasch (C05)
Análise por Fases
Abertura:
Brancas (Maia): A Variante Tarrasch é sólida, mas o lance
10. Ne5foi impreciso. O desenvolvimento natural ouQd3manteria uma leve vantagem.Pretas (da Costa): As Pretas igualaram facilmente. O desenvolvimento foi lógico, aproveitando que as Brancas atrasaram o roque e o controle central.
Meio-jogo:
Brancas: O lance
18. g4??foi uma “blunder” (erro grave) posicional e tático. Isso enfraqueceu drasticamente a diagonal h4-e1 e a segurança do rei, permitindo a invasão das Pretas.Pretas: Após o erro das Brancas, as Pretas ganharam material e entraram num final vitorioso, embora tenham perdido a chance de arrematar a partida mais cedo (vários mates ou ganhos de material foram perdidos entre os lances 20 e 30).
Final:
Ambos: O final de Torres foi caótico. Ambos os lados cometeram erros graves (
23... Rf8b8?,30... Ra7?,41. Kd4?). As Pretas permitiram que as Brancas sobrevivessem por muito mais tempo do que o necessário.Desfecho: As Brancas finalmente colapsaram com
86. Rd4+??, permitindo uma rede de mate imparável.
Resumo e Conselhos
Para Rafael Maia (Brancas):
Erro: Impulsividade e enfraquecimento desnecessário (
g4).Conselho: “Segurança em primeiro lugar”. Antes de lançar um peão na ala do rei, calcule se seu próprio rei não ficará exposto. Além disso, pratique finais de Torres; houve chances de empatar que foram perdidas.
Para Carlos da Costa (Pretas):
Acerto: Boa reação tática ao erro do oponente no meio-jogo.
Conselho: Técnica de conversão. Você teve uma posição ganha por 50 lances e permitiu contra-jogo. Quando tiver vantagem material, procure simplificar ou encontrar o caminho mais direto (“o lance matador”) em vez de manobrar passivamente. Treine “mate em 3” e padrões táticos para fechar jogos ganhos.
Partida 3: Pereira, Pedro Nunes (1893) vs. Souza e Silva, Herivaldo
Resultado: 1-0 (Vitória das Brancas) Abertura: Abertura do Peão da Dama (A40)
Análise por Fases
Abertura:
Brancas (Pereira): Jogou um sistema estilo London/Torre. Sólido, mas pouco ambicioso inicialmente.
Pretas (Souza e Silva): Adotaram uma configuração tipo Índia do Rei. A partida permaneceu equilibrada.
Meio-jogo:
Brancas: Mantiveram uma leve pressão espacial. As trocas de peças menores levaram a um final de peças pesadas onde as Brancas tinham a iniciativa.
Pretas: O lance
30... Bxe5(trocando o bispo ativo pelo cavalo) foi duvidoso, levando a um final de torres onde a estrutura de peões das Brancas era ligeiramente superior.
Final:
O Momento Crítico: Foi um final de Torres instrutivo. As Brancas perderam uma chance de ouro com
30. b6, que criaria um peão passado perigoso imediatamente.O Erro Fatal: O jogo estava caminhando para o empate ou luta longa até os erros das Pretas no lance 53 (
53... Kf6?) e 54. As Pretas permitiram que o Rei branco invadisse e apoiasse o peãocpassado.55... e5??selou o destino, permitindo a coroação inevitável.
Resumo e Conselhos
Para Pedro Pereira (Brancas):
Acerto: Persistência e atividade do Rei no final.
Conselho: Atenção às rupturas de peão no meio-jogo/final (como o
b6perdido). Elas são frequentemente a chave para transformar uma posição igualada em ganha.
Para Herivaldo Souza e Silva (Pretas):
Erro: Final de Torres passivo e erro de cálculo na corrida de peões.
