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CLASSIFICAÇÃO FINAL:


5ª RODADA (PGN)
Análises por partida (5ª rodada)
5.1 Gabriel, Silva Das Merces — Rogério, Cerqueira Felix De — ½–½
Abertura: Caro-Kann / Var. Taimanov (ECO D13 transposto).
Momento crítico(s):
26. Nd2? (Brancas) — comentado no PGN como blunder. A melhor continuação indicada era 26.Ne5!, que mantinha vantagem prática: pressiona o centro, permite Nxc4 ou ideia de penetrar em c4/c5 e evita a debilidade posterior da ala-rainha.
26… h5? (Pretas) — resposta de interesse: o motor julgou 26…Nb2 melhor, com ideias de entrar em b2/ c4 e atacar peões fracos. h5 permitiu às brancas reorganizar e simplificar.
Troca/linha 30–34: sequência de simplificações que levou a final simplificado com igualdade prática.
Destaques estratégicos:Brancas tiveram bom controlo das casas centrais até o momento da troca de cavalos; mas a transição exigia atividade imediata (Ne5 em vez de Nd2).
Pretas aproveitaram quando as brancas escolheram uma defesa passiva e conseguiram contrajogo pela coluna c (Rxc4, Rfc8 etc.).
Tático:Havia algumas ideias táticas nas trocas ao redor da casa c4 e b5 — a precisão no cálculo de 26…Nb2 vs 26…h5 determinou vantagem prática.
Sugestão concreta:Para as Brancas: priorizar Ne5 em posições com bispo ativo e torre na coluna aberta — procurar trocas favoráveis e ataques ao centro.
Para as Pretas: considerar jogar …Nb2/…Nc4 antes de empurrar h5, procurando infiltração em casa fraca do adversário.
5.2 Carlos A. De Carvalho — Samuel E. G. Martin — 0–1
Abertura: Sistema fechado (ECO D00).
Momento crítico(s):
6. f3? (Brancas) — considerada imprecisão; fragilizou as casas claras e atrasou desenvolvimento. 6.Qb3 era mais natural, contestando b7 e mantendo mobilidade.
8…exf6 (Pretas) — PGN marca como inaccuracy (melhor 8…Nxf6); ainda assim pretas conseguiram abrir a posição e aproveitar linha e fraquezas.
15. Bxd7? (Brancas) — blunder que levou à perda de coordenação; a alternativa 15.Qc2 mantinha pressão e evitava a troca que melhorou o jogo das pretas.
Final: 19…Qe3+ tático decisivo — explorou a exposição do rei branco e terminou rapidamente.
Destaques estratégicos:Pretas transformaram cedo vantagem posicional em iniciativa ao abrir linhas para a dama/torre; as brancas cometeram erros de alinhamento (rei no centro, dama deslocada).
Táticos:A saída da dama e as trocas no centro criaram um ataque decisivo com abertura de linhas para a dama — 19…Qe3+ é exemplo clássico: exploração de rei exposto.
Sugestão concreta:Para as Brancas: evitar f3 prematuro na abertura sem necessidade; completar desenvolvimento e rocar cedo quando as estruturas forem instáveis.
Para as Pretas: continuar a buscar abertura de linhas contra rei adversário e priorizar desenvolvimento natural (Nxf6>exf6 nas linhas mostradas).
5.3 Carlos H. L. da Cos — Otávio de A. Maia — ½–½
Abertura: Dama indiana / Gambito D04.
Momentos críticos:
6.a3? (Brancas) foi marcado como imprecisão; houve alternativas com jogo mais sólido (Bb2 / O-O).
Troca de mais tarde (34. Bxb4+ … 34…Kxb4) levou a um final tenso; ambos erraram algumas prioridades (trocar quando poderiam manter pressão).
Destaques estratégicos:O jogo transitou para um final complexo com peões passados e reinos de rei ativo; ambos jogadores tiveram boas noções posicional, mas faltou clareza na hora de simplificar.
Tático:Houve várias oportunidades de centralizar/trocar com vantagem — mas muitos lances foram inacurados em vez de táticos limpos.
Sugestão concreta:Trabalhar planos de final com peões passados e ativação do rei (por exemplo, escolher trocar / não trocar com visão do final resultante).
Evitar jogadas por instinto (a3, b3) sem avaliar o plano geral.
5.4 Rafael F. Maia — Jorge H. A. Rodr — 0–1
Abertura: Sistema irregular (C00).
Momentos críticos:
Sequência inicial cheia de inaccuracies/mistakes por ambos; jogador das brancas trocou e avançou peões do lado do rei, expondo-se.
10.Qg4? 10…g6? — ambos lances marcados como erros; deram chances táticas ao adversário.
18…Bxe4 19.dxe4 bxa3 20…Bxa3 — troca tática que criou peão passado e fraquezas no rei branco; a partir daí pretas conseguiram explorar as fraquezas.
Final: 51 Nc3 é anotado como erro de tempo/posição (tempo perdido e falta de atividade). Pretas aproveitaram melhor a iniciativa.
Destaques estratégicos:Brancas negligenciaram segurança do rei e coordenação; pretas atacaram no flanco rei e converteram vantagem material/posicional.
Tático:Tema de sacrifício tático na ala-rainha (bxa3/Bxa3) que desorganizou a estrutura branca; pós-tática, peças pretas tornaram-se dominantes.
Sugestão concreta:Para as Brancas: priorizar o roque e não mover dama prematuramente para perseguir ataques sem suporte.
Para ambos: evitem empurrões de peões que criem buracos perto do rei sem compensação dinâmica.
5.5 Adnilton C. de Almeida — Sirlei P. de Azevedo — 0–1
Abertura: A40 (defesa flexível).
Momentos críticos:
6.Ne4 (Brancas) — imprecisão; melhor seria consolidar com e4 ou Nf3.
6…h6 7.Bh4 g5 8.Nxf6+ Bxf6 — sequência levou a estruturas quebradas e rei branco exposto.
8…Bxf6? foi marcada como erro (melhor Qxf6) — apesar disso, Pretas jogaram mais coeso posteriormente.
16…Bxc6 17.Nxe5 e a sucesão de trocas resultou em domínio do centro para brancas temporariamente, mas pretas obtiveram contra-jogo e vitória.
Destaques estratégicos:A escolha das brancas em Ne4 e posteriores troca resultaram em posições com rei mais exposto; pretas exploraram com ataque na coluna g/h.
Tático:A barreira de peões brancos (g-pawn) e as trocas no centro abriram diagonais para as peças pretas.
Sugestão concreta:Evitar lançar peças para e4 quando a casa não estiver solidamente apoiada; quando optar por troca no centro, verificar consequências para a segurança do rei.
5.6 Ernesto F. Barreira — Rocine C. de Carvalho — 1–0
Abertura: Defesa Francesa / E00 transposição.
Momentos críticos:
6…d5 7.a3 Be7 8.Ng — transições; o ponto decisivo foi 21…Bxe6? e depois 23…Qe6 24.Bxe6 hxg5 25.Bxf5 Rcd8 23…?? (ver PGN).
23. Rc7 (Brancas) foi a jogada que consolidou a vantagem real e permitiu a infiltração; as pretas não conseguiram coordenar peças para defesa.
Destaques estratégicos:Brancas jogaram um bom plano: trocar peças vantajosamente e abrir a coluna c para a torre. Coordenação entre torres/dama finalizou o jogo.
Tático:As trocas no centro levaram a fraquezas nas pretas (peões backward e coluna c aberta).
Sugestão concreta:Pretas: evitar permitir incursão adversária na coluna c; jogar …Rxc1 ou rocar cedo para coordenar defesas.
Erros e padrões comuns (resumo da rodada)
Movimentos prematuros da dama / exposição do rei — várias partidas mostraram damas fora de posição cedo (Qh3, Qg4, Qf3) e reis expostos sem roque rápido.
Peões empurrados sem plano — jogadas como f3, h4, f4 em momentos errados criaram buracos e alvos.
Falta de prioridade no desenvolvimento — perder tempos com movimentos de peões/pecas menores antes de completar desenvolvimento custou iniciativa.
Trocas mal avaliadas — trocar quando a troca melhora a posição do adversário (ex.: trocar bispos sem avaliar coluna aberta/peões isolados).
Cálculo impreciso em táticos críticos — blunders nos momentos 15–27 nas partidas indicam falta de checagem de ressalvas táticas (forks/linha aberta).
Finalização incorreta ou passividade no final — em jogos com finais simplificados, houve falta de ativação do rei ou peças passivas que permitiram contrajogo.
Conselhos práticos
(Abertura / Meio-jogo / Final)
Abertura — princípios e exercícios
Priorize desenvolvimento antes de ataques de lado: coloque cavalos e bispos em casas ativas, controle o centro e roque cedo (em especial quando o centro está por abrir).
Evite mover a mesma peça várias vezes na abertura sem motivo claro.
Perguntas simples a fazer nos primeiros 10 lances: Onde meu rei ficará? Minhas peças estão desenvolvidas? Quais casas fracas criei ao empurrar peões?
Treino prático: trabalhar 15–20 minutos por dia em repertório de 1ª e 2ª jogada (respostas principais) e rever modelos de planos resultantes (ex.: Caro-Kann, Defesa Francesa, sistema com Bg5).
Meio-jogo — planos e táticas
Procure planos, não movimentos aleatórios. Depois do desenvolvimento, identifique: alvo (rei, peão isolado), coluna aberta, casas fracas.
Calcule candidatas antes de mover: ao menos 2–3 lances de antecipação para lances táticos (verificações de checks, capturas, ameaças). Use método “candidato — visualizar resultado”.
Táticas essenciais: garfos, cravadas, descobertas, ataques à coluna aberta. Treine 10–20 táticos por dia (blitz tático melhora visão).
Trocas: antes de trocar, avalie quem se beneficia (passados, colunas abertas, melhor rei). Não troque quando o adversário melhora sua estrutura ou ganha coluna.
Ativação de peças: rooks em colunas abertas e bispos em diagonais longas costumam decidir. Em todos os exemplos da rodada, quem ativou torres primeiro conseguiu contrajogo.
Final — precisão e técnica
Ative o rei cedo quando o centro está fechado / finais iminentes.
Simplifique quando você tem vantagem: trocar para final favorável (peões passados, rei ativo). Evite simplificar se o final for técnico e você não domina os conceitos.
Bases para estudar: finais de rei e peão, finais de torres (ativação da torre mais importante que ganhar peões por impulso), finais de bispo versus cavalo.
Exercício: resolver finais críticos (por exemplo: lucena, Philidor, finais de torre) até dominá-los.
Plano de treino recomendado
(prático, 6 semanas)
Diário (30–45 min): 15–20 táticos; 10 minutos de estudo de uma estrutura de abertura; 10–15 minutos revisão de uma das suas partidas (auto-análise).
Semanal: 1 partida longa (30+15) analisada com motor e por você; 1 sessão de finais (30–45 min) — foco em finais de torre e peões.
Ferramentas: banco de partidas modelo (jogos clássicos na sua abertura), treinamento tático (sets de padrão), e revisão com engine para detectar padrões de erro.

Partidas da 5ª rodada aguardem
4ª RODADA (PGN)

Partida 4.1 – Rogerio (1840) 1 x 0 Carlos (1924)
Abertura: Defesa indeterminada (A40: King’s Indian / System-like).
Resumo rápido: jogo tenso com ataques laterais e ruptura no centro. Carlos deixa passar defesa e no final comete sequência de jogadas que levam à perda material e mate inevitável após 35.Nf6+.
Momentos críticos & comentários
2…b6 foi pontuado como imprecisão (a engine sugeria 2…d5). 2…b6 é jogável, mas cede espaço no centro.
9…a6 (inovação) permitiu a sequência das brancas controlarem espaço; alternativa indicada era 9…e5 para luta mais direta no centro.
15…Qe7 (em vez de 15…a5) — a ideia de abrir na ala dama (a5) foi recomendada; a jogada no jogo permitiu que as brancas ganhassem espaço com c5.
24.Nb4 e 25.d6 foram marcadas como imprecisas: havia linhas ativas para as brancas (Rxc7 etc.) — as brancas procuravam infiltrar na 7ª fileira.
30…Bxf3 foi erro grave: engine indicou 30…Bb5 como melhor; 30…Bxf3 abriu perigos táticos que as brancas exploraram.
32…R8b5 foi blunder: a sequência que se seguiu (33.Qxb5 Rxb5 34.Bxe6 fxe6 35.Nf6+) decide a partida — preto fica sem recursos.
Temas táticos/estratégicos
Importância de não abrir linhas ao rei quando peças adversárias estão prontas para infiltrar (ex.: trocar em f3 abriu a coluna g/h e permitiu sacrifício/cheque decisivo).
Falha na avaliação de trocas — trocar para “aliviar” às vezes dá ao adversário linhas de ataque.
Peças-chave: cavalos e bispos brancos muito ativos; torre e dama de preto descoordenadas no final.
Partida 4.2 — Jorge (1718) — Gabriel (1477), 0–1
Abertura: Siciliana/variante fechada (B40).
Resumo rápido: jogo tático com cavalo avançado e manobras centrais; Preto consegue manobrar melhor no final e explora fraquezas do rei branco.
Momentos críticos & comentários
6…Ng6 (inicialmente marcado impreciso — engine preferia d6) mostra que escolha de plano no centro é decisiva.
8.Ne4 e 9.Bd2 das brancas foram erros de plano — perderam linha de jogo.
12.Nd6 Ngxe5: engine considerou imprecisão nas continuidades e depois falta de coordenação das brancas.
24.Rxd8 Qxd8 25.Qg3 f6 — mudança dinâmica: as pretas ativaram peças e ganharam contra-ataque no rei branco.
40…f5 seguido de 41…fxe4 abriu colunas e as pretas trocaram favoravelmente, levando ao final com material vantajoso e vitória.
Temas táticos/estratégicos
Troca de peças no centro/coluna aberta foi decisiva: quando as brancas trocaram e não criaram contra-ameaças, pretas aproveitaram para avançar peões e abrir colunas.
Boa coordenação de torre/dama e avanços de peões f/g para abrir linhas.
Partida 4.3 — Rafael (1694) — Samuel (1463), 0–1
Abertura: Variante do semi-aberto (B32 — Nimzowitsch/Winawer-like structures).
Resumo rápido: brancas atacam cedo (Qh5), pretas resistem e depois convertem contra-ataque. A partida é longa (110 plies) com erros de ambos, mas preto melhor geriu o final.
Momentos críticos & comentários
7…a6 sugeria h5 como alternativa para ganhar espaço e expulsar bispo. Pequenas imprecisões no início mudaram a dinâmica.
10…Rb8 e manobras seguintes de pretas foram sólidas; as brancas cometeram algumas imprecisões de desenvolvimento (manobras de cavalo repetidas sem objetivo claro).
22.Bc4 b5 23.Bd5 b4 — as pretas conseguiram criar contra-jogo na ala-dama e trocar para uma estrutura favorável.