Conselho: Estude Finais de Torres, especificamente os conceitos de “Rei Ativo” e “Corte do Rei adversário”. No final, seu rei ficou passivo e permitiu que o rei branco dominasse o tabuleiro. Em finais de torre, a atividade é quase sempre mais valiosa que um peão.
Conclusão Geral do Torneio
Observando as três partidas, nota-se um padrão comum em jogadores de rating 1700-1900:
Aberturas Sólidas, mas Tímidas: Os jogadores conhecem os esquemas, mas muitas vezes perdem o momento certo de transitar da preparação para o ataque (rupturas de peão).
Finais Decisivos: Duas das três partidas foram decididas por erros graves em finais de torres ou finais complexos.
Cálculo vs. Intuição: Muitos erros (como o
18. g4na partida 2) pareceram intuitivos/impulsivos em vez de calculados.
Melhor conselho para todos: Dediquem 70% do tempo de estudo a Tática e Finais. A maioria das vantagens obtidas na abertura foi desperdiçada ou revertida devido a falta de precisão técnica nos momentos finais da partida.
4ª RODADA (PGN)
Mesa1: Roberto Almeida 0 – 1 Pedro Nunes Pereira
Mesa2: Herivaldo Silva 0 – 1 Rafael Maia
Mesa3: Carlos Henrique Luz 1 – 0 Adnilton Nogueira
Partida 1: De Almeida, Roberto A. Ferreira (Brancas) vs. Pereira, Pedro Nunes (Pretas)
Resultado: 0-1 (Vitória das Pretas)
Abertura: Gambito do Rei Aceito: Defesa Schallopp
Análise por Fase
Abertura:
Brancas: Jogaram de forma ambiciosa com o Gambito do Rei (
2. f4), mas a resposta foi passiva. O lance4. d3é tímido para este gambito;4. Nf3ou4. Bc4são mais incisivos. Isso permitiu às pretas consolidarem o peão extra sem pressão.Pretas: Defenderam bem, embora
4... Nh5?!tenha sido uma escolha arriscada (desloca o cavalo cedo). No entanto, puniram a falta de agressividade das brancas rapidamente com5... d5!.
Meio-jogo:
Brancas: O plano de ataque com
13. Qg4?foi prematuro e criou fraquezas sérias. O erro tático permitindo o garfo de cavalo (15... Nd5) custou a iniciativa e material. As brancas ficaram “correndo atrás do prejuízo” com peças mal coordenadas.Pretas: Pedro Nunes jogou com energia. A manobra dos cavalos dominou o centro. A conversão da vantagem material foi limpa, trocando as peças certas (
14... Qxf5) para simplificar a posição.
Final:
Desfecho: Com peça a menos e estrutura de peões destruída, as brancas não tiveram chance. As pretas conduziram o peão passado até a vitória com precisão.
Destaque: A tentativa das brancas de atacar sem desenvolvimento completo (
13. Qg4) foi o ponto de virada. No Gambito do Rei, a iniciativa é tudo; se você a perde, a estrutura de peões quebrada cobra o preço.
Partida 2: Silva, Herivaldo Souza e (Brancas) vs. Maia, Rafael Ferreira (Pretas)
Resultado: 0-1 (Vitória das Pretas)
Abertura: Abertura Zukertort: Convite Eslavo
Análise por Fase
Abertura:
Brancas: Uma abertura sólida, mas excessivamente cautelosa. Lances como
6. h3?!e a demora em rocar deram tempo às pretas. O erro fatal veio cedo:9. b3??foi um blunder tático grave que pendurou uma peça inteira devido à cravada/troca em d4.Pretas: Rafael assumiu riscos com
7... c5?, mas a complexidade gerada induziu o erro do adversário. Após ganhar a peça, as pretas ficaram em posição dominante.
Meio-jogo:
Brancas: Após perder a peça, a posição colapsou. Houve chances de criar “confusão” tática (ex:
25. Bc3), mas a desvantagem material era muito grande.Pretas: Apesar da vantagem, houve imprecisões.
24... Nb3?poderia ter dado contrajogo às brancas. Contudo, as pretas mantiveram a pressão, forçando erros contínuos do adversário desesperado.