35…Ra7 e jogo de peões do final: pretas criaram peões passados e o rei branco ficou mal posicionado; erros de finalização das brancas (42.Ra8??) permitiram decisões táticas.
Temas
Quando o adversário abre espaço na ala-dama (b-file), é preciso responder com clareza de plano (bloquear, trocar ou criar contrajogo no centro).
Aproveitamento de colunas abertas e infiltrações.
Partida 4.4 — Otavio (1748) — Jose (1835), 1–0
Abertura: Defesa Alekhine / B07 (ou sistema com …d6 e …Nf6).
Resumo rápido: partida equilibrada; brancas encontram um plano de ruptura e tiram vantagem de erros adversários no final.
Momentos críticos & comentários
16…Bd4 foi classificado como blunder: em muitos casos a captura e as trocas que seguem abrem linhas para o ataque das brancas (17.Bxd4 exd4).
20…g6 e 21…Rae8: preto colocou peças, mas escolhas táticas (20…g6 em vez de linhas mais ativas) não resolveram as debilidades.
25…f6 foi considerado erro: isso permitiu que 26.gxf6 massificasse a fraqueza em frente ao rei preto. Brancas ganham vantagem material/posicional e convertem.
Temas
Evitar afrouxar a frente do rei (f6/g6) sem cálculo completo: abrir colunas cadencia ataque adversário.
Trocas que levam a um rei mais exposto são perigosas quando o adversário tem peças ativas.
Partida 4.5 — Sirlei (1588) — Carlos (1678), 0–1
Abertura: sistema cerrado tipo A50 (desenvolvimento lento).
Resumo rápido: brancas cometem erros de desenvolvimento/trocas (13.exd4 errado), pretas exploram colunas abertas e consolidam vantagem no final.
Momentos críticos & comentários
4.e3 (em vez do mais ativo 4.cxd5) amarra um pouco o jogo das brancas; pequenas imprecisões no centro deram espaço às pretas.
13…Nxd4 e sequência subsequente: brancas trocaram um par de peças mas perderam a iniciativa; pretas centralizaram melhor as peças e conquistaram o bispo grande branco (Bxa3 decisivo no final).
Final: falta de coordenação e passividade das brancas permitiram a pretas transformar vantagem.
Temas
Prefira trocas que melhorem sua estrutura ou desenvolvam peças; não trocar de forma automática sem compensação.
Partida 4.6 — Adnilton (1672) — Ernesto 1–0
Abertura: D02 (Dois cavalo/tipo QGD com Bf4).
Resumo rápido: jogo posicional; brancas jogam com clareza no centro, conseguem manutenção de pressão e terminam com tática ganhadora (26.gxf6).
Momentos críticos & comentários
12…Be7 13.e5 Nd7 14.Bxe7 Nxe7: trocas no centro favoreceram brancas porque elas mantiveram a iniciativa e criaram fraquezas na ala-rei adversária.
15…Nf5 e 16.Bxf5 exgives — sequência favoreceu as brancas por abrir a coluna e criar pontos fracos no rei preto.
25…f6 foi imprecisão — no jogo, isso permitiu que 26.gxf6 resolvesse a tensão favoravelmente às brancas (material + ataque).
Temas
Trocar quando se ganha a iniciativa e criar peões livres / colunas abertas para as torres.
Partida 4.7 — Ruben — Rocine, 0–1
Abertura: Jogo de peças (C47 — Four Knights/Italian-like structures).
Resumo rápido: partida cheia de imprecisões de ambos os lados; pretas conseguem contra-jogo e eventualmente mate tático no final (41…Qa1+ etc.). Muitas linhas engine-driven com mudanças drásticas na avaliação.
Momentos críticos & comentários
7.h4 foi considerada imprecisão — perde o ritmo; 7.b4 com expansão na ala-dama sugerida.
13.c4?? e sequência permitiu que pretas jogassem com impulso central e eventualmente trocassem para final favorável.
A série final mostrou falta de coordenação das brancas na defesa: 25.Kd1?? e 28.Rf1 30.Kxe1 etc. deram mate fácil a preto.
Temas
Jogadas de impulso (h4, avanços de peões) sem justificativa posicional podem criar fraquezas e facilitar contra-ataque.
Resumo dos erros mais comuns (por categoria)
Erros de cálculo tático
Trocas precipitadas (ex.: 30…Bxf3 em 4.1; 16.Bxf5 em 4.6 sem avaliação completa), perda de peças por truques táticos.
Avaliação posicional imprecisa
Avanços de peões sem plano (h4, a3 etc.) e manobras de cavalo repetitivas sem finalidade.
Falta de coordenação
Peças sem casa ativa (torres fora das colunas abertas, bispos bloqueados em próprias cadeias de peões).
Reações defensivas erradas
Em alguns casos jogadores escolheram jogadas “aliviadoras” (trocas) que, na prática, abriram linhas para o adversário.
Finalização frágil
Em pelo menos duas partidas o lado com chance deixou escapar sequências táticas que remetiam à vitória por falta de conversão correta.
Conselhos práticos aos jogadores (abertura, meio-jogo e final)
Abertura — princípios e ajustes
Princípios básicos: controle do centro, desenvolvimento rápido e segurança do rei (roque). Antes de jogar um avanço de peão, pergunte: essa jogada desenvolve peças, controla centro ou cria fraqueça?
Planejamento de abertura: escolha linhas claras (ex.: se gosta de E4 jogue aberturas com planos típicos). Evitar jogadas de “sinta-se confortável” que simplesmente repetem movimentos.
Evitar jogadas por instinto sem cálculo (ex.: 7.h4, 9…a6 no momento errado) — sempre avaliar consequências táticas imediatas.
Meio-jogo — tática e plano posicional
Procure pontos fracos: casas sem cobertura (e.g., f3, d4), peões isolados ou acorrentados. Concentre as peças nesses pontos.
Coordenação de peças: antes de trocar, verifique se a troca alivia sua pressão ou melhora a atividade do adversário.
Cálculo tático: treine táticas curtas (2–4 plies) diariamente — muitos erros na rodada vieram de táticas simples não vistas.
Planeje trocas quando favorecerem sua posição: isole a torre adversária, conquiste colunas abertas, transforme pequenas vantagens (espaço/peça ativa) em fraquezas.
Final — técnica e conversão
Reforce finais básicos: rei + peão vs rei, torre + rei vs rei, oposição e conceitos de corredor passado. Muitos jogadores perdem vantagem por desconhecer princípios finais.
Simplifique com critério: se você tem vantagem (peça ativa, peões passados), troque para um final técnico que realce essa vantagem; não troque se o final favorizar a defesa.
Ative o rei: no final, o rei é peça — centralize e use-o para criar ameaças e apoiar peões passados.
Treino prático (rotina recomendada)
Tática: 20–30 minutos por dia com temas: garfos, cravadas, descoberta, bater com cheque.
Partidas lentas/analise: jogue partidas lentas (45+ minutos) e analise com um motor e, melhor, com um parceiro/treinador. Foque nos momentos onde você mudou o plano.
Estudo de finais: 10–15 minutos diários em finais essenciais.
Revisão pós-partida: anote 2–3 erros principais por partida (tático, posicional, final) e faça um pequeno plano de correção.
Dicas rápidas por tipo de erro observado
Erro tático por falta de cálculo → treinar combinação de 3–4 plies.
Troca que “alivia” (mas abre linhas) → antes de trocar, avaliar linhas resultantes com atenção às colunas e diagonais abertas.
Avanços de peões sem preparação → considerar se a casa fica enfraquecida (ex.: h4/h5 sem suporte).
Passividade das torres → sempre procurar colocar torres em colunas abertas/semicolunas ou na 7ª/2ª fila inimiga.


3ª RODADA (PGN)
Análise das Partidas (III TORNEIO INTERNO CXG 2025)
As partidas apresentadas, embora de níveis de precisão variados, demonstram a aplicação de conceitos de abertura, mas com a introdução de imprecisões e erros graves (blunders) no meio-jogo, que acabaram por determinar os resultados.
1. Carlos, Alberto De Carvalho (1924) vs. Rafael, Ferreira Maia (1694) – 1-0
Abertura e Estratégia Inicial (ECO A45 – Abertura Trompowsky/Ataque Torre):
- Brancas (Carlos): Adotaram uma abordagem inicial sólida com $1.\text{ d4}$ e $2.\text{ Bg5}$, levando a uma estrutura do tipo Lianenbaum/Ataque Trompowsky. Após $5.\text{ Bxf6}$, as brancas optaram por $6.\text{ e5}$, fixando a estrutura de peões central, o que é uma escolha posicional agressiva. A ideia é atacar o flanco do rei e manter a restrição sobre as peças pretas.
- Pretas (Rafael): A resposta $6… \text{ Be7}$ e $7… \text{ O-O}$ foi uma imprecisão ($7… \text{ d5}$ era mais preciso), permitindo que as brancas consolidassem sua vantagem de espaço com $7.\text{ f4}$. A estratégia preta deveria ter sido desafiar o centro imediatamente com $\text{d5}$ ou $\text{d6}$.
Meio-Jogo e Táticas:
- As brancas aceleraram seu ataque com $10.\text{ h4}$ e $13.\text{ g4}$, buscando abrir linhas no flanco do rei. A manobra $10.\text{ h4}$ foi classificada como imprecisão; o motor sugere uma abordagem mais posicional ($10.\text{ Qe2}$).
- O erro tático crucial das pretas foi $12… \text{ d5??}$ (blunder), que, em combinação com $15… \text{ f5??}$ (erro grave), permitiu o avanço decisivo das brancas com $16.\text{ g6}$, cravando a posição e criando um peão passado avançado e perigoso. Este é um tema tático-estratégico forte.
- As brancas, no entanto, cometeram o erro $16.\text{ g6??}$ (blunder), perdendo uma grande vantagem, mas as pretas não souberam aproveitar.
- A sequência de lances no final do meio-jogo e início do final ($27… \text{ Bc4??}$, $28.\text{ Kd2??}$) é caracterizada por erros recíprocos, onde ambos os jogadores perdem e ganham a vantagem alternadamente, indicando controle de nervos e tempo como fatores.
Finais e Decisão:
- O final de jogo é marcado pela entrada em uma fase de Rei ativo e peões passados. A troca de peças ($24.\text{ Nc1}, 29.\text{ Nb4}$, etc.) simplifica para um final de Rei e Peões, onde o peão passado branco de g6 se torna vital.
- A sequência final ($58… \text{ Rh4??}$) é o último erro fatal, permitindo que o Rei branco se ative e explore as fraquezas da estrutura de peões preta no flanco da Dama, levando ao checkmate forçado. A precisão de 87% para as Brancas e 82% para as Pretas reflete a natureza instável do meio-jogo tático.
2. ⚔️ Samuel, Elias Garcia Martin (1463) vs. Rogerio, Cerqueira Felix De (1840) – 0-1
Abertura e Estratégia Inicial (ECO D51 – Gambito da Dama Recusado, Defesa Cambridge Springs):
- Brancas (Samuel): Adotaram uma variação sólida, mas com a imprecisão $7.\text{ Qc2}$ em vez de $7.\text{ Nf3}$, que é o lance teórico.
- Pretas (Rogerio): Jogaram $6… \text{ Bb4}$, uma Imprecisão; $6… \text{ dxc4}$ seria melhor para aliviar a pressão. O plano das pretas era pressionar o centro branco e explorar a cravada.
Meio-Jogo e Táticas:
- O blunder $8.\text{ Nge2??}$ foi o ponto de virada, que perde a peça e resulta em uma desvantagem material ($8… \text{ dxc4}, 9.\text{ Bxc4, Qxg5}$), dando a vantagem decisiva para as pretas. O lance $8.\text{ Nge2}$ bloqueia a Dama e o Bispo, e permite o ataque.
- As pretas, com uma Rainha e mais um peão por dois cavalos, adotaram a estratégia correta de simplificação e consolidação da vantagem material.
- As brancas tentaram criar contra-jogo no flanco do rei ($11.\text{ h4}$), mas a máquina preta respondeu de forma eficiente, realizando trocas táticas forçadas ($16… \text{ Nxe3}, 17.\text{ Qe4, Qxf4}$) que mantiveram a iniciativa e simplificaram a posição.
Finais e Decisão:
- O final de jogo é marcado pela persistência das pretas em manter a vantagem material (peão a mais e melhor estrutura).
- O lance $46.\text{ Re3??}$ (blunder) para as brancas no final de Torre e Peões permitiu o avanço do peão a passado, seguido pelo ataque do Rei preto, culminando no checkmate forçado. A estratégia correta de $46.\text{ Rd2}$ teria oferecido mais resistência.
- A precisão das Pretas (96%) é significativamente maior, refletindo a execução quase perfeita após o erro inicial das brancas.
3. ️ Jose, Antonio Marcondes D (1835) vs. Sirlei, Pereira De Azevedo (1588) – 1-0
Abertura e Estratégia Inicial (ECO B90 – Defesa Siciliana, Variação Najdorf):
- Brancas (Jose): Optaram pela variação Najdorf com $4.\text{ h3}$ e $8.\text{ Be2}$, uma abordagem mais posicional e cautelosa, evitando as linhas mais agudas da Ataque Keres ($6.\text{ g4}$) ou do Ataque Inglês ($6.\text{ Be3}$).
- Pretas (Sirlei): Jogaram a Najdorf de forma relativamente padrão, focando no desenvolvimento. $8… \text{ Nc6}$ foi a escolha ($8… \text{ h6}$ é mais comum).
Meio-Jogo e Táticas:
- As brancas buscaram a troca de peças ($12.\text{ Ng5}, 13.\text{ Nxe6}$) para aliviar a tensão, uma estratégia aceitável em posições Najdorf mais fechadas.
- A partida prosseguiu equilibrada até o blunder $17.\text{ Ne2??}$ das brancas, que perde a iniciativa e, em conjunto com $17… \text{ a5??}$ (blunder das pretas – $\text{d5}$ era correto), devolve a vantagem. Novamente, a precisão oscila entre os jogadores.
- O erro $25.\text{ f3??}$ (erro das brancas) é crucial, permitindo $25… \text{ Bxg5}$, eliminando o bispo forte e dando uma vantagem considerável para as pretas.
- A fase tática final começa com o blunder $36.\text{ Rbxd6??}$ das brancas, que perde a qualidade e cede o controle.
Finais e Decisão:
- O final de jogo é um caos tático. As pretas cometem o blunder $37… \text{ Kf7??}$ (perde a vantagem forçada do peão $\text{a2}$) e o blunder $39… \text{ Ke7??}$ (perde o jogo), permitindo o ataque decisivo das Brancas.
- A sequência final é um festival de erros de ambos os lados (o erro $44.\text{ Qb4+??}$ das brancas, perdendo o checkmate forçado, é o ápice). No entanto, o jogador branco consegue se recuperar e forçar o mate por meio da ativação do rei e do peão passado (c7).
- A precisão foi a mais baixa entre as partidas (Brancas 84%, Pretas 78%), refletindo a natureza de altos e baixos da fase final do jogo.