Final:
Desfecho: O final foi decidido pela vantagem material esmagadora. As pretas montaram uma rede de mate eficiente com as torres (
43... Rg3+e45... R8g3+), finalizando a partida sem dar chances de afogamento.
Destaque: O lance
9. b3??ilustra o perigo de lances de peão “automáticos” sem checar táticas imediatas. A partida acabou efetivamente ali.
Partida 3: da Costa, Carlos Henrique Luz (Brancas) vs. Nogueira, Adnilton Correia De (Pretas)
Resultado: 1-0 (Vitória das Brancas)
Abertura: Ataque Nimzo-Larsen
Análise por Fase
Abertura:
Brancas: O desenvolvimento foi padrão até o inexplicável
13. Bb5??. Este lance simplesmente entregou uma peça limpa após a troca em d2.Pretas: Adnilton jogou a abertura de forma lógica e capitalizou o erro grosseiro das brancas para ganhar uma peça.
Meio-jogo:
Brancas: Demonstraram incrível resiliência. Mesmo com peça a menos, Carlos Henrique continuou criando problemas. Aproveitou-se da exposição do rei preto e da ganância do adversário.
Pretas: O excesso de confiança foi fatal. Com uma peça a mais, as pretas deveriam ter consolidado. Em vez disso, lançaram um ataque prematuro na ala do rei (
19... Rg8?e22... g4?). O erro23... Qh4??devolveu a vantagem, permitindo às brancas recuperarem a iniciativa.
Final:
Desfecho: Uma tragédia para as pretas e um triunfo da persistência para as brancas. No final de torres, as pretas cometeram erros decisivos (
42... Ke6??), permitindo que a torre branca cortasse o rei e apoiasse seus peões passados.
Destaque: Esta partida é uma aula sobre psicologia no xadrez. As pretas relaxaram após ganhar a peça e as brancas nunca desistiram, virando um jogo “perdido”.
Resumo Geral e Conselhos para Melhoria
Erros Comuns (O que evitar)
Cegueira Tática: Em todas as partidas, houve erros de cálculo simples (pendurar peças ou não ver garfos) que decidiram o jogo em um lance (Ex:
9. b3??no jogo 2,13. Bb5??no jogo 3).Passividade na Abertura: No Jogo 1 e 2, as brancas jogaram aberturas de ataque de forma tímida, perdendo a vantagem do primeiro lance.
Falta de Técnica de Conversão: No Jogo 3, as pretas não souberam jogar com a vantagem material (“ganho ganho”), complicando a posição desnecessariamente.
Acertos (O que manter)
Resiliência (Brancas, Jogo 3): Continuar lutando e criando problemas mesmo em posição perdida é uma qualidade vital em torneios.
Exploração de Erros (Pretas, Jogo 1 e 2): Ambos os jogadores souberam punir imediatamente as aberturas passivas/errôneas dos oponentes.
Sugestões de Treinamento
| Jogador / Perfil | Conselho Principal | Exercício Sugerido |
| Jogadores de Ataque (Ex: De Almeida) | Fundamentos antes da Agressão. Não ataque antes de desenvolver todas as peças menores e rocar. | Estudar partidas de Paul Morphy focando em desenvolvimento rápido. |
| Jogadores Sólidos (Ex: Silva) | Cálculo Preventivo. Antes de cada lance de peão, pergunte: “O que meu oponente pode capturar agora?”. | Resolver 15 min de táticas diárias (foco em garfos e cravadas). |
| Quem tem a Vantagem (Ex: Nogueira) | Simplificação. Quando tiver material a mais, troque peças (não peões) e evite complicações. Jogue seguro. | Praticar finais de Torre vs Peões e conversão de vantagens materiais. |
3ª RODADA (PGN)
MESA 2: JORGE CHAVES 1 X 0 CARLOS HENRIQUE
MESA 3: ADNILTON NOGUEIRA ½ X ½ HERIVALDO SILVA
MESA 4: RAFAELMAIA 1 X 0 PEDRO NUNES PEREIRA
COMENTÁRIOS DA 3ª RODADA:
♟️ PARTIDA 3.2 – Chaves x da Costa
Resultado: 1–0
Precisão: Brancas 91% | Pretas 75%
📌 Visão Geral
Partida dinâmica, com estrutura pouco comum (Larsen/Bird invertida). As Brancas jogaram com plano claro; as Pretas cometeram erros graves no desenvolvimento, especialmente no tema Nf4 repetidamente ignorado.