4. Rocine, Castelo De Carvalho (s/rating) vs. Adnilton, Correia De Almeida (1672) – 0-1
Abertura e Estratégia Inicial (ECO D31 – Gambito da Dama Recusado, Variação Semi-Eslava/Capablanca):
- Brancas (Rocine): Jogaram um Sistema Réti transformado em Gambito da Dama Recusado. $5.\text{ Nf3}$ (imprecisão) em vez de $5.\text{ e3}$ é uma escolha menos ambiciosa.
- Pretas (Adnilton): $5… \text{ Nbd7}$ (imprecisão) era uma jogada sólida, mas $5… \text{ dxc4}$ seria mais ativo.
Meio-Jogo e Táticas:
- O meio-jogo seguiu um padrão posicional, com as brancas tentando obter espaço no flanco do rei com $17.\text{ e5}$.
- O blunder $21… \text{ Kh8??}$ das pretas perde a vantagem, permitindo o contra-jogo das brancas.
- No entanto, as brancas cometeram dois erros seguidos: $22.\text{ a4??}$ (erro) e $24.\text{ Ba2??}$ (blunder), que permitiram às pretas abrir a posição com $24… \text{ c5!}$ e obter uma vantagem decisiva. O lance $24.\text{ Ba2}$ é um erro posicional, recuando uma peça importante.
- O blunder $26.\text{ Nf4??}$ das brancas perde o controle do centro, permitindo o avanço imparável dos peões pretos.
Finais e Decisão:
- A estratégia das pretas foi correta ao avançar os peões passados conectados $\text{b4-c3}$ no flanco da Dama, criando uma ameaça irresistível.
- O final é definido pela fraqueza do Rei branco e pela força dos peões passados pretos. A sequência final ($33.\text{ Ne2??}$) é o último erro branco que permite o ataque coordenado e a vitória das pretas.
- As pretas venceram com 96% de precisão, demonstrando que, apesar das imprecisões na abertura, aproveitaram o erro decisivo de material das brancas de forma implacável.
5. Ernesto, Flores Barreira (s/rating) vs. Ruben, Barat (s/rating) – 1-0
Abertura e Estratégia Inicial (ECO C02 – Defesa Francesa, Variação Avançada):
- Brancas (Ernesto): $3.\text{ e5}$ na Francesa (Variação Avançada) é uma escolha estratégica, criando uma posição restritiva e de espaço para as brancas. O objetivo é manter o centro fechado.
- Pretas (Ruben): O lance $4… \text{ f6}$ é a maneira correta de contestar o centro. No entanto, o erro grave $6… \text{ b5??}$ (em vez de $6… \text{ fxe5}$) é um grande erro posicional, permitindo o contra-ataque branco no centro e no flanco da Dama.
Meio-Jogo e Táticas:
- A partir de $6… \text{ b5??}$, as brancas obtiveram uma vantagem confortável, jogando um xadrez posicional simples, aproveitando a abertura das linhas e a fragilidade do Rei preto.
- A sequência tática $17.\text{ Bf4}$ e $19.\text{ Qxe6}$ demonstra o jogo agudo e preciso das brancas, que ganharam material e levaram o Rei preto para o centro do tabuleiro. O blunder $21… \text{ Qd6??}$ das pretas sela o resultado.
Finais e Decisão:
- A vitória é alcançada por meio de um ataque final ao Rei exposto. A sequência $22.\text{ Qxd6, Kf7, 23.\text{ Rxe7+}}$ é um sacrifício de qualidade posicional que abre a posição para o checkmate forçado.
- O final é convertido de forma rápida e precisa pelas brancas, com um checkmate direto no 25º lance.
- A precisão das Brancas (91%) e a baixa precisão das Pretas (82%) demonstram a superioridade da estratégia branca ao longo da partida.
Conselhos para os Jogadores Perdedores
Os conselhos para os perdedores visam focar na prevenção de erros táticos graves (blunders) e na conversão de finais de jogo.
1. ♟️ Rafael, Ferreira Maia (Pretas vs. Carlos, Alberto)
- Conceitos e Abertura:
- Priorize o Centro: Na abertura A45, a principal prioridade é desafiar o centro de Brancas. $7… \text{ d5}$ (em vez de $7… \text{ O-O}$) é crucial para evitar que Brancas estabeleçam uma grande vantagem de espaço.
- Evite o Bloqueio Desnecessário: O lance $15… \text{ f5??}$ bloqueou o Bispo de $\text{e7}$ e permitiu o peão g6 (se $16.\text{ g6}$ for jogado), que virou uma arma poderosa. Se fosse necessário, $\text{fxe5}$ era muito melhor.
- Táticas e Decisões:
- Identifique o Lance Crítico: No lance $16.\text{ g6??}$ das brancas, o motor mostra que as brancas perderam a vantagem. A decisão $17… \text{ Bb4}$ foi uma tentativa de criar contra-jogo, mas é lenta. No caos, a jogada $27… \text{ Bc4??}$ foi um erro grave.
- Finais:
- Ativação do Rei: O final é um duelo de Reis. O erro $41… \text{ h5??}$ é fatal, pois acelera a entrada do Rei branco. Em finais, o Rei deve ser ativado rapidamente ($41… \text{ Kd7}$).
- Precisão (82%): Concentre-se em evitar dois ou mais blunders em uma partida, o que é um fator comum na perda.
2. Samuel, Elias Garcia Martin (Brancas vs. Rogerio, Cerqueira)
- Conceitos e Abertura:
- Conhecimento Teórico: Na abertura D51, o lance $7.\text{ Nf3}$ é fundamental. $7.\text{ Qc2}$ é jogável, mas $8.\text{ Nge2??}$ (blunder) deve ser evitado a todo custo. Ele quebra a coordenação e perde uma peça.
- Táticas e Decisões:
- Segurança do Rei: A jogada $10.\text{ O-O-O}$ é arriscada quando a Rainha negra está ativa. Priorize a segurança do Rei antes de iniciar o contra-jogo.
- Finais:
- Gestão de Desvantagem Material: Com material a menos, evite simplificar, a menos que isso leve a um final de empate. $46.\text{ Re3??}$ foi um erro ao tentar criar contra-jogo, pois permitiu o avanço dos peões passados pretos. A melhor defesa seria $46.\text{ Rd2}$.
- Precisão (89%): Sua precisão foi razoável, mas um único blunder grave pode anular todas as boas jogadas. Revise as posições críticas após as aberturas para evitar erros de desenvolvimento.
3. ️ Sirlei, Pereira De Azevedo (Pretas vs. Jose, Antonio)
- Conceitos e Abertura:
- Plano Central na Najdorf: Em vez de $17… \text{ a5??}$ (blunder), o lance principal na Najdorf ($17… \text{ d5}$) teria desafiado o centro e aproveitado a imprecisão branca ($17.\text{ Ne2??}$).
- Táticas e Decisões:
- Conversão de Vantagem: Após o erro $36.\text{ Rbxd6??}$ das brancas, que lhe deu vantagem material, você falhou em converter, cometendo dois blunders seguidos: $37… \text{ Kf7??}$ e $39… \text{ Ke7??}$. Quando estiver em vantagem material, simplifique! Não se complique em táticas desnecessárias, especialmente contra um rei fraco.
- Finais:
- O Peão Passado Acelerado: Em $37… \text{ a2}$ era o lance vencedor. Um peão passado distante no final do jogo é mais perigoso do que qualquer contra-jogo.
- Precisão (78%): A precisão mais baixa indica a necessidade de melhorar a visão tática em posições abertas e a técnica de conversão (ganhar com vantagem).
4. Rocine, Castelo De Carvalho (Brancas vs. Adnilton, Correia)
- Conceitos e Abertura:
- Posicionamento do Bispo: No lance $24.\text{ Ba2??}$ (blunder), recuar um bispo desenvolvido para uma casa passiva é um erro posicional grave, especialmente porque o bispo em $b1$ já estava fora do jogo.
- Táticas e Decisões:
- Erro na Luta Central: A sequência $24… \text{ c5}$ e $26.\text{ Nf4??}$ permitiu o avanço do peão. A decisão $26.\text{ Nf4??}$ é um erro tático, perdendo o controle de $d5$ e do flanco da Dama. Sempre priorize a contenção do peão passado do adversário.
- Finais:
- Peões Passados Conectados: Os peões passados pretos $\text{b4-c3}$ são extremamente fortes. Ao enfrentá-los, a estratégia deve ser desmantelar a conexão, não permitir que avancem.
- Precisão (80%): A precisão demonstra a necessidade de melhorar a avaliação posicional no meio-jogo, especialmente ao lidar com ameaças no flanco da Dama.
5. Ruben, Barat (Pretas vs. Ernesto, Flores)
- Conceitos e Abertura:
- Resistência na Francesa: Na Variação Avançada, a reação de Brancas ($3.\text{ e5}$) exige uma resposta precisa. O lance $6… \text{ b5??}$ (erro grave) é um erro de princípio, enfraquecendo o flanco da dama e permitindo o contra-jogo branco. $6… \text{ fxe5}$ era essencial.
- Táticas e Decisões:
- Segurança do Rei: A sequência final que levou ao mate ($21… \text{ Qd6??}$) revela um Rei exposto. Em xadrez, se seu Rei não está seguro, a vantagem material e posicional não importa. Foco na defesa do Rei.
- Finais:
- Evite Finais Abertos: Com a Rainha no centro e o Rei na casa de início, a partida estava pronta para o ataque. Priorize trocas para simplificar quando a defesa estiver apertada.
Precisão (82%): O grande erro inicial de abertura comprometeu o resto da partida. Invista no conhecimento teórico das aberturas que você joga para evitar erros conceituais graves nos primeiros lances.


2ª RODADA – (PGN)
Partida 2.1 – Gabriel Silva das Mercês (1924) vs. Carlos Alberto de Carvalho (1718)
Resultado: 0–1
Precisão: Brancas 73% – Pretas 85%
Abertura: Defesa Francesa (C00), linha rara com …b6 e …f5
Análise:
Estratégia: As brancas jogaram de forma excessivamente agressiva no centro sem o devido desenvolvimento. O movimento Bxf5 cedo permitiu às pretas igualar facilmente.
Tática: A sequência 18.Qe2?? e depois 21.Ne4?? / 22.Qd2?? entregou completamente o controle das casas centrais e expôs o rei.
Final: As pretas converteram com precisão tática (…Qg5, …Qh4, …Qxh2#), aproveitando o rei branco desprotegido.
Comentário:
Gabriel tentou pressionar cedo, mas esqueceu um princípio básico: rei seguro antes de atacar. Carlos, apesar de alguns erros intermediários, manteve consistência defensiva e puniu os erros táticos de forma enérgica.
A linha escolhida (1.d4 e6 2.e4 b6) é pouco ortodoxa, mas levou a um jogo desequilibrado — ideal para jogadores criativos.
♟ Partida 2.2 – Rogério Cerqueira Félix (1840) vs. Carlos Henrique Luz da Costa (1678)
Resultado: 1–0
Precisão: Brancas 94% – Pretas 78%
Abertura: Defesa Eslava (D10)
Análise:
Estratégia: Rogério jogou com clareza posicional, aproveitando as fraquezas criadas por …h6 e …e6.
Tática: O erro grave de Carlos foi 15…Rc8??, permitindo a combinação 16.Nxb6! e depois 17.Nxd7, ganhando peça.
Final: As brancas simplificaram corretamente e encerraram de forma limpa.
Comentário:
Partida modelo em termos de controle posicional e aproveitamento de erros. Carlos jogou passivamente e não contestou o centro.
A Eslava exige paciência e coordenação defensiva — …h6 e …e6 cedo sem necessidade são perdas de tempo perigosas.
Partida 2.3 – Rafael Ferreira Maia (1694) vs. José Antônio Marcondes (1835)
Resultado: 1–0
Precisão: Brancas 87% – Pretas 83%
Abertura: Siciliana Rossolimo (B31)
Análise:
Estratégia: Rafael soube explorar bem o par de bispos e o avanço dos peões da ala da dama.
Tática: A partida teve muitos altos e baixos — ambos cometeram blunders sérios (ex: 20.Rad1?? e 24…Rxa2??), mas Rafael reagiu melhor nas complicações.
Final: Excelente técnica prática no final de torre e peões; o controle da coluna “b” e o avanço do peão “a” decidiram.
Comentário:
Apesar da montanha-russa tática, Rafael mostrou resiliência e bom instinto de ataque. José pecou por falta de cálculo nas táticas intermediárias — uma revisão de “intermezzo” (lances entre trocas) seria útil.
A Rossolimo foi bem tratada, mas ambos precisaram de mais precisão na transição meio-jogo/final.
⚔️ Partida 2.4 – Adnilton Correia de Almeida (1672) vs. Samuel Elias Garcia Martins (1748)
Resultado: 0–1
Precisão: Brancas 81% – Pretas 84%
Abertura: Sistema de Londres (A48)
Análise:
Estratégia: Adnilton desenvolveu de forma lógica, mas faltou plano ativo; Samuel respondeu com …g6 e …h6 criando contrajogo.
Tática: Diversas repetições de movimentos entre Kf1–Ke2–Kf1–Ke2 e Rh3–Rh5 custaram tempo crítico.
Final: O erro 47.Qc3?? permitiu …Rxf5!, encerrando a partida.
Comentário:
Samuel manteve firmeza e esperou o erro fatal — uma vitória de paciência posicional.
Adnilton precisa trabalhar planos típicos do Londres: controle de e5, avanço h4-h5, ou troca favorável em g6. Faltou um plano coordenado.
Partida 2.7 – Jorge Henrique Alves (1678) vs. Rocine Castelo de Carvalho (UR)
Resultado: 1–0
Precisão: Brancas 86% – Pretas 80%
Abertura: Siciliana (B50)
Análise:
Estratégia: Jorge conduziu bem a abertura até o meio-jogo, explorando os erros de desenvolvimento precoce de Rocine (5…Qd4??).
Tática: Diversos erros mútuos no meio-jogo, mas Jorge manteve material extra.
Final: Apesar de algumas imprecisões, converteu com segurança após 37.h7.
Comentário:
Boa demonstração de jogo prático e aproveitamento de táticas simples. Rocine entrou cedo em posição inferior devido à rainha exposta.
A Siciliana com …Qd4 é altamente arriscada — após 6.Bxf7+!, a estrutura negra colapsa.
Resumo Geral e Orientações aos Derrotados
| Jogador | Principais Erros | Orientação |
|---|---|---|
| Gabriel S. das Mercês | Ataque prematuro, rei exposto, tática mal calculada | Consolidar antes de atacar. Treinar cálculo forçado e coordenação defensiva. |
| Carlos H. Luz da Costa | Falta de desenvolvimento, erros de casa forte | Revisar princípios da Eslava: peça antes de peão, evitar jogadas inúteis como …h6 cedo. |
| José A. Marcondes | Erros de cálculo e táticas intermediárias perdidas | Treinar “táticas defensivas” e finais práticos. |
| Adnilton C. Almeida | Falta de plano estratégico no meio-jogo | Focar em planos típicos do Sistema de Londres; estudar partidas de Kamsky e Carlsen com este setup. |
| Rocine C. Carvalho | Desenvolvimento incorreto, rainha exposta | Reforçar princípios de abertura (não sair com a dama cedo) e buscar estrutura mais sólida na Siciliana. |
Análise de Precisão Global
| Cor | Média de Precisão | Interpretação |
|---|---|---|
| Brancas | ~84% | Boa performance tática, mas com tendência a apressar ataques. |
| Pretas | ~82% | Consistência defensiva razoável, mas falta de iniciativa em posições equilibradas. |
Comentários Finais sobre as Aberturas
Tendência geral: Muitos jogadores estão optando por aberturas sólidas e conhecidas, mas frequentemente abandonam os princípios estratégicos cedo (rei no centro, peões mal avançados).