♙ ABERTURA
Erros das Pretas:
…Nd4?! e …Ne6 cedo, permitindo expansão central branca.
9…b6? e 10…Bb7?? → Perdem tempos numa posição já desconfortável.
Momento-chave: várias vezes o lance …Nf4! seria a melhor jogada (temática contra o fianchetto de Bb2).
Acerto das Brancas:
6.d4! jogada forte, ganhando espaço e abrindo o jogo enquanto as peças pretas estão mal colocadas.
✔️ Conselhos
Para as Brancas: manter o foco em desenvolvimento rápido e evitar lances como 10.Ngf3? que perdem iniciativa.
Para as Pretas: priorizar desenvolvimento antes de movimentos de flanco, e reconhecer motivos táticos recorrentes (saltos em f4 quando o adversário joga g3/Bb2).
♟️ MEIO-JOGO
O erro decisivo:
17…Bc8?? → retorna uma peça sem necessidade, perdendo controle das casas centrais e permitindo Nxh6+! combinatório.
Acertos das Brancas:
Excelente visão tática com Nxh6+, abrindo o rei adversário.
Seqüência técnica precisa para converter a vantagem.
Conselho geral:
Quando sob ataque no rei, não desperdiçar tempos com recuos não-forçados.
Avaliar todas as jogadas ativas antes de retornar peças.
♜ FINAL
A partida praticamente terminou após o colapso do roque preto — as Brancas converteram com segurança.
Conselhos finais:
Em finais com material reduzido, simplificar sem permitir contrajogo.
As Pretas devem reconhecer posição perdida para evitar prolongamento desnecessário e estudar padrões de debilitação do rei.
♟️ PARTIDA 3.3 – Nogueira x Silva
Resultado: ½–½
Precisão altíssima: Brancas 93% | Pretas 94%
📌 Visão Geral
Partida sólida de ambas as partes, com estrutura Caro-Kann/Hippo. Poucos erros críticos, muita cautela e posicionamento. A igualdade refletiu a partida.
♙ ABERTURA
Erros leves das Brancas:
8.Qb3?! e 10.Qxb6?! ambos perdem tempos e cedem iniciativa.
14.Bg4?! → desvia dos princípios (desenvolver, rocar cedo).
Acertos das Pretas:
Desenvolvimento lógico, …O-O seguido de manobras típicas …Nb6, …c5, …e5/d5.
✔️ Conselhos
Brancas:
Evitar trocas de damas quando atrasadas no desenvolvimento.
Não mover a mesma peça repetidamente sem ganho real.
Pretas:
Jogaram muito bem; podem buscar linhas mais ativas para tentar vantagem (…f6, …e5, …Bg4 em momentos certos).
♟️ MEIO-JOGO
A partida caminhou para uma estrutura fechada com manobras:
Brancas melhoraram peças mas pecaram com 24.h4?, enfraquecendo o rei.
Pretas reagiram bem com …c5 seguido de …c4 e pressão posicional.
Acertos:
Ambas as partes mostraram bom entendimento de casas fracas, manobras de cavalo e restrição de peças.
♜ FINAL
O final foi equilibrado, com repetição de posições após RcA – Ra8 – Re8, etc.
Conselho para ambos:
Quando a posição é igual, evitar desperdício de tempo tentando criar algo onde não há chances reais.