Recomendação: Priorizar desenvolvimento, roque e centro antes de qualquer ataque. Estudar uma ou duas linhas fixas em cada abertura para construir familiaridade.
Síntese Final
A rodada 2 mostrou um torneio competitivo, com partidas ricas em erros táticos e momentos didáticos. As vitórias vieram, na maioria, para quem manteve a calma diante dos erros do oponente.
Nos níveis de 1600–1800, a consistência e a paciência valem mais que o brilhantismo momentâneo.
⚖️ ANÁLISE COLETIVA – Padrões Observados
Estratégia
Várias partidas mostraram confusão conceitual entre ataque e desenvolvimento.
Em três casos, o jogador perdedor lançou ataque sem ter roque nem peças coordenadas (Gabriel, Adnilton, Rocine).
Os vencedores foram, quase sempre, os que mantiveram o plano coerente e esperaram o erro.
⚔️ Tática
As vitórias vieram majoritariamente de erros táticos graves (blunders a partir do lance 15).
Boa notícia: houve reatividade positiva dos jogadores — poucos abandonos precoces e luta até o fim.
Sugestão geral: exercícios de cálculo com temas descoberta, intermediário e ataques duplos.
Finais
Nenhuma partida chegou a um final puro (sem damas ou torres), mas em duas partidas (2.3 e 2.4) a transição meio-jogo → final foi decisiva.
Os vencedores mostraram melhor manejo de colunas abertas e coordenação de torres.
Recomendação: estudar finais técnicos simples — torre vs torre + peão, peões passados ligados e ativação do rei.
Comentário Geral sobre as Aberturas
| Abertura | Ocorrências | Avaliação Técnica | Comentário |
|---|---|---|---|
| Defesa Francesa (C00) | 1 | Criativa, mas arriscada | Pretas escolheram linha secundária com …b6 e …f5; precisa de precisão. |
| Defesa Eslava (D10) | 1 | Clássica e sólida | As brancas dominaram pelo centro — modelo posicional. |
| Siciliana (B31, B50) | 2 | Combativa, rica em táticas | Muito material trocado cedo; erros típicos em cálculos forçados. |
| Sistema de Londres (A48) | 1 | Sólido, mas mal executado | Brancas jogaram sem plano de expansão; faltou ataque coerente. |
Tendência geral: predominância de defesas clássicas e sistemas seguros, com poucas tentativas de inovação teórica — bom sinal em torneios internos, onde o foco é consolidar fundamentos.
Recomendações Gerais aos Participantes
Para quem venceu:
Continue valorizando solidez e cálculo concreto.
Busque transformar pequenas vantagens em planos claros (controle de colunas, casas fracas, iniciativa na ala da dama).
Para quem perdeu:
Pratique abertura segura + roque rápido + controle do centro.
Faça sessões curtas (15–20 min) de cálculo tático diário: um erro tático por partida custou o ponto em todos os casos.
Revise os conceitos de transição: às vezes, “parar o ataque e trocar peças” é o caminho certo.
Destaques da Rodada
| Categoria | Jogador | Destaque |
|---|---|---|
| Maior precisão da rodada | Rogério Cerqueira Félix de (94%) | Vitória limpa e didática na Eslava. |
| ⚙️ Melhor recuperação em meio-jogo | Rafael Ferreira Maia | Converteu vantagem após caos tático. |
| Melhor disciplina posicional | Samuel Elias G. Martins | Vitória calma no Londres, sem riscos. |
| Mais criativo na abertura | Gabriel S. das Mercês | Apesar da derrota, ousou linha original com …b6 e …f5. |
Resumo Técnico Final
A 2ª rodada apresentou um nível médio de precisão elevado (≈83%), refletindo progresso no treinamento do clube.
O equilíbrio entre brancas e pretas mostra que o fator psicológico (paciência e controle) está pesando mais do que a preparação teórica.
O torneio segue altamente competitivo, e pequenos detalhes — como um cheque intermediário ou um roque adiado — estão decidindo partidas.
PARTIDAS REALIZADAS DA 2ª RODADA:


1ª RODADA – (PGN)
Resumo geral da partida (o que aconteceu, pontos críticos e viradas).
Erros ou equívocos estratégicos dos perdedores.
Orientações práticas de melhoria, com recomendações de estudo e princípios posicionais ou táticos.
♟️ Rodada 1 — Avaliação Completa
️ Partida 1.1 — Carlos Alberto de Carvalho (1924) vs Adnilton C. de Almeida Nogueira (1672)
Resultado: 1–0
Abertura: D00 — Variante Colle/Bird híbrida.
Resumo:
Carlos conduziu uma partida sólida com planos coerentes de expansão no centro e ataque no flanco rei. Adnilton optou por um sistema com …g6 e …Bg7, mas atrasou o roque e permitiu iniciativa branca com f4–f5 e pressão nas colunas “g” e “h”. A partir do lance 17…Qxb4, o preto ficou sem coordenação e o ataque do branco tornou-se irresistível.
Erros do preto:
9…c4? foi prematuro — fechou o centro antes de completar o desenvolvimento.
16…b4 e 17…Qxb4 aceleraram o contra-ataque do branco no flanco oposto.
Falta de roque e subestimação da iniciativa.
Orientação para Adnilton:
→ Estude o conceito de prioridade de desenvolvimento e segurança do rei.
→ Em posições simétricas (Colle, Londres), evite empurrar peões cedo no centro/flanco sem roque.
→ Pratique partidas rápidas com foco em “rocar antes do 10º lance”.
PRECISÃO: BRANCAS 89% PRETAS 81%
♟️ Partida 1.2 — Sirlei Pereira de Azevedo (1588) vs Rogério Cerqueira Félix de Mello (1840)
Resultado: 0–1
Abertura: D02 — Sistema London.
Resumo:
Sirlei desenvolveu de modo sólido, mas Rogério respondeu com plano ativo central (…c5, …Nc6, …Qb6). A partir de 13…Nxf4!, o preto obteve vantagem posicional — melhor estrutura e iniciativa central. Sirlei resistiu bem, mas entrou num meio-jogo complicado com fraqueza em d4 e coordenação inferior.
Erros da branca:
14.exf4? abriu colunas sem compensação. Melhor era 14.Bf1.
Falta de plano após 17.c4 dxc4 18.Rad1: o preto tem domínio da coluna “d”.
31.Rxd3? e 32.Qh6? permitiram táticas diretas e mate em poucas jogadas.
Orientação para Sirlei:
→ Fortalecer o jogo central e estrutura de peões — treine posições de Londres contra …c5.
→ Trabalhe “posições de transição” para reconhecer quando simplificar e quando evitar trocas.
→ Estude partidas modelo de Kramnik com Londres para entender o valor da harmonia posicional.
PRECISÃO: BRANCAS 83% PRETAS 93%
♟️ Partida 1.3 — José Antônio M. de Oliveira Gomes (1835) vs Jorge Henrique Alves Rodrigues (1477)
Resultado: 1–0
Abertura: C10 — Francesa Clássica.
Resumo:
José Antônio dominou com planos corretos contra a Francesa: espaço e iniciativa. Jorge jogou corretamente até 13…Nd7, mas entrou em complicações táticas com 14.O-O-O? seguido de …e5. Após 18.c4!, o branco obteve ataque direto no rei preto. O final foi uma bela conversão técnica, com tática de mate forçado.
Erros do preto:
10…f4? expôs o rei sem necessidade.
16…h5?? abriu o flanco rei no momento errado.
Falta de coordenação entre cavalo e bispos (tema típico da Francesa).
Orientação para Jorge:
→ Rever fundamentos da Francesa: não atacar com o rei no centro antes de consolidar.
→ Praticar posições fechadas com o tema “contra-jogo na ala da dama”.
→ Estudar partidas de Petrosian e Uhlmann para compreender o plano defensivo clássico.
PRECISÃO: BRANCAS 92% PRETAS 88%
♟️ Partida 1.4 — Samuel Elias Garcia Martins (1748) vs Otávio de Andrade Maia (1463)
Resultado: 1–0
Abertura: D00 — Sistema Colle–Zukertort.
Resumo:
Samuel seguiu um plano posicional impecável: desenvolvimento, roque, e pressão no centro. Otávio defendeu bem até 15…cxd4?, que permitiu ao branco abrir colunas com vantagem tática. O meio-jogo foi técnico, e o final resultou num ataque decisivo sobre o rei.
Erros do preto:
14…cxd4 15.cxd5? c4? deu ao branco o controle total das colunas abertas.
22…c4?? abriu linhas contra o próprio rei.
Falta de senso de urgência para simplificar quando estava sob ataque.
Orientação para Otávio:
→ Em posições simétricas, não abra o centro se estiver atrás no desenvolvimento.
→ Estude “estratégia de resistência posicional” — quando trocar peças e quando fechar a posição.
→ Use partidas de Capablanca como referência para coordenação defensiva.
PRECISÃO: BRANCAS 91% PRETAS 81%
♟️ Partida 1.5 — Gabriel Silva das Mercês (1718) vs Ernesto Flores Barreira
Resultado: 1–0
Abertura: E87 — Índia do Rei, Variante Clássica.
Resumo:
Partida de ataque brilhante. Gabriel conduziu um ataque modelo com 10.h4! e 11.Nh3–h5–hxg6. Ernesto defendeu com coragem, mas o rei ficou exposto após 20…Nxh5 21.Rhh1!. Gabriel demonstrou excelente senso tático e aproveitou erros na defesa negra.
Erros do preto:
10…h5? enfraqueceu a casa g5 e bloqueou o contra-jogo.
16…gxh5?? abriu a coluna “g” e expôs o rei.
25…f4? acelerou o ataque branco.
Orientação para Ernesto:
→ Estude a defesa Índia do Rei com foco em contra-ataques na ala da dama (planos com …a5, …c6, …b5).
→ Evite empurrar peões no flanco onde o oponente está atacando.
→ Treine a leitura de casas fracas e diagonais críticas.
PRECISÃO: BRANCAS 82% PRETAS 78%
♟️ Partida 1.6 — Rocine Castelo de Carvalho vs Rafael Ferreira Maia (694)
Resultado: 0–1
Abertura: E61 — Índia do Rei / Pirc híbrida.
Resumo:
Rocine jogou corretamente a abertura, mas não converteu o desenvolvimento em vantagem. Rafael respondeu com precisão e melhor visão tática, aproveitando as casas fracas em c2 e f2. O ponto de virada foi 12.Nd5? que permitiu a avalanche …Ne4 e …dxe3.
Erros da branca:
12.Nd5? e 14.Ra3? desperdiçaram tempo e perderam controle central.
Falta de desenvolvimento e cálculo tático.
Orientação para Rocine:
→ Reforçar fundamentos: princípios da abertura (centro, desenvolvimento, segurança do rei).
→ Jogar partidas temáticas de “Índia do Rei” com foco em planos estratégicos, não só lances táticos.
→ Praticar cálculo forçado (táticas de 3–4 lances) para evitar perdas súbitas de material.
PRECISÃO: BRANCAS 73% PRETAS 92%
♟️ Partida 1.7 — Carlos Henrique Luz da Costa (1678) vs Ruben Barat
Resultado: 1–0
Abertura: D02 — Sistema Colle adaptado.
Resumo:
Carlos demonstrou excelente senso de iniciativa. Ruben, ao jogar 4…e5?! cedo demais, abriu o centro sem preparo. Após 13.Bxc6+!, o branco conquistou vantagem estrutural e transformou em ataque direto. O final foi técnico e concluiu com um bonito mate de dama e bispo (Qxh7#).
Erros do preto:
4…e5? viola princípios de abertura.
12…b6 e 13…Bb4? permitiram tática destrutiva.
Falta de desenvolvimento antes de buscar contra-jogo.
Orientação para Ruben:
→ Domine princípios básicos da abertura: centro, roque rápido e harmonia das peças.
→ Não jogue “por imitação”, siga planos coerentes com o sistema adotado.
→ Estude partidas simples de Rubinstein e Steinitz para entender controle central e tempo.
PRECISÃO: BRANCAS 96% PRETAS 87%
Síntese Geral da Rodada
| Categoria | Observação Geral |
|---|---|
| Aberturas | A maioria dos erros veio de empurrar peões cedo ou não completar o desenvolvimento. |
| Tática | Decisiva em quase todas as partidas: cálculo e segurança do rei foram os maiores fatores. |
| Estratégia | Os vencedores mostraram melhor compreensão de espaço e coordenação. |
| Recomendação geral | Todos devem treinar finais simples, revisar princípios de abertura e resolver táticas diárias (Chess.com / Lichess Trainer). |
Conclusão Didática
“O conhecimento tático ganha partidas; o estratégico ganha torneios.”
Para a próxima rodada, recomendo a cada jogador preparar-se com um plano de 3 frentes:
Uma abertura sólida que domine bem (mesmo que simples). 30 minutos de táticas diárias.
Partidas da 1ª rodada:


Sejam muito bem-vindos ao III Interno CXG 2025
Troféu Cristóvam Kubrusly (In Memoriam)! ♟️
É com grande entusiasmo que o Clube de Xadrez Guanabara recebe seus sócios e convidados para mais uma edição do nosso tradicional torneio interno, que este ano presta uma justa homenagem ao saudoso José Cristóvam Kubrusly, figura marcante em nossa história.
Entre os dias 1º e 26 de novembro, nossa sede será palco de intensas disputas, grandes reencontros e momentos memoráveis. Mais do que uma competição, este evento celebra a paixão pelo xadrez, a amizade entre enxadristas e o espírito esportivo que sempre norteou o CXG.
Com o apoio da FEXERJ e sob a condução do Diretor Luiz Antonio Bardaro Manzi e arbitragem do AF Carlos Alberto de Carvalho, o torneio seguirá o sistema suíço em 5 rodadas, com partidas regidas pelas regras da FIDE e válidas para movimentação de rating FEXERJ.
A todos os participantes, desejamos partidas inspiradas, jogadas brilhantes e, acima de tudo, uma experiência enriquecedora. Que este torneio seja mais uma página de ouro na trajetória do nosso clube e uma bela homenagem à memória de Cristóvam Kubrusly.
Preparem seus tabuleiros, afiem suas estratégias e boa sorte!
️ Clube de Xadrez Guanabara Av. Churchill, 109 – SL101 – Centro – Rio de Janeiro/RJ De 01 a 26 de novembro de 2025