Trabalhar finais de torres (muito frequentes e complexos).
♟️ PARTIDA 3.4 – Maia x Pereira
Resultado: 1–0
Precisão: Brancas 92% | Pretas 69%
📌 Visão Geral
Partida extremamente tática na abertura (Gambito do Rei). Um colapso rápido das Pretas devido a vários erros graves no rei.
♙ ABERTURA
O momento crítico:
4…f6?? e 5…fxg5?? → Dois erros de alto nível.
O rei preto ficou exposto imediatamente.
As Brancas jogaram de forma muito precisa, aproveitando todos os erros:
6.Qh5+! abrindo a defesa do roque.
Manutenção constante da iniciativa.
✔️ Conselhos
Pretas:
Nunca abrir colunas e diagonais contra seu próprio rei sem necessidade.
No Gambito do Rei, jogadas naturais são …g4, …Bg7, …d6, não movimentos de peões do roque.
Brancas:
Excelente senso tático; continuar estudando temas típicos: sacrifícios em f7, h5, linhas abertas contra o rei.
♟️ MEIO-JOGO
O erro fatal das Pretas foi:
11…Kg6?? permitindo combinação forçada de mate.
As Brancas conduziram o ataque com precisão de computador.
♜ FINAL
A partida terminou em mate antes de chegar a um final, demonstrando que desenvolver e proteger o rei é essencial.
🧠 CONSELHOS GERAIS PARA TODOS OS JOGADORES
🎯 ABERTURA
✔ Desenvolva peças antes de mover peões do flanco desnecessariamente.
✔ Não mova a mesma peça várias vezes na abertura sem razão concreta.
✔ Rocar cedo é importante — rei no centro é alvo tático.
✔ Evite trocas de damas quando isso ajuda o adversário a resolver desenvolvimento.
✔ Estude esquemas típicos: Gambito do Rei, Bird/Larsen, Caro-Kann.
🎯 MEIO-JOGO
✔ Procure movimentos ativos; não recue peças sem necessidade.
✔ Identifique casas fortes (e fracas) — especialmente e5, d4, f4.
✔ Antes de atacar:
Avalie segurança do seu rei.
Compare tempos: quem está melhor desenvolvido?
✔ Considere rupturas temáticas: d5, c5, f4, e4 dependendo de cada estrutura.
🎯 FINAIS
✔ Quando superior, troque peças mantendo peões.
✔ Quando inferior, troque peões mantendo peças (para chances de empate).
✔ Estudem finais de torres — aparecem em 50% das partidas.
✔ Busquem atividade máxima das peças:
Torre atrás de peões passados
Rei ativo centralizado
Criar dois lados do tabuleiro para ganhar tempos
🏁 CONCLUSÃO
As três partidas mostram:
Boa técnica geral,
Tática forte nas Brancas de 3.2 e 3.4,
Soluções defensivas sólidas em 3.3,
Para todos: reforçar princípios de abertura e segurança do rei.
2ª RODADA (PGN)
MESA 1
ROBERTO ALMEIDA 1 – 0 RAFAEL FERREIRA MAIA
MESA 2
PEDRO NUNES PEREIRA 1 – 0 ADNILTON NOGUEIRA
MESA 3
HERIVALDO SOUZA E SILVA 1 – 0 MN JORGE CHAVES
Mesa 4: Carlos Henbrique ½ – ½ Wagner Fernandes
1ª RODADA (PGN)
MESA 2
WAGNER FERNANDES 0 – 1 HERIVALDO SILVA
MESA 3
MN JORGE CHAVES 0 – 1 PEDRO NUNES PEREIRA
MESA 4
ADNILTON NOGUEIRA 0 – 1 RAFAEL MAIA
✅ ANÁLISES – RODADA 1
🟦 R1.2 – Fernandes, Wagner Dias 0–1 Silva, Herivaldo Souza e
A46 – Sistema Torre / Colle-Zukertort híbrido
Pontos principais
As brancas seguiram uma estrutura tranquila, mas permitiram cedo …Nd5, …Bb7, e depois …Ba6, cedendo iniciativa.
A partir de 14.Bg3, as brancas jogam sem plano claro.
O ponto crítico veio após 20.e4 e6 21.Nf3 Nf6 22.exd5, abrindo a posição sem peças melhor colocadas.
As pretas utilizaram muito bem a coluna “c” e a pressão no ponto e4.
O final começou desfavorável e, após 35.fxe5 fxe5 36.fxg6…, a posição branca colapsa.
Erro crítico
25.Ng4? e especialmente 26.h5? enfraquecem todas as casas escuras ao redor do rei.
34.Ra1? perde tempos enquanto as pretas ativam torres e coordenam ataque.
Destaques táticos
36…Qf6+! e sequência demonstram precisão das pretas.
Coordenação torre–dama na ala do rei funcionou perfeitamente (Qxg3, Rg7, etc.).
🟦 R1.3 – Chaves, Jorge 0–1 Pereira, Pedro
C25 – Gambito do Bispo
Partida extremamente aguda.
Pontos principais
As brancas entram no gambito agressivo, mas jogam 6.h4? — impreciso — permitindo contrajogo imediato.
Após 7.d4??, abrem totalmente a posição sem desenvolvimento suficiente.
As pretas exploram a diagonal a7-g1 e a coluna “g”.
Erros críticos
7.d4?? abre a coluna “g” e permite um ataque direto.
10.g3?? perde peça e acelera o ataque.
Destaques táticos
Motivo clássico: cravada no cavalo de f3, abertura da coluna g, ataque violento no rei.
O mate em 14…Qg1# é bonito, consequência direta da falta de desenvolvimento das brancas.
🟦 R1.4 – Nogueira, Adnilton 0–1 Maia, Rafael
E61 – Defesa Índia do Rei
Partida de grande complexidade estratégica.
Pontos principais
As brancas jogam um esquema sólido (h3–e3–Bh2), mas cederam cedo um centro dinâmico para as pretas.
As pretas usam bem a ruptura …c5 e depois …e6.
As brancas cometem a imprecisão 12.Nxe4?, abrindo a coluna “d”.
Erro crítico
20.Bg1? passivo, deixando as pretas assumirem o comando total.
Problema fundamental: peças brancas ficaram presas em bloqueios e sem coordenação.
Destaques táticos
O tema clássico do KID: ataque nas casas escuras e avanço do peão “h”.
Final brilhante das pretas após 38.e4 h4!! e condução técnica convertendo a vantagem.
✅ ANÁLISES – RODADA 2
🟦 R2.1 – De Almeida, Roberto 1–0 Maia, Rafael
E94 – Índia do Rei, variante ortodoxa
Excelente vitória das brancas em posição extremamente tática.
Pontos principais
As brancas conduziram muito bem o padrão típico: pressão na ala da dama + peões centrais.
As pretas utilizaram …Nh5, um lance jogável, mas que exige precisão posterior.
O lance crítico foi 28…Ng5?, perdendo tempos que permitiram às brancas assumir o comando.
Erro crítico das pretas
33…Bxf5? ignorando recursos táticos ao redor do rei.
37…Rxd7?? entrando em tática que perde material.
Destaques táticos das brancas
35.Qxg4! inicia ataque devastador.
38.Rxd5! — tema clássico de sobrecarga na peça defensora.
Defesa das pretas colapsa rapidamente após 41.Qxd8+!
Uma partida de energia, típica da luta na KID.
🟦 R2.2 – Pereira, Pedro 1–0 Nogueira, Adnilton
D02 – Sistema Londres / Colle híbrido
Partida muito bem jogada por Pereira, técnica e com pressão posicional constante.
Pontos principais
As brancas ganham a iniciativa após 8.a3 Bxc3+, que concede a coluna “a” e par de bispos.
11.cxd5! obtém jogo ativo e simplificações favoráveis.
As pretas desenvolvem peças, mas deixam o rei longe de recursos defensivos.
Erros críticos
12…b5? e 13…exd5? enfraquecem seriamente as casas escuras.
18…Nf6? perde tempo e permite 19.a4!, lance centralizador.
Destaques estratégicos
Domínio total da coluna “a”.
Conversão limpa no final com torres duplas e par de bispos.
🟦 R2.3 – Silva, Herivaldo 0–1 Chaves, Jorge
A85 – Sistema holandesa / d4
Uma das partidas mais longas e complexas do torneio. Excelente técnica das pretas.
Pontos principais
As brancas iniciam com esquema flexível, mas cometem cedo o erro 6.cxd5?, cedendo centro.
As pretas assumem o comando com …Ne4, …Bd6, e forte jogo no centro.
O jogo entra em meio-jogo com peões centrais fixos — favorecendo o jogador com mais atividade (pretas).
Erro crítico
27.Re2?? enfraquece a segunda fileira e perde tempo.
As brancas entram num final inferior após 34.Qxb5??, cedendo a estrutura.
Destaques táticos
Manobras de cavalo do Chaves foram cirúrgicas.
O final com peões passados na ala da dama foi conduzido com domínio.
🎯 RESUMO DOS ERROS MAIS FREQUENTES OBSERVADOS
1. Falta de desenvolvimento na abertura
Peças jogadas duas vezes cedo.
Planos de ala sem completar o desenvolvimento.
2. Abertura da posição quando o rei não está seguro
Vários casos: d4-d5, exd5, fxg3 etc.
3. Descoordenação das peças
Muitas partidas mostraram torres tardias ao jogo.
Pouca conexão entre dama e torres.
4. Permitir iniciativa ao adversário sem compensação
Faltou cálculo antes de rupturas centrais e trocas.
5. Problemas de casas fracas
Muitos temas recorrentes: casas escuras fracas, colunas abertas mal defendidas.
📘 CONSELHOS AOS JOGADORES
⭐ Para a Abertura
Desenvolver primeiro: dois cavalos → dois bispos → roque.
Evite empurrar peões sem propósito estratégico.
Lembre-se do princípio: controle do centro = mobilidade e segurança.
Não repita lanças de peça na abertura sem necessidade.
⭐ Para o Meio-Jogo
Avalie: atividade das peças > estrutura (exceto finais).
Abra a posição apenas se estiver melhor desenvolvido.
Procure coordenação: torre + dama, dupla de torres, bispo alinhado com dama etc.
Aprenda a identificar rupturas típicas da sua abertura (e4, c4, f5, b4…).
⭐ Para o Final
Rei ativo = prioridade máxima.
Torre atrás dos peões passados (próprios ou do adversário).
Construa peões passados ligados sempre que possível.
Simplifique apenas quando melhor, nunca quando pior.
Participantes:

Homenagem ao Professor Emiliano Carlos Bandeira Castor
Todas as profissões possuem seu valor, mas todas elas nascem de uma chamada professor! O Torneio FIDE IRT Professor Emiliano Carlos Bandeira Castor recebeu este nome para homenagear postumamente ao Professor de Educação de Física, Instrutor de Xadrez e Enxadrista que no final dos anos setenta acrescentou as suas aulas o ensino do Xadrez na escola pública que lecionava, além de participar de torneios de xadrez da federação do Rio de Janeiro, ser árbitro da FEXERJ, e ter colaborado como professor de xadrez no Clube Municipal, Programa de Xadrez da Fundação Roberto Marinho e ativo jogador de Xadrez por correspondência. Neste século XXI, anos de evolução acelerada (Internet , Inteligência.
Veja abaixo algumas partidas do nosso homenageado:
Idealização: MN Jorge Chaves
Apoio: CMN Vinícius Motta
REGULAMENTO




